Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Entrada do outono pede atenção com saúde das crianças

Publicado: Segunda, 25 de Abril de 2022, 13h45 | Última atualização em Segunda, 25 de Abril de 2022, 13h56 | Acessos: 37705
De acordo com médica da Unifesp, os meses de inverno serão marcados pelo aumento previsível das doenças respiratórias de época
 

Por Valquíria Carnaúba

Com as estações mais frias do ano avançando, uma das grandes preocupações de pais, mães, escolas e demais responsáveis por bebês e crianças são as doenças desenvolvidas pelos pequenos ao longo desses meses. Entram nesse quadro otite, bronquite, rinite e quadros gripais, geralmente sanados facilmente, mas que até serem resolvidos causam bastante preocupação (e noites em claro).

Essas doenças respiratórias aparecem com mais frequência entre maio e junho, quando as temperaturas começam a cair junto com a umidade do ar - especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Nesses locais, o outono e o inverno são marcados pelo clima frio e seco, e a explicação está na meteorologia. Isso ocorre devido a uma condição chamada anticiclone subtropical do Atlântico Sul (ASAS), que nessa época do ano contribui com ventos mais intensos e barra o avanço da umidade.

De acordo com Shirley Pignatari, professora adjunta do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), a instituição do trabalho e das aulas remotas, em decorrência da pandemia, trouxe como efeito paralelo uma nítida diminuição na frequência de todas as infecções de vias aéreas (IVAS), particularmente dos resfriados comuns.

Entretanto, com a vacinação em massa contra a covid-19, e o retorno presencial às atividades cotidianas, muitos pacientes voltaram a apresentar os quadros de resfriado usuais durante esses meses. "As manifestações clínicas podem ser semelhantes às apresentadas pela covid-19, o que implica na necessidade de diagnóstico laboratorial precoce para caracterização etiológica com implicações relevantes de saúde pública", alerta.

De acordo com Pignatari, a maior parte dessas infecções é causada por patógenos como os rinovírus, um dos responsáveis pelo resfriado comum, de intensidade variável e com sintomas típicos, com coriza, congestão nasal, dor ao engolir, rouquidão e tosse.

O vírus da Influenza também tem um papel de destaque, pela maior intensidade e gravidade dos sintomas, como febre alta, dores musculares e comprometimento de todo o sistema respiratório, do estado geral dos pacientes e da evolução para quadros de insuficiência respiratória aguda grave (SRAG).

Contudo, apesar de a sazonalidade desses surtos tornar a presença desses vírus corriqueira, seu poder de transmissão permanece alto. Então, valem as recomendações de sempre. "Para amenizar os sintomas e diminuir o tempo de evolução das infecções respiratórias, as soluções salinas nasais , hidratação e alimentação adequadas ainda são grandes aliados na prevenção e tratamento das crianças", finaliza.

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Mortalidade por câncer supera a de doenças cardiovasculares em 727 municípios no Brasil

Pesquisa revela mudança nas principais causas de mortalidade no Brasil entre 2000 e 2019,...

Estudo revela novos fatores de risco para demência e abre caminhos para prevenção no Brasil

Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...

Fim do conteúdo da página