Dúvidas Frequentes sobre a Covid-19
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Tempo de proteção, efeitos colaterais e outros pontos
A Doença
O que é Covid-19?
Última atualização: 01/02/2021
Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV.
Em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a Covid-19, sendo em seguida disseminada e transmitida pessoa a pessoa.
A Covid-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com Covid-19 podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.
Quais são os sintomas?
Última atualização: 01/02/2021
Os sintomas da Covid-19 podem variar de um resfriado, a uma Síndrome Gripal-SG (presença de um quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo menos dois dos seguintes sintomas: sensação febril ou febre associada a dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza) até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns:
(Crédito: UOL)
(Fonte: Ministério da Saúde)
Como é transmitido?
Última atualização: 01/02/2021
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de:
(Crédito: SindMédico)
Como é feito o diagnóstico?
Última atualização: 01/02/2021
O diagnóstico da Covid-19 pode ser realizado a partir de critérios como:
- Diagnóstico Clínico: é realizado pelo médico atendente, que deve avaliar a possibilidade da doença, principalmente, em pacientes com a associação dos seguintes sinais e sintomas:
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Febre, que pode estar presente no momento do exame clínico ou referida pelo paciente (sensação febril) de ocorrência recente;
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Sintomas do trato respiratório (por exemplo, tosse, dispneia, coriza, dor de garganta);
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Outros sintomas consistentes incluindo, mialgias, distúrbios gastrointestinais (diarreia/náuseas/vômitos), perda ou diminuição do olfato (anosmia) ou perda ou diminuição do paladar (ageusia).
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Em crianças, além dos itens anteriores, considera-se também a obstrução nasal, a desidratação e a falta de apetite (inapetência), na ausência de outro diagnóstico específico.
Em idosos, deve-se considerar também, critérios específicos de agravamento como: síncope (desmaio ou perda temporária de consciência), confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e falta de apetite (inapetência).
O diagnóstico clínico da doença, também deve ser considerado em pacientes com doença grave do trato respiratório inferior sem causa clara, como é o caso de pacientes que se apresentem em Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesta síndrome o indivíduo apresenta-se em franca dispneia/desconforto respiratório/dificuldade para respirar com saturação de oxigênio (O2) menor do que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto (cianose) ou queixa de pressão persistente no tórax.
Em crianças, a SRAG apresenta-se com os sinais e sintomas anteriores, devendo ser observados sinais característicos de esforço respiratório, tais como, os batimentos de asa de nariz, tiragem intercostal, e, por fim, alteração na coloração das extremidades que ficam azuladas (cianose).
- Diagnóstico Clínico-Epidemiológico: é realizado pelo médico atendente no qual considera-se:
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- Casos de paciente com a associação dos sinais e sintomas supracitados ou SRAG mais histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para Covid-19 e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica.
- Diagnóstico Clínico-Imagem:
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- Caso de sintomas respiratório mais febre ou SRAG ou óbito por SRAG que não foi possível confirmar ou descartar por critério laboratorial e que apresente alterações tomográficas.
- Diagnóstico Laboratorial: Caso o paciente apresente os sintomas respiratórios mais febre ou SRAG. O profissional de saúde poderá solicitar os seguintes exames laboratoriais:
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De biologia molecular, (RT-PCR em tempo real) que diagnostica tanto a Covid-19, a Influenza ou a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) normalmente até o oitavo dia de início de sintomas;
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Imunológico, que detecta, ou não, a presença de anticorpos em amostras coletadas a partir do oitavo dia de início dos sintomas. Sendo eles:
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Ensaio imunoenzimático (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay - ELISA);
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Imunocromatografia (teste rápido) para detecção de anticorpos;
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Imunoensaio por Eletroquimioluminescência (ECLIA).
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Pesquisa de antígenos: resultado reagente para SARS-CoV-2 pelo método de Imunocromatografia para detecção de antígeno.
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- Diagnóstico Laboratorial em Indíviduo Assintomático (pessoa sem sintomas) que realizou:
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Exame de Biologia Molecular com resultado detectável para SARS-CoV-2 realizado pelo método RT-PCR em tempo real.
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Exame de Imunológico com resultado reagente para IgM e/ou IgA realizado pelos seguintes métodos:
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Ensaio imunoenzimático (ELISA);
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Imunocromatografia (teste rápido) para detecção de anticorpos.
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(Fonte: Ministério da Saúde)
Como se proteger?
Última atualização: 01/02/2021
As recomendações de prevenção à Covid-19 são as seguintes:
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Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%. Essa frequência deve ser ampliada quando estiver em algum ambiente público (ambientes de trabalho, prédios e instalações comerciais, etc), quando utilizar estrutura de transporte público ou tocar superfícies e objetos de uso compartilhado;
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Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo;
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Não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção fácil com as mãos não higienizadas;
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Se tocar olhos, nariz, boca ou a máscara, higienize sempre as mãos como já indicado;
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Mantenha distância mínima de 1 (um) metro entre pessoas em lugares públicos e de convívio social;
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Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto;
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Higienize com frequência o celular, brinquedos das crianças e outro objetos que são utilizados com frequência;
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Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos;
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Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados;
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Se estiver doente, evite contato próximo com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, busque orientação pelos canais on-line disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou atendimento nos serviços de saúde e siga as recomendações do profissional de saúde;
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Durma bem e tenha uma alimentação saudável;
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Recomenda-se a utilização de máscaras em todos os ambientes. As máscaras de tecido (caseiras/artesanais), não são Equipamentos de Proteção Individual (EPI), mas podem funcionar como uma barreira física, em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas.
(Fonte: Ministério da Saúde)
Vacinação
Última atualização: 18/02/2021
Pessoa com Covid-19 assintomática pode tomar a vacina?
Última atualização: 18/02/2021
Não há nenhum problema em vacinar pessoas que estejam com covid em formas assintomáticas, certamente muitos serão vacinados nessa situação.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Sou portadora de Artrite Reumatoide, fui informada de que não posso fazer uso de vacinas de Vírus Vivo. Todas elas são isentas desse vírus?
Última atualização: 18/02/2021
Ambas vacinas utilizada no país são vacinas consideradas inativas e portanto sem contraindicações para pacientes portadoras de doenças reumáticas.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Se a pessoa perder o tempo da segunda dose ou se não tiver vacina, até quando ela pode tomar a segunda dose?
Última atualização: 18/02/2021
Não há limite máximo de tempo para a administração da segunda dose, porém a mesma deve ser aplicada sempre que possível dentro do prazo recomendado para cada produto.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
A pessoa vacinada terá que usar máscara até quando?
Última atualização: 18/02/2021
Enquanto houver transmissão sustentada do vírus na comunidade, o uso de máscara continuará a ser preconizado, a fim de se reduzir as taxas de contaminação.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Será necessário fazer exames IgG e IgM?
Última atualização: 18/02/2021
Não há nenhuma indicação de avaliar a imunidade pós-vacinação, os anticorpos avaliados pelos testes disponíveis não se prestam para este fim.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Após quanto tempo da segunda dose teremos imunidade?
Última atualização: 18/02/2021
Espera-se que 14 dias após a aplicação da segunda dose, a eficácia esperada seja alcançada pela grande maioria dos vacinados.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Como saber se a vacina está trazendo imunidade?
Última atualização: 18/02/2021
Não há como, individualmente, saber quem se protegeu. Estudos populacionais serão capazes de avaliar o impacto da introdução das vacinas com a redução no número de casos, de hospitalização e de mortes.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
O que fazer se tiver algum efeito colateral?
Última atualização: 18/02/2021
Todo evento adverso deve ser notificado para a vigilância epidemiológica. Eventos leves como dor local, inchaço, dor de cabeça, mal-estar e febre baixa são esperados e transitórios.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
A segunda dose vai ficar guardada para cada pessoa?
Última atualização: 18/02/2021
No caso da vacina Coronavac a orientação do Ministério da Saúde é que sejam guardadas as segundas doses. Já com a vacina de Oxford, pelo seu maior intervalo entre doses, a orientação tem sido vacinar o maior número de pessoas possível e aguardar a chegada de outros lotes.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Alérgicos podem tomar a vacina?
Última atualização: 18/02/2021
Sim, podem. Indivíduos com história prévia de anafilaxia devem ser vacinados em locais com condições de tratamento de choque anafilático.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
O intervalo de aplicação será único para todas as vacinas?
Última atualização: 18/02/2021
Dependendo do tipo de vacina, os estudos recomendam intervalos diferentes entre a primeira e segunda doses. Por exemplo, para a vacina de Oxford o intervalo é de 4 a 12 semanas, enquanto para a vacina Coronavac duas a quatros semanas.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Vale a pena esperar outras vacinas, com maior porcentagem de imunização?
Última atualização: 18/02/2021
Estamos vivendo um momento de pandemia e não se deve pensar em adiar a vacinação sob nenhum pretexto.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Que efeito as vacinas já aprovadas terão na imunidade contra as duas novas variantes? Caso da cepa de Manaus;
Última atualização: 18/02/2021
Não se conhece ainda que eficácia as vacinas terão contra as novas cepas circulantes: brasileira, africana ou inglesa, que pode variar conforme a gravidade ou o tipo de vacina.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
É preciso guardar o comprovante da vacina? Por quanto tempo?
Última atualização: 18/02/2021
O cartão vacinal é um documento importante e deverá ser guardado por toda a vida, com o registro de todas as doses de vacinas já recebidas.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Quais documentos são necessários para se vacinar? Se não tiver o cartão de vacinação, a pessoa consegue ser vacinada mesmo assim?
Última atualização: 18/02/2021
Qualquer documento de identificação é suficiente para receber a vacina, porém é desejável que a anotação das doses ocorra na própria carteira de vacina do indivíduo.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Quem é grupo de risco terá que comprovar, com laudo médico, na hora da vacina?
Última atualização: 18/02/2021
Não haverá necessidade. Uma receita médica ou um comprovante de tratamento será suficiente.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Quem são os grupos prioritários e o que define as prioridades?
Última atualização: 18/02/2021
As prioridades dos programas de vacinação são preservar a força de trabalho do sistema de saúde e prevenir formas graves da doença. Assim, trabalhadores da saúde, idosos e portadores de doenças crônicas deverão ser os primeiros a serem vacinados.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Uma vacina funcionará para todo mundo?
Última atualização: 18/02/2021
A eficácia vacinal poderá variar conforme a faixa etária e condições de base da população. Até o momento são poucos os dados de eficácia por subgrupos.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
As clínicas particulares e planos de saúde vão oferecer vacinas contra a Covid-19?
Última atualização: 18/02/2021
É possível que após a vacinação dos grupos prioritários pelo Programa Nacional de Imunizações, outras vacinas possam ser oferecidas no mercado privado.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Quem não será vacinado?
Última atualização: 18/02/2021
Num primeiro momento serão vacinados somente aqueles indivíduos pertencentes aos grupos de risco. Com uma maior disponibilidade de doses de vacinas, toda população maior de 18 anos deverá ser vacinada. Crianças e adolescentes poderão ser vacinados assim que os estudos demonstrarem eficácia e segurança nessa faixa etária.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Por que indígenas estão no grupo prioritário?
Última atualização: 18/02/2021
A população indígena por não ter experimentado variadas infecções virais prévias, acabam tendo seu sistema imune menos "treinado" e costumam ter quadros infecciosos mais graves em comparação com populações urbanas. Além disso, por viverem em aglomerados favorecem transmissão e surtos.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Fico imune após a vacina, ainda assim posso transmitir a Covid-19?
Última atualização: 18/02/2021
Os dados de prevenção de transmissão pela vacina são muito preliminares ainda, portanto o indivíduo vacinado deve ser considerado um possível transmissor, e os cuidados devem ser mantidos.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
É possível tomar duas vacinas diferentes? É possível escolher qual tomar?
Última atualização: 18/02/2021
Não há, até o momento, estudos de intercambialidade entre duas diferentes vacinas Covid-19. A regra é tomar somente duas doses do mesmo produto. Não é possível escolher qual vacina receber, cada indivíduo receberá a vacina que estiver disponível.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Quem está com febre pode tomar a vacina? E quem está tomando antibiótico?
Última atualização: 18/02/2021
Como regra geral, qualquer vacina não deve ser aplicada na vigência de um quadro febril agudo, a fim de não haver confusão do quadro febril com algum evento adverso da vacina. Estando sem febre há mais de 48 horas a vacina pode ser aplicada. O uso de antibióticos não contraindica a vacinação.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Por que as crianças não serão vacinadas contra a Covid-19 agora?
Última atualização: 11/02/2021
As crianças não fazem parte do grupo de risco da Covid-19. Aprendemos com a pandemia que este grupo adoece menos, transmite menos, tem menos sintomas, são mais assintomáticas e evoluem para formas graves, muito mais raramente, de maneira muito desproporcional em relação aos adultos. E quando fazem, a muitas vezes, ou pelo menos, metade das vezes são crianças que têm alguma condição crônica, alguma doença de base que favorece, de alguma maneira, a sua fragilidade, a sua vulnerabilidade.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Crianças no fim da fila para receber a vacina é um problema?
Última atualização: 11/02/2021
Eu acredito que não. No primeiro momento da pandemia, a gente quer controlar as mortes, diminuir a hospitalização . Quando nós pensarmos em eliminação da doença, se um dia falarmos em erradicação, controle de transmissão, aí é necessário vacinar bastante gente, inclusive os que transmitem pouco, ou que transmitem menos. Então, talvez um dia a gente vá precisar, sim, para controle da doença, para a eliminação do vírus, enfim, com outro objetivo de programa e não redução de formas graves.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
As crianças não poderiam ter sido incluídas nos estudos já realizados?
Última atualização: 11/02/2021
Como qualquer vacina que é destinada a um grupo específico, ela é estudada, primeiramente, onde você pretende usá-la. As crianças não são objeto principal, elas não fazem parte do grupo de risco da Covid-19. Esse grupo será estudado posteriormente, aliás alguns estudos já iniciaram.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Quando estudos envolvendo crianças serão realizados?
Última atualização: 11/02/2021
Já existem estudos em desenvolvimento. Pelo menos três laboratórios já estão fazendo estudos com adolescentes, um até com crianças menores de dois anos de idade.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Seria possível liberar vacinas para os menores de 18 anos com base em ensaios realizados em outras idades?
Última atualização: 11/02/2021
Não é adequado que estudos em adultos sejam transferidos para a criança e adolescentes. São necessários dados nessa população também, especialmente de segurança.
Fonte:
- Renato Kfouri - Mestre em Infectologia Pediátrica pela EPM/Unifesp e membro da equipe de estudo da vacina Oxford na Unifesp
Quantas vacinas há contra a Covid-19?
Última atualização: 01/02/2021
Há mais de 100 vacinas desenvolvidas ou em desenvolvimento. Segue lista contendo só as principais, que estão aprovadas, sendo utilizadas em massa e disponíveis para compra.
Nome | Procedência | Plataforma | Laboratório Desenvolvedor | Paíse que aprovaram | Estágio de Desenvolvimento |
Coronavac Sinovac | China | Vírus Inativado | Sinovac/Biotech | Vários, incluindo o Brasil | Disponível - Produzida no Brasil |
mRNA-1273 | EUA | RNA | Moderna | EUA | Disponível |
ChAdOx1nCoV-19 | Inglaterra/Suiça | ADN | Universidade de Oxford e Astra Zeneca | Vários, incluindo o Brasil | Disponível - a ser produzida no Brasil |
Sputnik V | Russa | ADN | Centro Gamaleya | Rússia, Argentina, México e outros | Disponível - Produzida no Brasil |
BNT162b2 | Alemanha/EUA | RNA | Pfizer/Biontech | Reino Unido, EUA e outros | Disponível |
Sinopharm | China | Vírus Inativado | Sinopharm | China | Disponível |
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Eficácia de 50,38% é ruim?
Última atualização: 01/02/2021
Não, 50,38% está dentro do critério estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacina contra o Rotavírus tem 40% de eficácia, mas salva 80% das crianças com diarreia. A da gripe tem eficácia entre 60% e 70% e previne gripes de cepas, como a H1N1 - o valor, porém, varia ao longo dos anos (cepas diferentes a cada ano) e já atingiu menos de 50%, no entanto, a vacinação de grupos vulneráveis levou a uma diminuição enorme das internações e mortes pela gripe (influenza). Fatores como a estratégia, o público-alvo e o número de pessoas a serem vacinadas é que vão trazer o resultado na prática. Só a eficácia não é parâmetro.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Por que a eficácia geral da CoronaVac foi menor do que as outras (Moderna, 95%; Pfizer, 94%, Oxford/Astra Zeneca, 72%)?
Última atualização: 01/02/2021
A comparação da eficácia entre vacinas é muito difícil. Diferenças podem ser encontradas mesmo com a utilização da mesma vacina, aplicada em populações diferentes. A metodologia (forma de aquisição de dados, população de voluntários estudada, idade dos voluntários, percentual de voluntários com comorbidades, cálculos e correções dos dados obtidos, etc.) varia tremendamente.
Exemplificando, o estudo fase 3 da CoronaVac realizado no Brasil encontrou eficácia de 50,38%. O mesmo estudo conduzido na Turquia revelou eficácia de 91%. Vejamos, os voluntários estudados na Turquia faziam parte da população normal, já os voluntários que participaram do estudo no Brasil eram profissionais da saúde trabalhando na linha de frente do combate à Covid-19. A incidência de covid numa população normal pode ser menor que 5%. Numa população como a dos voluntários do Brasil, em contato diuturno com o vírus, a incidência de covid é de, no mínimo, 20%.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Uma vacina com 90% de eficácia geral é melhor do que uma com 50%, sendo que ambas dão proteção de 100% contra doença grave?
Última atualização: 01/02/2021
Não, em termos individuais (você, sua avó, etc.). O principal interesse de cada um é o de não sofrer num hospital, numa UTI e, óbvio, em não morrer da doença. Contra esses eventos, ambas as vacinas dão proteção de 100%. A eficácia é importante em termos populacionais, para controle da pandemia. Para controlá-la, quanto maior a eficácia, menor será o número de pessoas que deverão ser vacinadas.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
A CoronaVac e a de Oxford são seguras?
Última atualização: 01/02/2021
Sim, ambas são seguras.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
As vacinas podem provocar alergia? Caso positivo, quais?
Última atualização: 01/02/2021
Sim. Da mesma maneira que qualquer medicação ou qualquer vacina usada no Programa Nacional de Imunização (PNI). Pode acontecer, porém, com frequência muito baixa. A reações alérgicas atribuídas às vacinas, além de raras, não foram graves. Daqueles que tiveram reações alérgicas ninguém precisou ser hospitalizado, não morreu ninguém de alergia às vacinas contra o coronavírus-2. Reações alérgicas não foram mais frequentes nos voluntários que receberam as vacinas do que no grupo que tomou placebo (substância inócua, como injeção de água destilada), ou seja, as vacinas, nos estudos, deram tanta alergia quanto a injeção de água destilada.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Vacinas e medicamentos desenvolvidos na China são seguros? Podemos confiar?
Última atualização: 01/02/2021
Sim, absolutamente seguros. Vale lembrar que 35% das medicações e vacinas do mundo são produzidas na China; outros 35%, na Índia e somente 30% vem de outros países. Seguramente, você já cansou de fazer uso de vacinas e medicações desenvolvidas e produzidas na China. Como nunca questionou procedência, nunca ficou sabendo.
"Ah, vacina chinesa eu não tomo Se eu pudesse escolher, optaria pela da Oxford/Astra Zeneca que é anglo-sueca (fala inglês e sueco)" Mas, fique sabendo que a alma dessa vacina vem da China e fala chinês. Pois é, o IFA (Ingrediente Farmacológico Ativo), o princípio ativo da vacina da Oxford/Astra Zeneca é produzido e fornecido a todos os fabricantes do mundo pela China.
Vivemos em uma sociedade globalizada em que é impossível escolher a procedência dos produtos. Poder até pode, mas você vai ter de jogar fora o seu smartphone. Pois, grande parte dos componentes de smartphones e de celulares vêm da China, quando não são fabricados lá. O iPhone, que você tanto ama, é chinês, a fábrica da Apple é na China.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
A vacina garante quanto tempo de proteção?
Última atualização: 01/02/2021
Esta é uma pergunta para a qual não há resposta. Só a observação dos vacinados no tempo fornecerá a resposta.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
No caso de o vírus sofrer mutações para vencer a vacina, o que limitaria sua eficácia?
Última atualização: 01/02/2021
Todos os vírus sofrem mutações continuamente, o coronavírus-2 não é diferente. Inúmeras mutações têm sido encontradas e descritas, inclusive no Brasil. Para que as mutações em um vírus alterem efetivamente características epidemiológicas, como o grau de infectividade e o índice de letalidade, é necessário um número grande de mutações e é preciso que estas sejam em locais bem determinados do vírus.
As mutações sofridas pelo coronavírus-2, até o momento, podem ter afetado sua capacidade de disseminação, pois parece que as novas cepas possam ter maior capacidade de infectar as pessoas. Porém, as mutações sofridas não afetaram a resposta às vacinas e a eficácia delas em proteger contra a Covid-19. No futuro, é até possível que ocorram mutações que modifiquem a eficácia das vacinas, mas isso ainda não aconteceu.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
A Covid-19 terá uma campanha permanente, como acontece com a vacinação da gripe?
Última atualização: 01/02/2021
Também não temos a resposta a esta questão. Caso ocorram mutações de tal grau que alterem características virais de forma importante, fazendo com que as atuais vacinas se tornem ineficazes, a resposta é sim. Necessitaremos de novas vacinas e de novas campanhas de vacinação. A frequência dessas campanhas vai depender da capacidade e da velocidade do vírus em mutar consideravelmente. As campanhas poderão ser anuais, bianuais, dependendo da velocidade e da natureza das mutações.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Após o término da campanha de vacinação, a população poderá sentir-se segura?
Última atualização: 01/02/2021
Não. Há um período de carência das vacinas, isto é, o tempo que decorre entre tomar a vacina e obter o efeito de proteção contra a infecção. Este período depende da vacina. Todas as vacinas em uso devem ser administradas em duas doses. A segunda dose deve ser tomada, em média, após 30 dias da primeira. De um modo geral, a primeira dose já dá uma proteção razoável de três semanas após ser aplicada. O efeito pleno de proteção é obtido, em média, após duas semanas de recebida a segunda dose. Enquanto não decorrer o tempo mínimo para que a vacina faça efeito, você não estará totalmente protegido e deverá continuar tomando todos os cuidados recomendados (uso de máscaras, distanciamento social, etc). Mesmo após decorrido o tempo de carência da vacina os cuidados deverão persistir.
As vacinas protegem contra a doença provocada pelo coronavírus-2, a Covid-19. Não se garante que a vacina proteja você contra a infecção (que o vírus entre em seu organismo) e que você não tenha uma infecção assintomática (sem sintomas). Assim, após a campanha de vacinação, o coronavírus-2 vai continuar circulando e infectando pessoas susceptíveis.
Sempre haverá, na população, indivíduos vulneráveis, com alto risco de contrair a infecção e de padecer da forma grave da doença, mesmo após a campanha de vacinação. Estas pessoas têm de ser protegidas e a única forma para isso é que todos continuem a manter as medidas preconizadas atualmente. Exemplos desta população que continuará vulnerável são as que, por algum motivo, não podem ser vacinadas. Para que as medidas de proteção sejam abandonadas o vírus tem de parar de circular. Isto pode levar anos. Assim, prepare-se para manter os cuidados.
- "Ah, então que vantagem há em se vacinar?"
Simples, primeiro você não irá morrer de Covid, o mais importante. Em segundo lugar (a ordem, primeiro e segundo lugar, vai depender das suas prioridades), poderemos rever novamente, chegar próximos, abraçar e beijar os entes queridos, poderemos estar com os familiares, amigos, com quem deixamos de ter contato espacial. Os almoços de domingo em família voltarão a acontecer, o convívio com netos, tios, avós e doentes crônicos, olha que beleza. Porém, teremos de manter cuidados extras com os vulneráveis que não puderam ser vacinados.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Qual a probabilidade de a pessoa voltar a adoecer após a vacinação?
Última atualização: 01/02/2021
A probabilidade é baixa. Um pequeno número de vacinados poderá contrair a infecção, porém, sem nenhum sintoma ou com poucos sintomas, como se fosse um resfriado comum. Praticamente 100% dos vacinados não terá um quadro grave e, consequentemente, não morrerá de Covid. Além da eficácia geral (os tais 50,38% da CoronaVac), o principal efeito desejado da vacina anti-coronavírus-2, em termos individuais, é o de proteger contra a forma grave da doença, em outras palavras, proteger você de sofrer num hospital, numa UTI, proteger você de morrer da doença.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
O que é imunização de rebanho?
Última atualização: 01/02/2021
A imunização de rebanho acontece quando o vírus para de circular porque não encontra mais hospedeiros, não encontra mais pessoas para infectar. O vírus não sobrevive fora de um organismo, seja ele animal ou humano. Quando essa imunização de rebanho, melhor dizendo, imunização comunitária, acontece, podemos dizer que a doença causada por ele foi erradicada, não existe mais. Ela acontece quando cerca de 70 a 80% da população já foi infectada ou vacinada. Nessa situação, todas as medidas adotadas para a prevenção podem ser abandonadas, até que um novo vírus apareça ou o próprio coronavírus-2 volte a circular.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Como foi estabelecido o critério da vacinação?
Última atualização: 01/02/2021
A escolha é feita visando a vulnerabilidade das pessoas. Os mais vulneráveis devem ser vacinados primeiro. Estão neste rol aqueles que têm maior risco de contaminação (profissionais da área de saúde, etc), e os que têm maior risco de ter doença grave se forem infectados (idosos, doentes crônicos, imunodeprimidos, transplantados, etc.). O estabelecimento da ordem na fila compete aos poderes públicos, federal ou os estaduais.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Quais serão os efeitos colaterais ou adversos?
Última atualização: 01/02/2021
Os efeitos colaterais das vacinas deverão ser poucos e sem gravidade. Efeitos adversos não previstos serão fruto de observação a longo prazo, quando milhões ou bilhões de indivíduos já tiverem recebido a vacina. Acredita-se que serão em pequeno número mas, como disse, só a observação e acompanhamento a longo prazo confirmará isso.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Mulheres gestantes, lactantes ou que desejam engravidar podem ser vacinadas?
Última atualização: 01/02/2021
A princípio não há nada contra a vacinação dessas mulheres. Outras vacinas são aplicadas regularmente nessas populações. É praxe do mundo dos ensaios clínicos que não sejam utilizados voluntárias desses grupos. Mulheres grávidas e crianças abaixo de 16, 18 anos, conforme a vacina testada, não foram pesquisadas em nenhum estudo de nenhuma vacina. Quando estudos futuros ou a própria experiência mostrarem que as vacinas têm a mesma segurança em crianças e grávidas que nas populações estudadas nos ensaios clínicos realizados, ela será liberada para esses grupos.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
Pessoas imunossuprimidas (pessoas em tratamento para câncer, portadores de doenças autoimune e outras doenças que interferem no sistema imunológico) podem ser vacinadas?
Última atualização: 01/02/2021
Não há contraindicação formal para que sejam vacinadas. As vacinas não trazem vírus vivos que possam infectar essas pessoas e, portanto, não as expõe a esse risco. É possível que as pessoas imunossuprimidas não obtenham o mesmo grau de proteção que aquelas com o sistema imunológico intacto. Mesmo assim, alguma proteção é melhor que ausência de proteção. Porém, a decisão tem que ser feita caso a caso, avaliando se o risco de contrair a doença e as possíveis consequências justificam a vacinação.
Fontes:
- Julio Casoy - egresso de Medicina da EPM/Unifesp
- Mauricio Borges Martins de Araujo - docente aposentado da Clínica Médica da EPM/Unifesp
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp)
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