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Fisioterapia: A arte que transforma dor em amor
Mãos que doam. Mãos que cuidam
Por Milena Vidotto, Solange Guizilini, Luciana Chiavegato e Heloísa Rosseti*
Mês de setembro, mês de comemorarmos o Dia Mundial da Fisioterapia, profissão especializada na nobre arte do cuidar... cuidar com arte, com amor, com respeito e consideração pela dor e necessidade do outro.
A Fisioterapia, de acordo com a World Confederation for Physical Therapy (WCPT, 1999), presta serviços a pessoas e populações com o fim de desenvolver, manter e restaurar o movimento e a capacidade funcional em todos os ciclos de vida, no contexto da promoção, prevenção, tratamento e reabilitação.
Origem da comemoração
O Dia Mundial da Fisioterapia é celebrado anualmente, desde 1996, no dia 8 de setembro, que corresponde à data da fundação da WCPT, no ano de 1951. Em 2020, a World Confederation for Physical Therapy tornou-se World Physiotherapy. O foco deste ano é a reabilitação após a Covid-19 e o papel dos fisioterapeutas no tratamento e gestão de pessoas afetadas pelo coronavírus.
A data marca a união e a interação da comunidade global de Fisioterapia e é uma perfeita ocasião para os fisioterapeutas de todo o mundo constatarem a importância da profissão na manutenção e/ou melhoria da mobilidade e independência funcional.
A arte do cuidar
Os fisioterapeutas são profissionais extremamente comprometidos em oferecer qualidade ao paciente.
A história da Fisioterapia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) iniciou no Hospital São Paulo, hospital universitário da Unifesp (HSP/HU Unifesp), no final de 1986, por um pequeno grupo de voluntários na Disciplina de Ortopedia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp). Esse grupo cresceu e com ele também a importância do profissional. O bem querer, o bem cuidar e os resultados do cuidado chamaram atenção de outros setores do hospital, que passaram também a dispor de fisioterapeutas.
O Serviço de Fisioterapia do HSP/HU Unifesp foi criado em meados de 2007, com o objetivo de centralizar os diversos profissionais que, até então, atuavam de maneira setorizada. Inicialmente, o Serviço foi dividido em cuidado do adulto e cuidado pediátrico e neonatal, sendo unificado em 2012 como um único Serviço de Fisioterapia Hospitalar, prezando por assistência, ensino e pesquisa.
O fisioterapeuta tem o cérebro de um cientista, o coração de um humanista e as mãos de um artista.
Construção do conhecimento com excelência
Em 1992, foi criado o primeiro Curso de Pós-Graduação em Reabilitação Stricto Sensu, na EPM, viabilizando a titulação dos fisioterapeutas com interesse nesta área de conhecimento, em nível de mestrado e doutorado.
Devido à grande procura e a escassez de boa formação para profissionais, que buscavam trabalhar na assistência com excelência, foram criados diversos cursos de especialização (lato sensu), propiciando conhecimento específico ao profissional fisioterapeuta, oriundo da capital, do interior e de várias regiões do país, nas áreas de Clínica Médica, Neurologia, Ortopedia, Pediatria, Pneumologia, Terapia Intensiva, Urgência e Emergência, entre outros.
Esses cursos de especialização, em 2010, deram lugar à respeitada Residência Multiprofissional em Saúde, que hoje conta com 15 programas, acolhendo aproximadamente 400 residentes nas diversas áreas do saber em saúde, incluindo a Fisioterapia na maioria dos programas.
Graduação – Projeto Pedagógico Inovador
Suprindo uma lacuna, o curso de graduação em Fisioterapia na Unifesp foi implantado em 2006, no Campus Baixada Santista e no âmbito da graduação destaca-se o Projeto Pedagógico Inovador, fundado na educação interprofissional e na perspectiva da integralidade do cuidado, consonante com as Diretrizes Nacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
O curso tem por objetivo capacitar o futuro profissional para o exercício de competências e habilidades gerais de atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação, liderança, administração e gerenciamento, e educação permanente relacionados à prática da Fisioterapia. Assim, objetiva preparar o aluno para ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação, tanto individual como coletiva, em todos os níveis de atenção (hospitalar e ambulatorial) com alto padrão de qualidade e princípios éticos e de responsabilidade profissional.
(*) Milena Carlos Vidotto e Solange Guizilini, professoras do Departamento de Ciências do Movimento Humano (Unifesp/CBS); curso de Fisioterapia da Unifesp - Campus Baixada Santista, Luciana Dias Chiavegato, fisioterapeuta da Disciplina de Pneumologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo e Heloísa Rosseti - chefe do serviço de Fisioterapia do HSP
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