Laboratório de Saúde Coletiva realiza oficina para levantamento de saberes em Atenção Especializada no SUS

Rosemarie Andreazza abre o evento

No último dia 11 de agosto, o Laboratório de Saúde Coletiva (Lascol), ligado ao Departamento de Medicina Preventiva  da EPM, realizou a “Oficina Mapa 1: O que já sabemos e produzimos sobre a atenção especializada no Sistema Único de Saúde - SUS”, desenvolvida no âmbito do termo de execução descentralizada -  projeto “Apoio à Formulação e Implementação da Política Nacional de Atenção Especializada no Sistema Único De Saúde (SUS)”, em parceria com a Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde. O evento, realizado no Campus São Paulo, contou com a presença de nomes como Helvécio Miranda Magalhães Júnior, secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde; do Diretor de Programa da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Aristides Vitorino De Oliveira Neto; do Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro; além de uma equipe ampla e diversa de professores, médicos, técnicos-administrativos e pesquisadores da área.

O objetivo do encontro era fazer o diagnóstico da atenção especializada no Brasil. De acordo com Cristian Fabiano Guimarães, professor da Unifesp e um dos coordenadores do projeto, “a ideia é desenhar o primeiro mapa conceitual da atenção especializada que sirva como ponto de partida para o início do projeto”. Ainda segundo Cristian, a proposta se deu em torno de discutir “as modelagens e os arranjos de cuidado que já foram pensados para atenção especializada para poder entender como esses arranjos de cuidado dialogam entre si". 

A oficina reuniu o grupo de consultores para alinhar também as demandas da próxima etapa do projeto: a realização de uma seleção de pesquisadores de campo para trabalhar em todos os estados do Brasil e Distrito Federal. Esses pesquisadores, que serão selecionados por meio de edital público aberto pela Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo (FapUnifesp), serão responsáveis pelo diagnóstico situacional junto aos gestores municipais, estaduais e aos Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) de cada estado. “A ideia é que a gente possa construir um conhecimento de qualidade sobre a atenção especializada para, partir daí, propor estratégias conjuntas com os gestores públicos estaduais e municipais e Ministério da Saúde para que a gente possa melhorar a qualidade da assistência especializada como um todo, especialmente assistência especializada ambulatorial no Brasil”, finaliza o professor.

Sobre o projeto 

Helvécio Miranda Magalhães Júnior, secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, e Arthur Chioro, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)

Coordenado pela Prof. Dra. Rosemarie Andreazza e pelo Prof. Dr. Cristian Fabiano Guimarães, o projeto “Apoio à Formulação e Implementação da Política Nacional de Atenção Especializada no Sistema Único De Saúde (SUS)” tem por objetivo principal apoiar o Ministério da Saúde na formulação de um Política Nacional de Atenção Especializada visando à criação de Redes de Cuidados Especializados em Saúde. Dentre seus principais resultados, estão a elaboração do diagnóstico detalhado da organização da Atenção Especializada no Brasil, da disponibilidade de profissionais e da demanda reprimida para cirurgias, consultas, exames e procedimentos   diagnósticos, além das desigualdades regionais. A expectativa é de que esse estudo possibilite ao Ministério da Saúde o conhecimento amplo de informações estratégicas que possam contribuir para a reorganização do Sistema  Único de Saúde, bem como para a definição de medidas emergenciais para solução das filas geradas durante o enfrentamento à pandemia COVID-19.  

A realização desse projeto, que recebeu recursos do Ministério da Saúde para sua realização, em nossa Universidade coloca mais uma vez em destaque a importância dos saberes e competências na área da saúde produzidos pela EPM. Nesse sentido, Rosemarie destaca a alegria de professores e técnicos do Departamento de Medicina Preventiva e do Laboratório de Saúde Coletiva da EPM com essa possibilidade de atuação conjunta com  a equipe da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde: “para atender as necessidades de saúde das pessoas é preciso garantir o acesso a todas suas tecnologias; garantir, portanto, o princípio da integralidade do SUS. [...] A construção de uma sociedade mais equânime e  mais justa é o compromisso da Universidade. Fortalecer e (re)construir o SUS ao formar profissionais de saúde, ao produzir conhecimento no campo de saberes e práticas da saúde coletiva é  nossa missão, o sentido do nosso fazer acadêmico-científico”, encerra a professora.