Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Setor especializado ajuda a restabelecer e equilibrar a saúde dos pacientes com diabetes

Publicado: Segunda, 23 de Novembro de 2020, 21h44 | Última atualização em Terça, 24 de Novembro de 2020, 13h50 | Acessos: 73452

Novembro é o mês de conscientização da doença

No Brasil há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). E mais da metade dessas pessoas desconhece que tem a doença. No mês de Conscientização do Diabetes, apresentamos o Centro de Diabetes da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (CDM/EPM/Unifesp) – serviço especializado que completa 23 anos de atividades aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com diabetes mellitus.

 

A assistência

Os pacientes recebem uma assistência multidisciplinar, centralizada, otimizada e documentada.

Nos seus diferentes ambulatórios, contempla assistência ao diabetes do tipo 2 e do tipo 1 adulto, diabetes associado à insuficiência renal crônica e transplantes renal e/ou  pancreático; diabetes monogênico, diabetes gestacional, diabetes da criança e do adolescente, tecnologia em diabetes (bomba de infusão de insulina, automonitoração glicêmica) e um setor capacitado para o desenvolvimento de protocolos clínicos relacionados a novas práticas terapêuticas para o diabetes melito.

Paralelamente, o Centro de Diabetes serve de base para as investigações clínicas em diabetes na Unifesp/EPM.

 

Serviço de referência

O Centro de Diabetes funciona em tempo integral, com a participaçao de  alunos da graduação do curso médico e de enfermagem da Unifesp, residentes e pós-graduandos. E, também tem colaborado para a reciclagem para médicos e outros profissionais de saúde municipais, estaduais e nacionais interessados nesta área de atuação.

O CDM serve como referência para os hospitais municipais, estaduais e federais, atendendo exclusivamente pacientes do SUS. Atualmente, estão cadastrados aproximadamente 5000 pacientes com diabetes do tipo 2 e 1000 pacientes com diabetes do tipo 1.

 

Expansão das atividades

Há dois anos, o Centro de Diabetes teve uma expansão nas suas atividades com os ambulatórios da Disciplina de Endocrinologia da EPM/Unifesp, e no momento desenvolve atividades também relacionadas à neuroendócrino, tiroide, adrenais e gônadas, metabolismo ósseo e obesidade, alterando a nomenclatura para Centro de Diabetes e Endocrinologia da Unifesp.

 

conceito de diabetes

O que é o Diabetes Mellitus?

Diabetes Mellitus (DM), comumente denominado de diabetes é uma condição crônica caracterizada pela hiperglicemia (glicose elevada no sangue), que ocorre quando o organismo não produz insulina ou em quantidade suficiente ou não é capaz de utilizar a insulina produzida adequadamente.

1. Os alimentos sofrem digestão no intestino e se transformam em açúcar, chamada glicose. A glicose é transportada para o sangue;

2. A glicose no sangue é usada pelos tecidos como energia;

3. A utilização da glicose depende da presença de insulina, uma substância produzida nas células do pâncreas;

4. Quando o nível de glicose é excessivo no organismo, ocasiona o diabetes, que é a hiperglicemia. 

diabetesm

Crédito: Novartis Saúde

 

Os tipos de DM

Existem basicamente três tipos da doença:

  • Diabetes tipo 1, que normalmente é diagnosticado na infância e adolescência. Representa cerca de 10% dos pacientes e trata-se de uma reação autoimune do corpo, que passa a atacar as células do pâncreas. Assim, o órgão deixa de produzir a insulina — hormônio que leva a glicose (o açúcar dos alimentos) do sangue ao interior das células para ser transformada em energia.

  • Diabetes tipo 2, normalmente é diagnosticado na pessoa adulta, em geral após os 40 anos, e costuma estar associado à obesidade e ao sedentarismo. Envolve os outros 90% de pacientes. O excesso de gordura no organismo causa uma resistência à insulina, dificultando o trabalho do pâncreas, que pode entrar em colapso.

  • Diabetes gestacional, que costuma surgir na gravidez em mulheres com predisposição (principalmente entre o 2º e 3º trimestre). Pode persistir ou não depois do parto e ocorre entre 5 a 10% das gestações.

 

O que ocorre no corpo do diabético?

 diabetes normal

Funcionamento normal - O pâncreas é estimulado a produzir insulina quando os alimentos são ingeridos. A insulina transporta a glicose pelo sangue e a carrega para dentros das células, onde será transformada em energia. (Arte/VEJA)

 

diabetes tipo1

Pessoa com diabete tipo 1 - o pâncreas deixa de produzir a insulina, o que impede que a glicose chegue às células, ficando sem combustível para produzir energia. (Arte/VEJA)

diabetes tipo2

Pessoa com diabete tipo 2 - o excesso de gordura no organismo prejudica a ação da insulina, o que faz com que a glicose não entre na célula para produção de energia. O pâncreas começa a produzir mais insulina, até ficar sobrecarregado e começar a falhar. (Arte/VEJA)

 

Complicações do diabetes

As complicações do diabetes mellitus são classificadas em agudas e crônicas.

Agudas

  • Hiperglicemia (nível alto de glicose no sangue)
  • Hipoglicemia (nível baixo de glicose no sangue)
     

Crônicas

  • Nefropatia (lesão ou doença do rim)
  • Retinopatia - lesão da retina (estrutura transparente e sensível à luz, localizada na parte posterior do olho)
  • Neuropatia (doenças ou problemas no funcionamento dos nervos)
  • Macrovascular (infarto agudo do miocárdio, AVC, etc.)

A principal medida para evitar o surgimento e a evolução dessas complicações é o controle da glicose no sangue. Manter um bom controle da pressão arterial, perder peso, evitar álcool e tabaco, comer alimentos saudáveis e nutritivos e praticar exercícios regularmente também ajudam a prevenir as complicações do diabetes. Buscar orientações de profissionais, realizar exames periódicos e seguir o tratamento corretamente fazem parte do conjunto de cuidados para reduzir o risco de complicações.

complicacoes

Crédito: Novartis Saúde

 


sergioPor Sergio Atala Dib

Professor Titular da Disciplina de Endocrinologia Clínica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Graduado em Medicina (EPM/Unifesp, 1975), Residência Médica em Clínica Geral (EPM/Unifesp), 1976-1977) e em Endocrinologia (EPM/Unifesp, 1977-1978), título de especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (1978), Mestrado em Endocrinologia (EPM/Unifesp, 1981), Doutorado em Endocrinologia Clínica (EPM/Unifesp, 1985), Pós-doutorado no Setor de Imunologia da Joslin Clinic afiliada à Harvard Medical School em Boston (MA-EUA, 1987). É professor orientador em nivel de Mestrado e Doutorado do curso de Pós-Graduação em Endocrinologia e Ciências Endocrinológicas da Disciplina de Endocrinologia (EPM/Unifesp) desde 1990 e do curso de Pós-Graduação em Medicina Translacional do Departamento de Medicina (EPM/Unifesp) desde 2010. Outras informações, clique aqui

 

 

 

Avaliação do Usuário

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Mortalidade por câncer supera a de doenças cardiovasculares em 727 municípios no Brasil

Pesquisa revela mudança nas principais causas de mortalidade no Brasil entre 2000 e 2019,...

Estudo revela novos fatores de risco para demência e abre caminhos para prevenção no Brasil

Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...

Fim do conteúdo da página