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Janeiro Roxo: Perguntas frequentes sobre a Hanseníase

Publicado: Quinta, 06 de Janeiro de 2022, 22h09 | Última atualização em Terça, 11 de Janeiro de 2022, 10h29 | Acessos: 49117
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Material criado por alunos da graduação de Medicina sob orientação do Prof. Dr. Marcos César Florian.

O que é o Janeiro Roxo?

Trata-se de uma campanha anual de conscientização e combate a hanseníase.

O que é hanseníase?

Doença infectocontagiosa, de evolução lenta e progressiva, causada pela Mycobacterium leprae – uma bactéria com formato de bastão (bastonete). Compromete principalmente a pele e os nervos periféricos.

Ela é comum no Brasil?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o 2º país em números de casos perdendo apenas para a Índia.

Como se pega ou passa?

A transmissão entre pessoas ocorre principalmente pelo contato prolongado com secreções nasais e gotículas de saliva contaminadas.

Quais são os sintomas?

  • Manchas brancas, marrons ou vermelhas na pele de qualquer parte do corpo com alteração ou perda da sensibilidade;
  • Inchaço e dor nas juntas (edema e dor nas articulações);
  • Febre;
  • Caroços (nódulos) no corpo, os quais podem ser avermelhados e dolorosos;
  • Redução das sensibilidades térmica (não sabe se é quente ou frio), dolorosa (não sente dor) e tátil (não sente o toque);
  • Entupimento, ressecamento e a ocorrência de feridas e de sangramentos no nariz.

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Pode causar deformidades e perda de funções?

Sim. Se não diagnosticada e tratada nas fases iniciais da doença, pode causar perdas de sensibilidade e deformidades nas mãos e pés, assim como danos aos olhos.

É uma doença que pode demorar bastante tempo para se manifestar ?

Sim. É o que ocorre normalmente. É uma doenças crônica. Existe um tempo de incubação médio de 2 a 5 anos (entre a infecção e os primeiros sinais da doença) e a evolução da doença após as primeiras manifestações pode ser de muitos anos ou décadas.

A maioria das pessoas que têm contato com a bactéria causadora da hanseníase, desenvolve a doença ?

Não. A maior parte da população (cerca de 90%) tem imunidade natural contra a doença e não a desenvolverá, mesmo se for infectado pela bactéria causadora.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é gratuito, fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível na UBS. Internações e hospitalizações não são necessárias, podendo o paciente tratar em casa, sob o acompanhamento da UBS, com o uso de antibióticos em comprimido por um período médio de 6 a 12 meses.

Por que tratar?

Apesar de raramente fatal, o tratamento reduz a ocorrência de deformações e de outras sequelas incapacitantes e estigmatizantes. Além do mais, a doença deixa de ser transmitida.

Por que procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS)?

As lesões e os sintomas podem variar bastante e ser confundidos com os de outras doenças, assim a consulta com um médico é fundamental para o correto diagnóstico e tratamento.

Autores

Orientador

Prof. Dr. Marcos César Florian:  Médico Dermatologista e Hansenologista, Mestre e Doutor. Médico e Professor Afiliado do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo. Professor do Curso de Medicina da Universidade Nove de Julho-Campus São Paulo. 

Profa Jane Tomimori: Médica Dermatologista e Hansenologista, Mestre, Doutor, Pós-doutor, Livre-docente. Professora Titular e Chefe do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo. 

Alunos da Graduação em Medicina - EPM/Unifesp

Felipe Fedrizzi Custódio Alves - 3º ano
Giulia Gabriella Bosso - 4º ano
Maria Eduarda de Castro - 3º ano
Tatiane Lissa Yamada - 4º ano

 

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