Comunicado ao Coletivo da Escola Paulista de Medicina
Retorno das atividades acadêmicas do internato do curso médico
Tendo como objetivo elucidar eventuais dúvidas sobre o retorno das atividades acadêmicas do internato do curso médico, nos dirigimos à coletividade da Escola Paulista de Medicina
Após intensa avaliação das condições de ensino, pelas comissões do internato e do curso médico, pela câmara de graduação, pela Congregação da EPM e por esta diretoria, foi decidido em conjunto com os representantes discentes presentes nessas instâncias, pelo retorno das atividades do internato, sendo elaborado um plano de ação emergencial para a realização das atividades do sexto ano de forma integral com cenários práticos e o quinto ano com atividades teóricas desenvolvidas on-line (atividades domiciliares especiais).
Algumas solicitações partiram dos alunos durante este processo de tomada de decisão, muitas das quais já anteriormente identificadas por serem preocupações nossas desde o início da pandemia, como por exemplo, os aspectos de segurança.
Quanto a motivação principal deste movimento de retomada, diria que o fato de estarmos vivenciando o maior evento de saúde da história recente e talvez de todos os tempos, propicia uma vivência única para todos os profissionais de saúde e, portanto, para os alunos do curso médico. Experiência esta que irá modular tanto as relações médico-pacientes quanto o próprio ensino da profissão.
Como imaginar não aproveitar o momento para reflexões e aprendizado? Como manter nossos alunos do internato na fase final de sua formação, longe desta vivência, que seguramente irá pautar suas vidas profissionais?
Outro aspecto a ser considerado é como imaginar uma Escola Médica de portas fechadas no momento em que a Sociedade mais precisa de nós? Que imagem passaríamos?
Por outro lado, em nenhum momento estas considerações tiveram maior importância que a avaliação da segurança dos nossos alunos. Tanto que, nos momentos iniciais desta pandemia, nos colocamos totalmente contrários as portarias do Ministério da Educação e da Saúde que tentaram instituir uma atividade voluntária “obrigatória” para os alunos do curso médico, induzindo nossos alunos a terem atividades longe de nós docentes.
Passando aos questionamentos objetivos cumpre mencionar que temos EPIs suficientes para os estágios do sexto ano, com provisionamento já reservado para 6 meses de atividade. Isto está sendo possível por contarmos com doações obtidas da sociedade civil, o que está permitindo completar os poucos recursos de EPIs que o Governo destinou até o momento para esta finalidade. Assim, todos os alunos estarão recebendo um Kit de EPIs composto por óculos de proteção, máscaras N95, máscaras cirúrgicas, “Face Shield”, gorros, álcool gel individual e aventais descartáveis (mesmo os que estarão em estágio externo onde o Hospital de estágio irá fornecer também EPIs, para que tenham à disposição material de reserva, caso em algum momento esses recursos fiquem escassos nesses locais). Está programado o fornecimento semanal dos equipamentos descartáveis.
Com o apoio de outros campi da UNIFESP, conseguiremos garantir o deslocamento com veículo próprio dos alunos entre a EPM e o Hospital de Vila Maria (local de estágio externo).
Quanto a alimentação, graças ao apoio do nosso Hospital Universitário – Hospital São Paulo, os alunos em estágio terão a sua alimentação garantida no refeitório do hospital.
Após adequada análise da eventual situação de vulnerabilidade de cada aluno, disponibilizar-se-á apoio para moradia durante o período da pandemia, assim como de acesso à internet aos que assim necessitarem. Para tal avaliação foi montada uma comissão docente para auxiliar na tomada de decisão.
Como estamos enfrentando uma situação absolutamente imprevisível, se faz necessária a lucidez de reavaliações constantes sobre os aspectos que julgamos essenciais neste processo, quais sejam, a segurança dos nossos alunos e a qualidade do ensino/aprendizado.
Quanto ao risco associado ao momento, necessário considerar que existe um risco constante, inerente a nossa profissão, que deve ser considerado sempre no nosso exercício profissional.
Desde o início, em parceria com nossa Reitoria estabeleceu-se um fluxo de atendimento para os alunos. Até o momento o fluxo estabelecido foi cumprido integralmente e, salvo uma deterioração maior de nossa sociedade, não vislumbramos maiores problemas. Segue raciocínio idêntico os testes diagnósticos.
Estamos nos esforçando ao máximo, tanto a diretoria do nosso hospital quanto da EPM, para mantermos uma estrutura de atendimento digno à nossa população e, portanto, à toda a comunidade epemista e, necessário se faz dizer que estamos muito orgulhosos do desempenho do nosso time.
Com o apoio de toda nossa comunidade interna e da sociedade, estamos conseguindo manter um atendimento muito adequado à nossa população.
Sem mais para o momento, coloco esta diretoria à total disposição dos nossos alunos para eventuais sugestões e correções que se fizerem necessárias.
Prof. Dr. Manoel Girão - Diretor da Escola Paulista de Medicina
Profa. Dra. Maria Teresa Landman - Presidente da Câmara de Graduação da EPM
Profa. Dra. Samira Yarak - Vice-coordenadora do curso médico da EPM e Coordenadora em exercício
Profa. Dra. Cristina Guazzelli - Coordenadora da subcomissão do internato do curso médico da EPM
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