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Unifesp e Ministério da Saúde promovem oficina de discussão do 1º Relatório Nacional sobre a Demência no Brasil

Publicado: Segunda, 04 de Setembro de 2023, 16h30 | Última atualização em Terça, 26 de Setembro de 2023, 10h39 | Acessos: 5662

Um passo fundamental para compreender e enfrentar o desafio das demências no Brasil 

Ouça acima o conteúdo deste artigo.

Em 1º de setembro de 2023, um evento de extrema importância e relevância na área da saúde ocorreu em São Paulo, sob coordenação da pesquisadora Cleusa Ferri, docente do Programa de Pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). A Unifesp e o Ministério da Saúde promoveram uma oficina de discussão dedicada ao futuro lançamento do 1º Relatório Nacional sobre a Demência no Brasil. Este evento não apenas lança luz sobre a realidade das demências no Brasil, mas também destaca a importância de compreender e enfrentar essas condições à medida que a população envelhece. 

"Temos hoje cerca de 2 milhões de pessoas com demência no Brasil, sendo que quase 80% não estão diagnosticadas", ressalta a coordenadora. "Existem várias razões para o subdiagnóstico, entre elas o próprio estigma e crenças erradas de que, por exemplo, ela faz parte do envelhecimento normal, o que faz com que as pessoas demorem a procurar ajuda", complementa.

"Temos hoje cerca de 2 milhões de pessoas com demência no Brasil, sendo que quase 80% não estão diagnosticadas", ressalta a coordenadora.

As demências, com o Alzheimer como a manifestação mais comum, representam um desafio global à medida que a população mundial envelhece. No Brasil, essa preocupação é igualmente significativa. O envelhecimento rápido da população tem levado a um aumento substancial nos casos de demência, tornando a compreensão, a conscientização e o enfrentamento dessas condições prioridades críticas.

O Ministério da Saúde, em parceria com a Unifesp, está desenvolvendo o 1º Relatório Nacional sobre a Demência no Brasil. Esse relatório promete fornecer uma visão abrangente e fundamentada sobre a situação das demências no contexto brasileiro. Será um documento que apresentará dados sólidos e análises detalhadas, permitindo uma compreensão mais profunda do problema, suas dimensões e seus desafios.

A oficina reuniu mais de 50 participantes de diversas regiões do Brasil, incluindo pesquisadores especializados no tema, representantes de associações de Alzheimer, familiares de pessoas que vivem com demência e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). A diversidade de perspectivas proporcionou uma abordagem completa para que as recomendações que integrarão o relatório, assim como as estratégias para divulgação dos resultados fossem discutidas, aprimoradas e validadas.

 

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Representantes de diversos setores da sociedade e de várias regiões do país participaram da oficina - Foto: Arquivo Pessoal

 

A Importância da colaboração entre Academia e Governo

Uma característica notável desse evento foi a colaboração frutífera entre a academia e o governo. Essa parceria demonstra um compromisso conjunto para enfrentar os desafios das demências. Quando a pesquisa se alinha com a ação governamental, podem-se criar estratégias mais eficazes para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição e suas famílias.

A oficina de discussão sobre o futuro lançamento do Relatório Nacional de Demência é um passo crucial na compreensão e enfrentamento das demências no Brasil. Embora o relatório ainda não tenha sido divulgado, essa iniciativa ressalta a importância de conscientização, compreensão e colaboração na abordagem das demências. A conscientização sobre as demências e o compromisso de agir são passos fundamentais na construção de um futuro mais saudável para todos, especialmente à medida que a população envelhece e as demências se tornam um desafio crescente.

 

 

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