Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > INFORMES > ORIENTAÇÕES DE CUIDADOS COM A PELE DO ROSTO DE MULHERES ADULTAS COM PELE NORMAL OU NA PRESENÇA DE ACNE
Início do conteúdo da página

ORIENTAÇÕES DE CUIDADOS COM A PELE DO ROSTO DE MULHERES ADULTAS COM PELE NORMAL OU NA PRESENÇA DE ACNE

Publicado: Quarta, 12 de Maio de 2021, 13h41 | Acessos: 10184

Skincare

ORIENTAÇÕES DE CUIDADOS COM A PELE DO ROSTO DE MULHERESORIENTAÇÕES DE CUIDADOS COM A PELE DO ROSTO DE MULHERESADULTAS COM PELE NORMAL OU NA PRESENÇA DE ACNE

1. LIMPEZA DA PELE:

QUEM TEM PELE OLEOSA DEVE LAVAR O ROSTO MUITAS VEZES AO DIA?

ERRADO!

Não é recomendável, mesmo quando a pele é oleosa, pois remove toda a gordura dasuperfície da pele, substância que tem função protetora. Esse manto de gordura forma umabarreira cutânea que impede a penetração de substâncias químicas e micro-organismos quepodem causar processos irritativos, alérgicos e infecções. O ideal é higienizar a pele do rostoduas vezes ao dia. Uma de manhã, que pode ser apenas com água, e a segunda à noite comum sabonete específico para seu tipo de pele. No caso de quem tem pele normal ou seca, oideal é utilizar uma loção de limpeza suave (tipo água micelar). Quem tem pele oleosa, podeusar sabonetes ou loções para pele oleosa, sem álcool, sem exageros. Não devem ser feitasesfoliações ou uso de scrubs com muita frequência; no máximo uma vez por semana.

2. PROTEÇÃO CONTRA O SOL

FILTRO SOLAR SÓ DEVE SER USADO NA PRAIA OU NA PISCINA? ERRADO!

FILTRO SOLAR EVITA O ENVELHECIMENTO DA PELE DO ROSTO? CERTO!

A idade é apenas um dos fatores responsáveis pelo envelhecimento geral. Além da idade, épreciso considerar a exposição ao sol e onde a pessoa vive, pois, a poluição das grandescidades tem influência também. Porém, 85% do envelhecimento da pele exposta diariamente,a vida toda ao sol, como rosto, antebraços e mãos é causado pela radiação solar. Assim, umapessoa de 40 anos, com pele clara, que vive numa grande cidade, tende a ter uma pele commais sinais de envelhecimento do que uma da mesma idade, também de pele clara, mas quenão tem o hábito de tomar sol e vive no campo.

Por isso, os benefícios do uso regular diário dos filtros solares são comprovadoscientificamente, reduzindo os danos causados pela radiação solar sobre a pele. Os filtrossolares são também necessários no tratamento de inúmeras doenças desencadeadas e/ouagravadas pelo sol (lúpus eritematoso, por exemplo, que inclui formas graves), assim comona prevenção do câncer de pele, incluindo o melanoma, em pessoas predispostas (pelesclaras, olhos claros, histórico pessoal e/ou familiar. Nesses casos e para pele clara o fator deproteção solar deve ser no mínimo 30.

Na pele com acne, principalmente em pessoas morenas, é essencial o uso diário do filtrosolar, com fator de proteção solar acima de 15 e com cor, ou seja, com uma base. Dessaforma, evita-se as manchas que podem surgir quando existem lesões inflamadas, as espinhas.Esse risco aumenta muito quando a mulher mexe, tenta “espremer” as espinhas. Isso nuncadeve ser feito!

3. HIDRATANTES NO ROSTO SÓ DEVEM SER USADOS SE A PELE É SECA?

ERRADO.

Mesmo a pele oleosa, principalmente quando a acne está presente, pode ter alterações dabarreira cutânea, embora mais leves do que nas peles secas. Nestas, o hidratante facial comceramidas é necessário. Para a pele oleosa existem cremes e loções hidratantes específicos,mais leves e até com substâncias que ajudam a controlar a oleosidade. É preciso evitar oscremes gordurosos que podem piorar a acne. Em todos os casos, deve-se evitar muitosprodutos ao mesmo tempo.

4. ALÉM DO FILTRO SOLAR, O QUE PODE SER USADO NA PELE DOROSTO PARA PREVENÇÃO DO ENVELHECIMENTO PRECOCE?

É interessante o uso, à noite, de hidratante com ceramidas e, de manhã, cremes ou loções comantioxidantes como vitamina C, após lavar o rosto com água e depois aplicar o filtro solar. Osantioxidantes neutralizam radicais livres formados pela ação da radiação solar e aumentam ossinais do envelhecimento, como as rugas.

Após a menopausa, a pele tende a ficar mais ressecada e fina por causa da falta de estrógeno(hormônio que deixa de ser produzido). Assim, pode ser acrescentado um produto suave quecombata os efeitos do envelhecimento, à noite após a higienização da pele, mais suave ainda.Pode ser um creme com retinóides (retinol e retinaldeído), ácido glicólico ou ácidohialurônico.

5. O QUE É ACNE? É DIFERENTE NOS ADULTOS EM RELAÇÃO À DOSADOLESCENTES?

A acne é uma doença que provoca lesões na pele, como cravos e espinhas no rosto, colo ecostas. Ocorre por causa da inflamação nas glândulas sebáceas (que produzem uma espéciede óleo, ou sebo) que estão juntas aos folículos pilosos — estruturas internas nascem e crescem os pelos do corpo. O tratamento varia de acordo com a gravidade, desdedermocosméticos à isotretinoína.

Existem vários fatores envolvidos nessa inflamação: tendência genética, alteração nacomposição do sebo, aumento de produção de queratina (uma proteína que contribui para afunção protetora da pele) e uma bactéria que está presente também nas peles normais e não causa infecção, apenas inflamação.

Outros fatores de risco que podem agravar a acne: exposição exagerada ao sol, hábito de fumar, dieta rica em açúcar, estresse, alterações hormonais (são pouco frequentes), hábito demexer nos cravos e espinhas que aumenta a inflamação e o risco de deixar uma cicatriz.

Quando existem apenas cravos abertos (escuros), dá para cuidar com produtos chamadosdermocosméticos (com ácido salicílico, ácido glicólico, niacinamida); quando são fechados(brancos), é preciso adicionar medicamentos tópicos a base de ácido retinóico, adapaleno,peróxido de benzoíla ou ácido azeláico.

Dependendo da gravidade, também são receitados antibióticos orais prescritos pelo médico,mas cada vez menos usados ou hormônios (anticoncepcionais ou espironolactona) ouisotretinoína, conhecida pelos nomes comerciais Roacutan® ou Acnova® ou genérico.

Na acne da mulher adulta, a primeira escolha é o tratamento hormonal.

Um alerta: tentar se livrar da doença só com tratamentos estéticos pode ser prejudicial. Alimpeza de pele em clínicas, por esteticistas, só deve ser feita quando a pele está sendo tratadae deve se restringir à remoção de cravos abertos, nunca se deve mexer nos cravos fechados e,muito menos, nas espinhas.

Deve-se ter cuidado com produtos caseiros, pois, dependendo da composição, podem piorar ainflamação, além de não terem nenhuma segurança. Perder tempo com tratamentosinadequados significa aumentar o risco de manchas e cicatrizes.

Como prevenir a acne?

Por estar ligada à ação hormonal e ao fator genético, não há como evitar por completo.Porém, evitar ou controlar os fatores de risco é muito útil, ou seja, controle do estresse, não fumar, manter um estilo de vida saudável, não abusar do sol e não mexer nas lesões.

Buscar um especialista quando surgirem os primeiros sinais, principalmente se há históricofamiliar, lesões inflamadas e algumas cicatrizes.

Outra dica para mulheres é usar maquiagem, que é uma aliada no controle da doença, poiscamufla as lesões, melhora o aspecto da pele e assim reduz o estresse, ajuda a proteger do sole evita que a pessoa mexa nas lesões.

BIBLIOGRAFIA

BAGATIN E, TIMPANO DL, GUADANHIM LRS, et al. Acne vulgaris: prevalence andclinical forms in adolescents from São Paulo, Brasil. An Bras Dermatol 2014; 89(3):250-8.

BARKER RA, WILCOX C, LAYTON AM. Oral spironolactone for acne vulgaris in adultfemales: an update of the literature. Am J Clin Dermatol 2020; 21(2):303-5.

BIAGI LG, SAÑUDO A, BAGATIN E. Severe Acne and Metabolic Syndrome: A possiblecorrelation. Dermatology 2019; 235(6):456-62.

CAILON F, O’CONNEL M, EADY EA, et al. Interleukin-10 secretion from CD14+peripheral blood mononuclear cell is downregulated in patients with acne vulgaris. Br JDermatol 2010; 162(2):296-303.

CHARNY JW, CHOI JK, JAMES WD. Spironolactone for the treatment of acne in women, aretrospective study of 110 patients. Int J Womens Dermatol 2017; 3(2):111-5.

DA CUNHA MG, BATISTA AL, MACEDO MS, et al. Study of lipid profile in adult womenwith acne. Clin Cosmet Investig Dermatol 2015; 17(8):449-54.

DRÉNO B, JEAN-DECOSTER C, GEORGESCU V. Profile of patients withmild-to-moderate acne in Europe: a survey. Eur J Dermatol 2016; 26(2):177-84

DRÉNO B, THIBOUTOT D, LAYTON AM, et al. Large-scale international study enhancesunderstanding of an emerging acne population: adult females. J Eur Acad Dermatol Venereol2015; 29(6):1096-106.

EBRAHIM AA, MUSTAFA AI, EL-ABD AM Serum interleukin-17 as a novel biomarker inpatients with acne vulgaris. J Cosmet Dermatol 2019; 18(6):1975-9.

EZGI AK, ZEYNEP AS, OZLEM UD. Evaluation of serum FoxO1, mTORC1, IGF-1,IGFBP-3 levels and metabolic syndrome components in patients with acne vulgaris: Aprospective case-control study. Dermatol Ther. First published: 22 June 2020.DOI.10.1111/dth.13887.

GRANDHI R, ALIKHAN A. Spironolactone for the treatment of acne: a 4-year retrospectivestudy. Dermatology 2017; 233(2-3):141-4.

HAZARIKA N. Acne vulgaris: new evidence in pathogenesis and future modalities oftreatment. J Dermatolog Treat 2019; 8:1-33.

HOLZMANN R, SHAKERY K. Postadolescent acne in females Skin Pharmacol Physiol2014; 27 Suppl 1:3-8.

KAMINSKI A, FLOREZ-WHITE M, BAGATIN E. et al. Large prospective study on adultacne in Latin America and the Iberian Peninsula: risk factors, demographics, and clinicalcharacteristics. Int J Dermatol 2019; 58(11):1277-82.

KELHÄLÄ HL, PALATSI R, FYRQUIST N, et al. IL-17/Th17 Pathway is activated in acnelesions. PloS One 2014; 9(8):e105238.

KHUNGER N, KUMAR C. A clinico‑epidemiological study of adult acne: is it differentfrom adolescent acne? Indian J Dermatol Venereol 2012;78(3):335-41.

KUROKAWA I, DANBY FW, JU Q, et al. New developments in our understanding of acnepathogenesis and treatment. Exp Dermatol 2009; 18(10):821-32.

PENSO L, TOUVIER M, DESCHASAUX M, et al. Association Between Adult Acne anddietary behaviors: findings from the NutriNet-Santé Prospective Cohort Study. JAMADermatol. Published online June 10, 2020. doi:10.1001/jamadermatol.2020.1602

PERKINS AC, CHENG CE, HILLEBRAND GG, et al. Comparison of the epidemiology ofacne vulgaris among Caucasian, Asian, Continental Indian and African American women. JEur Acad Dermatol Venereol 2011; 25(9):1054-60.

PERKINS AC, MAGLIONE J, HILLEBRAND GG, et al. Acne vulgaris in women:prevalence across the life span. Journal Women’s Health 2012; 21:2. DOI:10.1089/jwh.2010.2722.

PLOVANICH M, WENG QY, MOSTAGHIMI A. Low usefulness of potassium monitoringamong healthy young women taking spironolactone for acne. JAMA Dermatol 2015;151(9):941-4.

POLI F, DRENO B, VERSCHOORE M. An epidemiological study of acne in female adults:results of a survey conducted in France. J Eur Acad Dermatol Venereol 2001; 15(6):541-5.

ROBERTS EE, NOWSHEEN S, DAVIS MDP, et al. Treatment of acne with spironolactone:a retrospective review of 395 adult patients at Mayo Clinic, 2007-2017. J Eur Acad DermatolVenereol 2020; 34(9): 2106-10.

ROCHA MA, BAGATIN E. Adult-onset acne: prevalence, impact, and managementchallenges. Clin Cosmet Investig Dermatol 2018; 11(1):59-69.

ROCHA MAD, GUADANHIM LRS, SANUDO A, BAGATIN E. Modulation of Toll LikeReceptor-2 on sebaceous gland by the treatment of adult female acne. Dermatoendocrinol2017; 9(1): e1351570.

ROCHA M, SANUDO A, BAGATIN E. The effect on acne quality of life of topical azelaicoacid 15% gel versus a combined oral contraceptive in adult female acne: A randomized trial.Dermatoendocrinol 2017; 9(1):e1361572.

SHAH N, SHUKLA R, CHAUDHARI P, et al. Prevalence of acne vulgaris and itsclinico‐epidemiological pattern in adult patients: Results of a prospective, observationalstudy. J Cosmet Dermatol. 02 March 2021. DOI.10.1111/jocd.14040.

TAN JKL, BHATE K. A global perspective on the epidemiology of acne. Br J Dermatol2015; 172, supl.1:3-12.

THIBOUTOT D, GOLLNICK H, BETTOLI V. New insights into the management of acne:an uptodate from the Global Alliance to Improve Outcomes in acne group. J Am AcadDermatol 2009; 60(5 Suppl):S1-50.

THIELITZ A, LUX A, WIEDE A, et al. A randomized investigator-blind parallel-groupstudy to assess efficacy and safety of azelaic acid 15% gel vs. adapalene 0.1% gel in thetreatment and maintenance treatment of female adult acne. J Eur Acad Dermatol Venereol2015; 29(4):789-96.

TUR E. Physiology of the skin-differences between women and men. Clin Dermatol 1997;15:5-16

WILLIANS C, LAYTON AM. Persistent acne in women: implications for the patient and fortherapy. Am J Clin Dermatol 2006; 7(5):281-90.

WOLKENSTEIN P, MACHOVCOVÁ A, SZEPIETOWSKI JC, et al. Acne prevalence andassociations with lifestyle: a cross-sectional online survey of adolescents/young adults in 7European countries. J Eur Acad Dermatol Venereol 2018; 32(2):298-306.

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 
Categoria:

PedCast

Conheça o podcast da Pediatria Geral!!

Blog

Conteúdo para toda a família. Fique por dentro!

Guia Alimentar

Ministério da Saúde lança novo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras

Calendário Nacional de Imunização

Vacinação 2020!

Fim do conteúdo da página