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Professor do Campus São Paulo participa do revezamento da tocha olímpica

Publicado: Sexta, 22 de Julho de 2016, 20h37 | Última atualização em Quarta, 01 de Julho de 2020, 20h38 | Acessos: 22664

Indicação e convite são reconhecimentos de sua dedicação ao atletismo brasileiro

Por Loane Carvalho

prof edgard csp unifespMestre e professor de Fisiologia da Escola Paulista de Medicina (EPM), Edgard Freire, 85 anos, está entre os condutores do revezamento da tocha olímpica, evento marcado para o dia 24/07 (domingo), a partir das 11 horas, no cruzamento entre as Ruas Sena Madureira e Marselhesa.

Em entrevista concedida, o segundo colocado na Corrida Internacional de São Silvestre de 1954 aborda o momento em que, juntamente com sua esposa, Deise Jurdelina de Castro Freire, atleta recordista brasileira e sul-americana de salto em altura, foram convidados para integrar a equipe de condutores da tocha olímpica na cidade de São Paulo. “A Sra. Maria Alice, representante da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude, ligou na minha residência e oficializou o convite, após receber a indicação da Subprefeitura do Jabaquara com os nossos nomes.” O telefonema foi recebido com muita emoção pelo casal de esportistas, que veem o convite como reconhecimento dos anos de dedicação ao atletismo brasileiro.

Com os olhos marejados, Edgard fala sobre seus momentos históricos, tanto no esporte quanto na carreira profissional. “Em 1963, obtive o recorde brasileiro na prova dos 5.000 metros, com 14min53s; além de ser recordista sul-americano e brasileiro no revezamento 4x1.500m, no mesmo ano; por três vez, fui o melhor brasileiro da prova da São Silvestre (em 1953 o quinto, em 1954 o segundo e o sétimo em 1957). Com 42 anos, prestei vestibular para o curso de Biomedicina, e dezesseis anos depois de formado recebi o título de mestre.”

A dedicação profissional fora das pistas foi fator determinante para o itinerário a ser percorrido no revezamento paulista. Tentando conter a emoção, o biomédico fez questão de comentar sobre o seu ingresso na EPM/Unifesp. “Comecei na Escola quando tinha 16 anos, na função de servente, e percorri o caminho acadêmico que culminou no convite para ministrar aulas de Fisiologia para os cursos de Medicina e Enfermagem, Ortóptica e Fonoaudiologia, e, posteriormente, para a pós-graduação.” Os cinquenta anos de trabalho na EPM fizeram parte do texto enviado para apreciação do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos local e o percurso foi definido em 400 metros na Rua Sena Madureira, a partir do cruzamento com a Rua Marselhesa, região onde está localizado o Campus São Paulo da Unifesp.

Ao final da conversa e com a voz já recuperada das lembranças compartilhadas, o atleta “que corre apenas para a questão de saúde”, disse que “a rotina do casal não precisou ser alterada por conta do compromisso”, uma vez que, “a atividade física tem sido uma prática adotada por pelo menos três vezes na semana e começa às 5h30, no Parque do Ibirapuera”.

Esse é um momento histórico na vida do ilustre servidor, Edgard Freire, que tem contribuído de maneira singular com a equipe da Divisão de Gestão Ambiental – Departamento de Infraestrutura do Campus São Paulo, e para o ensino, pesquisa e extensão. 

 

 

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