Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), divulgou na última quarta-feira (21/12) o resultado final da Chamada INCT – CNPq nº 58/2022. Foram aprovados um total de 58 novos projetos do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) obteve um projeto entre os aprovados: o INCT em Modelagem de Doenças Humanas Complexas com Plataformas 3D (INCT Model3D), sob coordenação da pesquisadora Marimélia Porcionatto, professora titular do Departamento de Bioquímica da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo.
O INCT Model3D contará com investimento de R$ 5.653.000,00, reunirá pesquisadores(as) de universidades públicas estaduais (USP e Unicamp) e federais (UFSCar, UFPR, UFSC e UFRGS), institutos de pesquisa (CNPEM e Fiocruz), startups da área de biomateriais e colaboradores(as) internacionais. O INCT deverá alavancar a pesquisa e inovação no desenvolvimento de modelos experimentais para doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças neurodegenerativas, doenças do neurodesenvolvimento e câncer.
“Os modelos serão desenvolvidos utilizando novas abordagens tecnológicas como bioimpressão 3D e microfluídica, organoides e novos biomateriais. O objetivo principal do grupo é produzir modelos para compreender mecanismos celulares e moleculares das doenças, bem como produzir plataformas para testes de novos fármacos e novas estratégias terapêuticas para doenças com pouco ou nenhum tratamento”, explica Marimélia.
A coordenadora do novo INCT da Unifesp revela que além do desenvolvimento científico e tecnológico, o grupo realizará ações de divulgação e difusão da ciência para a sociedade abordando os temas com estudantes da educação básica. “Sendo a sede do projeto, a EPM/Unifesp se posicionará entre as principais instituições no mundo que buscam abordagens modernas e inovadoras para modelagem in vitro de doenças humanas”, complementa a pesquisadora, que é uma das 17 mulheres coordenadoras de INCTs aprovados nesta chamada.
Para a professora Lia Rita Azeredo Bittencourt, pró-reitora de Pós-Graduação de Pesquisa da Unifesp, um novo INCT para a universidade representa “uma grande honra para nossa instituição, por ser um resultado de uma proposta de projeto ousado que engloba a excelência da pesquisa, da inovação científica e tecnológica, além de propiciar ensino de alta qualidade. Esta conquista retrata a maturidade da pesquisadora coordenadora, professora Marimélia, e o esforço de uma equipe multidisciplinar e interinstitucional que buscará com este INCT dar retorno para uma demanda importante da nossa sociedade”.
“A aprovação deste INCT representa para a Unifesp mais uma grande iniciativa que está sintonizada com seu ideal de buscar a excelência em pesquisa, visando propiciar inequívocos avanços para nossa sociedade por meio do desenvolvimento científico e tecnológico”, ressalta Elbert Einstein Neher Macau, coordenador de pesquisa da Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da Unifesp.
O CNPQ divulgou o resultado para constituição dos novos INCTs a partir do fomento a propostas de pesquisa de excelência em áreas estratégicas e/ou na fronteira do conhecimento, visando a solução dos grandes desafios nacionais. Os novos 58 INCTs terão, ao todo, um financiamento de cerca de R$ 324 milhões. Estes recursos são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do MCTI.
Os INCTs apoiados deverão desenvolver projetos de pesquisa de alto impacto científico e tecnológico, priorizando a interdisciplinaridade, além de forte interação com o sistema produtivo, setor público e com a sociedade. Dessa forma, a complexidade das redes de pesquisa estabelecidas no âmbito dos INCTs enfatiza a importância dos Comitês Gestores desses Institutos, essenciais para a boa gestão e governança dessas redes.
O CNPq destaca que a aprovação destes INCTs promove a ampliação de temas e áreas estratégicas para o Brasil, como segurança alimentar, agricultura de baixo carbono, saúde única (one health), desigualdades e violência de gênero, inteligência artificial, e nanofármacos entre outros. Os 58 novos INCTs estarão presentes em todas as regiões do país.
O Programa INCT caracteriza-se por grandes projetos de pesquisa de longo prazo, em redes nacionais e ou internacionais de cooperação científica para o desenvolvimento de projetos de impacto científico e de formação de recursos humanos. Segundo o CNPq, cada um dos 104 INCTs atualmente em execução atua em temas de diferentes áreas do conhecimento, envolvendo milhares de pesquisadores e bolsistas em temáticas complexas, em diferentes laboratórios e centros que integram as redes de pesquisa.
Também se destaca nesse programa a participação de parceiros institucionais no âmbito federal e estadual, por meio das Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados e do Distrito Federal. Confira aqui o resultado final da Chamada INCT - CNPq nº 58/2022.
Fonte: DCI/Unifesp
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