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Especialista da EPM/Unifesp esclarece dúvidas relacionadas à catapora

Publicado: Quarta, 23 de Outubro de 2019, 20h18 | Acessos: 75550

A cada ano, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de três milhões de casos de catapora surjam no Brasil

Apesar de benigna, a doença, conhecida também como varicela, merece atenção de toda a população por ser infecciosa, altamente contagiosa e atingir, principalmente, crianças já a partir dos primeiros meses de vida.  

Mesmo sendo uma doença popular, ainda há dúvidas relacionadas à catapora. A pediatra Márcia Yamamura, especialista em infectologia pediátrica e professora colaboradora da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) esclarece 11 dúvidas relacionadas com a doença:

1) O que é a catapora?

A catapora faz parte das doenças comuns da infância, junto com o sarampo, rubéola e outras doenças exantemáticas. Ela também é conhecida como varicela e pode ser apontada como uma das doenças mais contagiosa da infância. Causada pelo vírus Varicela-Zoster, acomete crianças entre três meses e 10 anos, principalmente no fim do inverno e início da primavera. Apesar de ser mais comum em crianças, pode, sim, ocorrer em pessoas não imunes em qualquer idade. 

2) Como a doença é transmitida?

Em geral, a transmissão acontece por objetos contaminados pelo doente e por gotículas de saliva ou de secreções nasais, diante de espirros e tosses. Esse vírus entra no corpo pela mucosa do trato respiratório ou pela conjuntiva do olho. A partir daí, ele se multiplica e dissemina pelo sangue até a pele.

3) Qual o périodo de incubação?

A incubação do vírus é de três até 16 dias. Além disso, um indivíduo pode contagiar outro de um ou dois dias antes do aparecimento das lesões de pele até sete dias depois, quando as lesões  já estão na fase de crostas. Por isso, deve-se afastar a criança da creche e escola durante pelo menos sete dias do início das manchas vermelhas pelo corpo.

4) Quais são os sintomas?

Os sintomas da catapora podem ser divididos em dois períodos. O primeiro é o chamado prodrômico, quando o indivíduo apresenta febre baixa, dor de cabeça, perda de apetite e vômitos. Em geral, ele dura até três dias. O segundo período é o exantemático. Nele, o primeiro sintoma que aparece é o exantema, que é o aparecimento das erupções vermelhas na pele. Após vem a febre alta que dura dois a três dias. As lesões de pele, por sua vez, iniciam na face e tronco e depois acomete o corpo todo. 

Além disso, podem aparecer lesões nas axilas e nas mucosas da boca e vias aéreas superiores. O principal sintoma da catapora é o aparecimento de manchas vermelhas e pequenas bolhas que possuem um líquido claro dentro (que não devem ser manipuladas), mas que secam e cicatrizam. O processo causa muita coceira.

5) Quais são as complicações?

Deve-se ter cuidado, já que, ao coçar, as lesões podem levar a infecções secundárias. Além disso, em adultos, a varicela tende a ser mais grave, com sintomas mais exuberantes, febre alta e persistente, queda importante do estado geral. Dentre as complicações estão as infecções de pele, pneumonia, otite e as encefalites. Casos graves podem, sim, levar ao óbito. 

A forma mais grave da catapora pode acometer recém-nascidos, grávidas, quem tem a imunidade comprometida e pessoas com câncer. Por isso, o médico deve ser sempre consultado para avaliar a gravidade da doença. 

6) Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da catapora é clínico. A lesão na pele é bem característica, comprovado pela história de contato anterior com alguém infectado. Exames laboratoriais confirmam o vírus nas lesões vesiculares, mas não é amplamente utilizado. 

7) Como é o tratamento?

O principal tratamento visa diminuir a coceira com anti-histamínicos para que não haja infecção secundária nas lesões de pele. Manter a higiene é fundamental para evitar a transmissão pelas secreções da pele e pelas gotículas (tosse e saliva) que veiculam o vírus. Outras medicações influem analgésicos e antitérmicos no caso de febre.

Por outro lado, os medicamentos que levam ácido acetilsalicílico (aspirina) na fórmula são contraindicados, pois podem causar a Síndrome de Reye, que causa inflamação no cérebro e no fígado e pode levar à  morte. 

8) Como prevenir?

A principal forma de prevenção é a vacinação. O Ministério da Saúde preconiza a vacina Tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora, nas crianças entre 15 meses e dois anos que tenham recebido a vacina tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola anteriormente, a partir dos 12 meses. Reforço aos quatro anos de idade. 

Quando ocorrer, deve-se promover o isolamento e evitar o contato com outras crianças, podendo voltar à escola quando todas as lesões estiverem na fase de crostas. É importante que familiares e outras crianças da casa também evitem o contato. Higiene do ambiente e evitar objetos utilizados também são importantes. 

9) Qual a importância da vacinação?

Após vacinar-se, a taxa de soroconversão é ao redor de 96%, o que confere imunidade duradoura durante, aproximadamente, 10 anos. A vacina contém vírus atenuados e a única contraindicação são as gestantes e a pessoas que tem alergia a alguns componentes da vacina, além de estados de imunidade comprometida. 

10) É possível pegar catapora duas vezes? Em quais casos pode acontecer?

Quem teve a catapora fica imune à doença. No entanto, crianças podem desenvolvê-la mesmo sendo vacinadas, mas terão a forma leve. Em adultos, pode-se ter mais de uma vez quando há comprometimento do sistema imunológico. O vírus pode permanecer no corpo e reativar causando Herpes Zoster (cobreiro).

11) Catapora pode matar? 

A maioria dos casos evolui sem consequências sérias, mas alguns casos graves, principalmente em adultos e pessoas com imunodeficiência, pode, sim, até levar à morte.

Fonte: IG Saúde

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