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Rodolpho de Freitas

Publicado: Domingo, 10 de Fevereiro de 2019, 08h25 | Última atualização em Quarta, 14 de Agosto de 2019, 10h53 | Acessos: 2459

Rodolpho de Freitas nasceu em São Paulo em 1foto de rodolpho de freitas899. Era o mais novo de uma família de dez filhos e sobrinho do senador Herculano de Freitas. Ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e nela estudou até o 3º ano. Seu pai era professor e ex-diretor da Faculdade de Direito da USP. Em virtude de nomeação para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde Rodolpho de Freitas concluiu os três anos restantes na Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, diplomando-se em 1927.

Durante o tempo de acadêmico foi interno do professor Jorge de Gouveia, quem praticamente introduziu a urologia no Brasil.

Voltando a São Paulo, trabalhou na Santa Casa de Misericórdia e, em 1933, com a fundação da Escola Paulista de Medicina (EPM) por Octávio de Carvalho, foi indicado por ele para instalar a cátedra de urologia na EPM, efetivada com a aula inaugural, realizada em 18 de março de 1937, para os alunos do 5º ano, e versou sobre "Definição, Conceito e Relações de Urologia"

Realizou a primeira cistectomia radical no Brasil. Atuou como professor catedrático durante 32 anos até a sua aposentadoria compulsória, em 1965.

Nunca se esqueçam que o médico não pode ser medíocre

Escreveu um livro sobre Cirurgia Conservadora nas Nefropatias, obra que lhe proporcionou uma cadeira na Academia de Medicina de São Paulo.

Publicou, em colaboração com seu assistente Afiz Sadi, que haveria de o substituir na disciplina, cerca de 40 trabalhos científicos, muitos em revistas do exterior. Igualmente, foi editor-associado do livro Urologia Clínica e Cirúrgica de autoria de Afiz Sadi.

Teve a honra de ser escolhido como paraninfo de três turmas de médicos na Escola Paulista de Medicina.

Em seu comovente discurso como paraninfo da turma de formandos de 1957 assim consignou: "(...). Nunca se esqueçam que o médico não pode ser medíocre".

Rodolpho de Freitas exerceu a medicina com dignidade, probidade e honra. Ao despedir-se da cátedra em 1965 – pronunciou "Missão Cumprida", recordando sua fecunda carreira. Faleceu em 1974.


Autor:  Helio Begliomini – Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Medicina (Urologia) da EPM/Unifesp e Membro da Academia Paulista de História.

Texto editado pelo Prof. Dr. Marcus Vinicius Sadi – Docente da Disciplina de Urologia e Coordenador do Setor de Urologia Oncológica.

Texto original publicado no portal da Academia de Medicina de São Paulo: Rodolpho de Freitas

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