A Unidade Curricular (UC) Gerenciamento de Serviços de Saúde em Enfermagem III - GSSE III...
Programa de Extensão DASSE
Coordenação: Geisa Colebrusco de Souza Gonçalves
Vice- coordenação: Patricia Bover Draganov
Resumo do Programa:
As mídias digitais são ferramentas rápidas, interativas e efetivas considerando seu potencial de comunicação. Quando associadas às mídias sociais favorecem e ampliam o intercâmbio de informações, com possibilidades de democratização à medida que articulam os espaços de fala e engajamento de diferentes segmentos como a universidade e a comunidade. A sociedade tem utilizado rotineiramente as mídias sociais para encontrar respostas aos questionamentos acerca dos processos de saúde-doença. Considerando esse contexto, a universidade deve adentrar às mídias sociais como campo fértil para comunicação científica, por meio de linguagem que seja capaz de atingir o receptor de modo a produzir novos hábitos que se traduzam em saúde e cuidado. Nessa perspectiva, o objetivo do programa “Gestão do cuidado e mídias digitais em redes sociais” é promover comunicação científica de temas relacionados à gestão do cuidado, por meio da produção de recursos audiovisuais variados (podcast, cartuns, histórias em quadrinhos, vídeos e cordéis digitais) como forma de atividades curriculares de extensão, que serão desenvolvidas pelos estudantes de graduação nas Unidades Curriculares do Departamento de Administração em Serviços de Saúde e Enfermagem (DASSE) com vistas ao atendimento da Resolução n° 7, de 19 de dezembro de 2018 do MEC (Brasil, 2018). Desta forma, se pretende como objetivos específicos:
- Planejar e produzir podcast sobre temas de saúde do trabalhador de saúde e de enfermagem, ampliando sua capacidade crítica-reflexiva e resolutiva no que tange aos problemas de saúde desses profissionais (Projeto Florencast);
- Planejar e produzir cartuns ou história em quadrinhos, sobre temas de recursos físicos à sustentabilidade, conforto e bem-estar (Cartoon Nightingale);
- Planejar e produzir vídeos rápidos sobre competências gerenciais e o impacto na qualidade e segurança em saúde (QualiEnf Vídeo) e;
- Planejar e produzir cordéis digitais para divulgar a história da saúde e da Enfermagem brasileira e da Escola Paulista de Enfermagem (EPE) (CordEnf - História da Enfermagem).
Os resultados esperados envolvem a formação de enfermeiros sensíveis às necessidades da sociedade em construção conjunta de soluções, por meio da entrega de conteúdos baseados em evidências científicas, de forma crítica, reflexiva, acessíveis e de interesse público, em formatos mais ágeis do que os artigos científicos; desenvolvimento da literacia digital de estudantes e sociedade, promover a interação social com a ampliação dos canais de comunicação entre os segmentos: sociedade e universidade.
ATIVIDADE DE EXTENSÃO - TRADUÇÃO PARA O BRASIL DO MATERIAL SEGUNDA VÍTIMA DO COVID-19
Tradução para o Brasil do Material "Segunda Vítima do COVID-19"
O material apresentado foi elaborado por pesquisadores e profisisonais de saúde da Espanha que buscaram uma forma de auxiliar profissionais que estão na linha de frente do cuidados com as vítimas do COVID-19, dando suporte psicossocial e minimizando os efeitos do estresse que a situação demanda. O processo de adaptação e tradução para o português do Brasil foi realizado por uma equipe de docentes e enfermeiros com autorização dos autores.
O conteúdo original pode ser consultado pelo site https://segundasvictimascovid19.umh.es/p/inicio.html
Apresentação
Os profissionais de saúde envolvidos no atendimento de pessoas infectadas com sars-cov-2 (covid-19) que apresentam uma evolução tórpida da doença, possivelmente agravada pelas condições de saúde subjacentes, podem apresentar distúrbios emocionais que colocam em risco seu bem-estar psicológico e saúde mental, além de afetar seu desempenho profissional.
Por outro lado, além do agravamento clínico dos pacientes em particular, esses profissionais estão continuamente expostos a uma situação extrema e estressante, devido a múltiplos fatores (alarme social, falta de recursos, sobrecarga dos serviços, incertezas, etc.). Da mesma forma, eles também estão em contato direto com pessoas doentes com covid-19 e têm maior probabilidade de se tornar a primeira vítima uma vez que estão expostos a um alto risco de contrair o vírus.
O MOTIVO DESTE SITE
A pandemia de sars-cov-2 (covid-19) está gerando alta pressão na assistência à saúde e requer decisões críticas em um ambiente de extremo alarme social e com várias condições adversas que causam sobrecarga emocional, reações de estresse agudo e outros transtornos afetivos ou reações psicossomáticas em profissionais de saúde.
O cenário atual nos faz pensar em muitas situações críticas, que são produzidas em função da sobrecarga vivenciada, que são distintas conforme o hospital, sendo que alguns estão totalmente sobrecarregados.
É imperativo agir para combater o efeito devastador entre os profissionais de saúde e aqueles que apóiam este trabalho. é importante que os profissionais sintam-se apoiados e com força moral para que a assistênciaprestada não seja mais comprometida. Dessa necessidade surgiu a idéia deste site e seu conteúdo.
METODOLOGIA
Os recursos disponíveis vêm se desenvolvendo rapidamente na última semana e a partir da troca de experiências e dos resultados de intervenções elaboradas e implementadas em diferentes hospitais e áreas de atenção primária, os resultados do projeto em segundas vítimas (FIS referências PI13 / 0473 e PI13 / 01220) e a revisão expressa da literatura, principalmente a partir da experiência de Hunan e Wuhan (China).
Essa proposta é resultado do trabalho de uma equipe multi e interdisciplinar que começou com a identificação de situações problema mais prementes para, em segundo lugar, propor intervenções visando orientar possíveis ações, uma vez que a velocidade e as demandas da situação podem mudar rapidamente.
Essas situações problemas e os recursos que apresentamos podem ser extensíveis a outros sistemas de saúde de outros países que, infelizmente, também compartilham essa terrível pandemia.
As propostas publicadas neste site são, portanto, uma combinação de boas práticas, experiência acumulada e referências apontadas para enfrentar o impacto emocional das consequências dessa pandemia nos profissionais do sistema de saúde.
AUTORES
Profissionais de saúde e acadêmicos de universidades de diferentes comunidades autônomas que trabalham com um objetivo comum: fornecer uma resposta global ao problema das segundas vítimas da epidemia de SARS-CoV-2 (COVID-19).
José Joaquín Mira Solves - Universidad Miguel Hernández, Alicante
Situações Problema
O cenário atual produz muitas situações críticas, com diferentes níveis de impacto nos profissionais em função da pressão assistencial e da sobrecarga emocional a que estão sujeitos.
No país como um todo, encontramos hospitais que atendem a um grande contingente de pacientes, enquanto outros estão totalmente lotados por casos confirmados de COVID-19.
Esta página web reúne as experiências, vivencias e revisão de literatura recente sobre a pandemia de SARS-CoV-2. Além disso, traz uma lista de recursos elaborados por meio de sessões de consenso entre profissionais de linha de frente no tratamento de pacientes com o COVID-19, gerentes de instituições de saúde e membros da equipe de pesquisa espanhola sobre segundas vítimas.
A classificação das situações problemas identificadas aborda as seguintes categorias: Fator Humano; Estressores ambientais e outros específicos da situação de crises; Reações de medo ou pânico; Organização de recursos humanos e materiais; e, Tomada de decisão relacionada às questões assistenciais.
Nas abas seguintes, serão detalhadas das situações problema identificadas por categoria.
- Fator Humano
- Estressores Ambientais
- Reações ao Medo e Pânico
- Organização de Recursos
- Tomada de Decisão
Fator Humano
- Impotência em observar comportamentos imprudentes em pacientes e acompanhantes (geralmente por desconhecimento) e falhas (por cansaço, sobrecarga emocional, falta de concentração, etc.)
- Falhas involuntárias são cometidas (que podem levar a eventos adversos)
- Sentimentos de impotência, irritabilidade e dúvidas da própria capacidade, gerando novas situações de risco para os pacientes.
- Impotência e insatisfação ao ver como os pacientes sentem medo ao saberem que estão doentes por COVID-19, solidão pois ficam sem acompanhantes e, em alguns casos, por morrerem sozinhos. Entre os profissionais é uma situação que está causando um impacto profundo.
Estressores Ambientais
- Trabalhar em situação especial de risco biológico
- Risco que pode ser estendido a outros pacientes, colegas e famílias com quem se convive.
- Substituição célere de colegas afastados uma vez que eles estão em isolamento em casa devido aos resultantes positivos de COVID-19.
- Sentir-se sobrecarregado por momentos duração cada vez mais crescentes.
- Não querer parecer fraco ou incapaz de responder a todos o tempo todo.
- Não ter um futuro claro de quanto tempo "isso vai durar".
Reações ao Medo e Pânico
- Preocupação e, as vezes, medo, ao saber que um colega passa por situação de vigilância passiva ou isolamento domiciliar.
- Medo de infectar os familiares e/ou conhecidos próximos.
- Minimizar os sintomas que podem indicar contágio devido à pressão para não deixar os serviços descobertos.
Organização de Recursos
- Trabalhar temporariamente em áreas assistenciais para as quais você não recebeu treinamento adequado ou não tenha formação:
- Para novas contratações de pessoal
- Para transferência para áreas assistenciais mais complexas.
- Receber instruções conflitantes sobre gerenciamento de riscos e procedimentos (sem atribuição clara de tarefas)
- Inconsistências na cadeia de comando
- Escassez de material, de acordo com as necessidades dos centros e serviços, para prestar assistência adequada e contar com equipamentos contra os riscos biológicos (especialmente máscaras, testes e equipamentos para proteção individual - EPI).
- Redução de recursos humanos, devido à perda de profissionais com exposição ao risco
- A jornada de trabalho é prolongada, a frequência dos turnos aumenta e há redução no tempo para o descanso físico e mental.
- Dissolução de equipes de trabalho consolidadas
- Incorporação de novos profissionais que não estão habituados à dinâmica de trabalho
- Sobrecarregar profissionais com mais experiência.
- Pacientes com outras patologias que não receberam os cuidados que até então recebiam
- Maior risco de eventos adversos, muitos deles por omissão de ações e com baixa probabilidade de detecção.
- Diferentes perspectivas dos residentes médicos e multiprofissionais
- Eles não têm mais a “proteção” dos preceptores para passar por uma situação distinta favorecendo a insegurança e o estresse agudo.
- Conflitos entre as pessoas da equipe antes da crise
- Situações anteriores que podem surgir agora como resultado da distribuição de tarefas em situações extremas.
Tomada de Decisão
- Obrigação em aplicar os sistemas de Triagem e de tomada de decisões rápidas e reservadas para situações de grandes catástrofes com um alto componente de conflito ético.
- Diante da decisão de priorizar os níveis de atenção, gerar uma nova situação organizacional desconhecida até então.
Identificação das necessidades
Com a ajuda de profissionais de saúde que estão na linha de frente no tratamento de pacientes com COVID19, identificamos um conjunto de situações problema que eles enfrentam e que desencadeiam novas necessidades que, dado o desequilíbrio entre demanda e resposta e sua rápida evolução, eles se tornam difíceis de enfrentar em toda a sua extensão.
Essas informações e a revisão da literatura recente sobre as experiências dos hospitais de Wuhan e Hunan (China) nos levaram a desenvolver um conjunto de recursos que contribui para dar uma resposta aos problemas afetivos e ao estresse agudo que os profissionais de saúde e de apoio sofrem durante o trabalho assistencial.
Como recomendamos o uso deste guia:
A seguir, para cada situação problema são identificadas as necessidades e recursos para enfrentá-los.
1) Explorar as situações problema que melhor refletem nossa situação.
2) Buscar as necessidades e identificar aquelas que se assemelham à nossa situação.
3) Uma vez identificadas as necessidades, clique no recurso para consultar a recomendação
SITUAÇÕES PROBLEMA FRENTE AO COVID-19
- Estado de incerteza a respeito da situação provocada pela crise do COVID-19 - Necessidades 01, 02 e 03
- Trabalhar temporariamente em ambientes assistenciais para as quais não recebeu o treinamento adequado seja devido à nova contratação de funcionários ou à transferência para ambientes assistenciais mais complexas, o que favorece a insegurança e o estresse agudo - Necessidades 04 e 05
- Mudanças nas instruções sobre os aspectos organizacionais e processuais, somadas às inconsistências na cadeia de comando causadas pelas rápidas mudanças que ocorrem em todas as crises - Necessidades 02, 03 e 09
- Redução de recursos humanos, devido à ausência de profissionais por exposição aos riscos, o que os obriga a prolongar a jornada de trabalho, aumentar a frequência de turnos e reduzir o tempo de descanso físico e mental. Substituições rápidas por ausência de colegas devido ao isolamento doméstico ou adoecimento - Necessidades 02, 05 e 08
- Dissolução de equipes de trabalho consolidadas devido à incorporação de novos profissionais, sobrecarregando, ainda mais, os profissionais mais experientes - Necessidades 03, 04 e 09
- Pacientes de outras patologias (não COVID-19) que não recebem a mesma atenção que até então recebiam devido às novas prioridades de cuidados - Necessidades 01 e 03
- Conflitos na equipe antes da crise que podem surgir agora como resultado da distribuição de tarefas em situações extremas - Necessidade 04
- Impotência e irritabilidade ao se observar comportamentos imprudentes em pacientes e acompanhantes (geralmente devido ao desconhecimento) e falhas assistenciais (devido ao cansaço, emoções negativas, etc.). Falhas involuntárias que podem levar a eventos adversos. Enfrentar a angústia do isolamento estrito de pacientes hospitalizados com COVID-19 e ver que alguns deles morrem sozinhos - Necessidades 05 e 06
- Estar trabalhando em uma situação de risco biológico especial. Risco que pode contagiar pacientes, colegas e os familiares com quem se convive - Necessidade 07
- Ver-se sobrecarregado, com períodos de duração cada vez maiores, sem poder comentar com ninguém, para não parecerem fracos - Necessidades 05, 06 e 07
- Não ter um horizonte claro de quanto tempo "isso vai durar" - Necessidades 01, 02 e 05
- Medo de saber que um colega entra em uma situação de vigilância passiva ou isolamento doméstico. Medo de infectar a família e ou aqueles que estão próximos - Necessidade 07
- Ver-se na obrigação de aplicar os sistemas Triagem e tomar decisões reservadas para situações de grandes catástrofes com um alto componente de escolha ética - Necessidades 05, 06 e 09
- Pós-Crise - Necessidade 10
Necessidades identificadas e recursos para resolução
A seguir, apresentamos um Conjunto de Recursos para mitigar o estresse agudo associado à situação de crise causada pelo COVID-19.
Esses 19 RECURSOS foram pensados como propostas de intervenção para responder às necessidades identificadas. Para cada necessidade, são enumeradas as diferentes propostas recomendadas.
- NECESSIDADE 01
- RECURSO 01
- INFOGRÁFICO - Notas Positivas
- RECURSO 02
- INFOGRÁFICO - Proteção da família
NECESSIDADE 01
Informação atualizada e compreensível (natureza do vírus e estado de disseminação, situação geral do epicentro do COVID-19
RECURSO 01
Informações sobre resultados e ações realizadas
- Os profissionais de saúde e a população recebem muitas informações com conteúdos desanimadores e com orientações contraditórias.
- Fortalecer a moral dos profissionais também exige estar ciente dos resultados e capacidades do sistema e de si mesmos para enfrentar a adversidade que essa pandemia representa. Mensagens simples, realistas e positivas contribuem para a moral dos profissionais e podem ser um método eficaz para fortalecer sua capacidade profissional nesse momento. Os dados podem ser acompanhados de gráficos simples que ajudam a entender a mensagem e obter maior impacto.
- Mensagens positivas nesse sentido estão começando a ser vistas nas redes sociais, por exemplo:
- Existem hospitais, geralmente em centros maiores nas capitais dos estados, que possuem um escritório de comunicação. Nesses casos, esta unidade será responsável por fornecer informações organizadas e contará com canais de comunicação estáveis. Nesse caso, não se esquecer da equipe de apoio à assistência.
- Em outros hospitais e na atenção primária, onde esses recursos não estão disponíveis, o centro deve identificar a pessoa, ou pessoas, que poderiam assumir essa tarefa. Nesse caso, fornecemos um modelo para facilitar a tarefa.
Por exemplo, poderia incluir:
- uma informação ou fato positivo da própria instituição
RECURSO 02
Envolver os profissionais em mensagens audiovisuais para transmitir informações sobre as Diretrizes (por exemplo: remoção correta de EPI).
- É a hora e o momento dos profissionais. Eles são os protagonistas, juntamente com os pacientes, nessa história dramática.
- As mensagens que alcançam maior impacto são os vídeos informativos feitos pelos próprios profissionais. Criar esses vídeos libera a tensão e reforça a capacidade de trabalhar em equipe.
- Não é o momento de criar vídeos com qualidade profissional, mas sim, de ajudar para que essas iniciativas tenham a melhor qualidade e, assim, alcancem maior divulgação na Internet.
- A plataforma YouTube® impôs restrições para evitar notícias falsas, outras plataformas como WhatsApp®, Twitter®, Telegram®, Facebook® ou Instragram®, não o fizeram.
- Para a criação de uma mensagem de vídeo, deve-se garantir a iluminação correta da sala onde as filmagens ocorrerão. Se você usar um dispositivo móvel como câmera, é preferível que a gravação seja vertical, pois será melhor adaptada à interface do usuário (exceto o YouTube®, onde deve ser filmado horizontalmente).
- É preferível evitar mensagens de áudio, pois é mais fácil de ser classificada como notícia falsa.
Alguns vídeos de demonstração:
RECURSO 03
Comunicações diárias sobre a situação do Serviço
- A transparência nesta situação é o caminho para reforçar a moral dos trabalhadores
- O sentimento de progressão em relação às condições atuais deve ser claro e constante
- O Serviço pode emitir um comunicado diário com informações realistas e positivas, além de outras informações sobre a situação sua situação.
- Além do site do centro (banner informativo), outros canais de comunicação e informações devem ser considerados, como por exemplo:
- Foram habilitados 15 novos quartos no 9º andar, ala direita, o que aumenta nossa capacidade em 32 leitos;
- Três profissionais puderam se reintegrar à unidade, após completar seu período de isolamento;
- Um paciente com SRAG pelo COVID-19 recebeu alta da UTI;
- Essas informações também devem ser comunicadas pelos gerentes de nível médio em suas reuniões regulares com suas equipes.
RECURSO 04
Homogeneidade da estrutura das mensagens corporativas
- A proliferação de atualizações de protocolos e a disparidade de instruções sobre medidas de proteção, juntamente com a escassez de material, é motivo de desconfiança e prejudica a moral dos trabalhadores. Em alguns casos, como gravidez ou condições crônicas, os profissionais precisarão de instruções específicas diferenciadas.
- Para evitar a falta natural de coordenação em situações de crise, é importante unificar (homogeneizar) a estrutura das mensagens a serem enviadas por diferentes canais. Dessa forma, evita-se duplicidade, informações desconexas e mal-entendidos. As mensagens devem ser claras, as ideias concisas e não redundantes. Neste momento, particularmente, devemos ter em mente que Menos é Mais.
- Em particular, dada a natureza excepcional da triagem em situações extremas, é necessário utilizar um protocolo de tomada de decisão específico para este contexto, para que não recaia exclusivamente sobre os profissionais. Esse protocolo deve envolver a comissão de bioética e estar sujeito às premissas éticas de: excepcionalidade, responsabilidade, transparência, inclusão, sensibilidade, confiança, equidade e maior benefício para o maior número de pessoas.
RECURSO 05
Comunicação para coordenação de contratados
- O trabalho do pessoal de limpeza ou segurança, nesse momento, é fundamental para a operação dos centros. Os procedimentos habituais de trabalho desses profissionais foram suplantados pela realidade atual.
- A incerteza, o medo do contágio, instruções que mudam de um dia para o outro, também estão presentes com a circunstância agravante de que a tomada de decisão desse pessoal não está no próprio serviço. Além disso, os critérios das empresas contratadas nem sempre são homogêneos às diretrizes dos serviços ou podem até entrar em colisão. Isso representa uma tensão maior para esse grupo de profissionais. Essa tensão será mantida ao longo do tempo sem um prazo definido que permita a expectativa de recuperação.
- As ações contempladas neste documento devem ser avaliadas pelos serviços, considerando até que ponto podem ser estendidas a esse grupo de profissionais, cuja colaboração é necessária para a dinâmica dos centros de referência.
RECURSO 06
Identificar e desmentir notícias falsas e informações incorretas
Para identificar e combater notícias falsas, é essencial:
- Que a informação emitida sempre venha da mesma fonte oficial, como governos, instituições de ciência e pesquisa, ou organizações de saúde confiáveis.
- Que, preferencialmente, as informações de saúde provenham de vídeos, pois fornecem mais credibilidade à mensagem do que outros meios (como áudio e texto), além de permitir a identificação do mensageiro.
- Que as mensagens informativas divulgadas por serviços de mensagens (tipo WhatsApp) tenham links para contas oficiais e verídicas, evitando anexar diretamente as informações (texto, áudio, vídeo, etc.) cuja fonte seja desconhecida.
- NECESSIDADE 04
- RECURSO 07
- INFOGRÁFICO - Briefing
- INFOGRÁFICO - Turno UTI
- RECURSO 08
- INFOGRÁFICO - Recursos online
NECESSIDADE 04
Oferecer segurança aos profissionais recém-contratados e a profissionais mobilizados de outros serviços após treinamento expresso.
RECURSO 07
Briefings (Instruções breves/rápidas) no início do turno com orientações para novas adições
- Os briefings no início de cada turno servem para fortalecer a segurança e ajudar a controlar a pressão a que os profissionais estão sujeitos, com diretrizes específicas para os profissionais recém-contratados.
RECURSO 08
ProfIssionais em isolamento como formadores e tutores a distância de novos profissionais.
- O elevado número de profissionais de saúde em isolamento domiciliar reduz drasticamente a possibilidade de lidar com a pandemia.
- Sua substituição por novos profissionais, em alguns casos, sem uma trajetória profissional na especialidade, aumenta a pressão daqueles que estão na linha de frente do combate contra o Coronavírus. Eles precisam não apenas responder à pressão da assistência ao paciente, mas também treinar novos profissionais.
- O projeto LINE propõe que esses profissionais em isolamento domiciliar possam oferecer treinamento on-line e orientar novos profissionais, colaborando com seus colegas para enfrentar esta difícil situação.
- A proposta do projeto LINE é que, sempre que um novo profissional ingresse, o setor de educação em serviço designe um tutor (isolado em casa), que poderá responder dúvidas por meio do WhatsApp, seja em mensagens de texto, áudio, ou chamadas de vídeo. O setor de educação em serviço também poderia organizar “pílulas” de treinamento sobre tópicos específicos que os novos profissionais necessitam para realizar seu trabalho (desde medidas de autoproteção, até tópicos organizacionais, ou outros).
- Esse sistema de mensagens instantâneas foi escolhido por ser um dos mais difundidos entre a população. O tutor, no caso em que a pergunta postada se refira à sua especialidade, poderá responder diretamente ao profissional a ele designado ou, caso contrário, consultar outros profissionais na mesma situação (outro tutor em isolamento domiciliar) para responder. Esse profissional (tutor) também pode oferecer acompanhamento para enfrentamento da responsabilidade assumida (pelo novo profissional) e da carga emocional decorrente da prestação da assistência nesse momento.
- NECESSIDADE 05
- RECURSO 09
- RECURSO 10
- INFOGRÁFICO - Respire fundo
- INFOGRÁFICO - STOP
- INFOGRÁFICO - Relax
- INFOGRÁFICO - Equilíbrio
- RECURSO 11
- RECURSO 12
- INFOGRÁFICO - Pausa
RECURSO 09
Autoavaliação das respostas ao estresse agudo
- Existe uma percepção pobre do risco de sobrecarga emocional entre os profissionais (maior entre os homens). Se os profissionais (assistenciais ou de apoio) não internalizarem que precisam de apoio e que podem recebê-lo, as intervenções não terão o efeito esperado. Essa escala poderia contribuir nessa direção.
- O profissional que marcar 15 ou mais pontos é um candidato a precisar dos recursos de apoio emocional disponibilizados. Por exemplo, por meio de apoio telefônico (recurso 11) ou para recorrer sistematicamente à técnica de atenção plena recomendada neste documento (recurso 12). O profissional que possui 25 ou mais pontos deve considerar o uso da consulta de suporte individualizada habilitada por seu centro (recurso 14).
- Observação: O questionário poderá ser acessado diretamente no site ( https://segundasvictimascovid19.umh.es/p/inicio.html),uma vez que não está publicado e nem foi validado para a língua portuguesa – versão brasileira.
RECURSO 10
Tomada de consciência da necessidade de enfrentar a resposta afetiva e aceitar apoio
- Continuando, oferecemos algumas “pílulas” (dicas?) psicológicas que podem ajudar como medidas possíveis de autorregulação emocional nas situações de estresse e ansiedade que estão sendo vivenciadas durante esta crise.
RECURSO 11
Linha direta de apoio psicológico aos profissionais de saúde e apoio de pessoal especializado. Diversas instituições públicas e privadas estão disponibilizando apoio psicológico para profissionais de saúde e seus familiares. A sociedade brasileira de psicologia também disponibilizou informações técnicas atualizadas para contribuir com a prática profissional da psicologia no contexto da crise COVID-19. O material pode ser acessado gratuitamente no site www.sbponline.org.br
RECURSO 12
Tempo de recuperação (descansos breves) durante a jornada de trabalho
- Permitir pequenos intervalos de recuperação (descompressão), oferecendo momentos regulares para recuperação dos profissionais durante o dia útil (plantão), para utilização de recursos (técnicas) de recuperação e autorregulação emocional.
RECURSO 14
Encaminhamento pontual ao fluxo de aconselhamento individualizado para superar a reação de estresse agudo
- Os serviços que possuem profissionais qualificados para isso (saúde ocupacional ou serviços de saúde mental) podem disponibilizar recursos de atendimento individualizados para aqueles que se sentem completamente sobrecarregados como alternativa à situação de licença médica. Requer a definição de qual casuística deve ser tratada dessa maneira (incluindo a equipe de apoio ao trabalho em saúde), um fluxo para estabelecer um encontro prévio à consulta por telefone, estabelecer horários de consulta e disponibilidade de recursos humanos e o equipamento técnico necessário.
RECURSO 15
Organizar áreas de descanso para recuperação dos profissionais no final do turno
- A literatura aponta algumas intervenções que funcionaram nessa pandemia na China e que poderiam ser valorizadas no momento, principalmente considerando a oferta de algumas redes de hotéis e acomodações. O objetivo é proporcionar um local de descanso onde os funcionários possam se isolar temporariamente e sem o "perigo" de infectar suas famílias. Aliviá-los dessa tensão diminui sua carga emocional.
- Além disso, facilitar acesso a alimentos e bebidas fornecidos pelo mesmo centro ou empresas colaboradoras; fornecer áreas de descanso para contato com os membros da família durante a jornada de trabalho, aliviando as preocupações de suas famílias e sua própria tensão.
- A seguir, uma diretriz que pode ser útil para profissionais que estão na primeira linha de atendimento a pacientes com COVID-19: possibilitar que fiquem em hotéis, por ser prudente prevenir o impacto que o trabalho pode ter sobre seus filhos e assim evitar voltar para casa e infectá-los; profissionais que devem permanecer isolados em casa devido ao contato direto com pacientes com COVID-19, ou devido à exigência horária de sua responsabilidade atual que agora os separa deles. É chamado de "GUIA DE ESTABILIDADE".
NECESSIDADE 08
Profissionais em isolamento domiciliar e com sentimentos de desamparo devido à situação em que seus colegas estão.
RECURSO 16
Manter contato e relatar a situação no serviço Acompanhamento institucional à distância. Facilitar a reincorporação.
- A comunicação direta entre profissionais ativos e colegas em isolamento domiciliar é essencial para alcançar um melhor desempenho emocional e no trabalho. Por meio das redes de mensagens instantâneas (descritas no RECURSO 10), o profissional de saúde em isolamento domiciliar pode acompanhar as notícias de seu centro e estar em contato direto com seus colegas, para que continue a se sentir parte da equipe até se reintegrar ao trabalho.
- Além disso, o profissional em isolamento domiciliar pode aproveitar o tempo para exercer outras funções úteis para a comunidade de saúde (consulte RECURSO 8).
RECURSO 17
Estar ciente das ações que se espera que sejam executadas pelos gerentes de nível intermediário. Liderança responsável.
A eficiência da liderança depende da previsão dos fatos; portanto, na medida do possível, é necessário estar devidamente informado. As ferramentas para enfrentar esse fato são cada vez mais abundantes e precisas. Manter as informações atualizadas é útil para:
- Saber se um centro de referência ficará sobrecarregado informar-se periodicamente sobre o número de infectados e sua tendência geográfica
- Fazer parte dos sistemas de comunicação do pessoal de saúde (RECURSO 10) para conhecer suas preocupações
- Estar ciente dos comentários feitos nas publicações nas Redes Socais das contas oficiais do seu serviço.
RECURSO 18
Promover liderança informativa, transparência, realismo e mensagens positivas.
As mensagens e informações daqueles que estão no comando devem ser fluidas e consistentes para com os profissionais e suas equipes. Incentivar mensagens de encorajamento e informações positivas e transparentes dará uma sensação de unidade e a equipe de trabalho se sentirá reforçada e apoiada por sua alta gerência. A abordagem para essa divulgação deve ser por meio dos seguintes canais:
- Mensagem de e-mail por meio das contas de e-mail profissionais do pessoal de saúde
- Comunicados no site oficial do centro (pode ser divulgado através dos grupos de mensagens dos profissionais expostos no RECURSO 10)
- É possível, também, a criação de um conteúdo mais dinâmico e descontraído que reforce o estado de espírito do pessoal de saúde (por exemplo, fazendo um vídeo, consulte RECURSOS 02 e RECURSO 03)
NECESSIDADE 10
Gerenciar a Pós-Crise tomando a si, agora, a iniciativa de não ficar atrás da SARS-CoV-2.
RECURSO 19
Planejar o volume de atividades assistenciais atrasadas. Aliviar o impacto previsível dessa sobrecarga física e mental sobre os profissionais de saúde e de apoio.
- Apesar de a urgência e prioridade das ações estarem focadas, agora, na resposta às necessidades dos pacientes com COVID-19, é essencial estar ciente de que o horizonte de resposta não termina com a crise, mas continuará além do momento em que estiver finalizada. Portanto, é necessário planejar as ações de gestão do pós-crise. Isso inclui organizar, planejar, programar e coordenar toda a assistência e procedimentos não urgentes que foram adiados durante a crise e que, até então, se acumularão junto com as novas demandas que ocorrerão espontaneamente. Também será necessário estabelecer os mecanismos adequados para dar uma resposta eficaz, das instituições de saúde, às consequências emocionais que esta crise deve deixar em grande parte dos profissionais de saúde e apoiar o trabalho de saúde que hoje está na linha de frente da luta contra a pandemia.
- Em comparação com outras situações traumáticas individuais, o fato de ser uma experiência coletiva, em nível global, possa contribuir para resiliência, recuperação emocional e assimilação adaptativa da experiência, não se devem subestimar as consequências que essa situação crítica prolongada pode provocar em profissionais diretamente expostos a ela. A sobrecarga emocional atual, produz um alto volume de reações e sintomas emocionais e de ansiedade, incluindo estresse pós-traumático nos 3 meses após a superação da atual crise de saúde, estimado entre os profissionais de saúde (segundas vítimas) de 10 e 15% da equipe de serviços críticos (Cuidados Críticos e Reanimação, Medicina Interna, Pneumologia e Doenças Infecciosas), com maior prevalência em enfermagem - segundo os estudos realizados em Hunan e Wuhan (China).
- A equipe de Susan Scott da University of Missouri Health Care (MUHC) desenvolveu o Modelo de Suporte em Três Níveis para responder às necessidades emocionais dos profissionais de saúde envolvidos em incidentes de segurança para pacientes (segundas vítimas). Essa proposta, acompanhada de um programa de apoio específico, pode ser convenientemente transferida para a crise emocional entre profissionais de instituições de saúde, causada pelas condições adversas de atendimento de pacientes com COVID-19 e o número e condições de óbitos. Se constitui de três níveis de apoio, de crescente especialização, com base na assistência ponto a ponto (que facilita a identificação entre aquele que oferece o apoio e o profissional) e que, portanto, não requer a contratação de pessoal externo. Uma equipe voluntária e treinada especificamente para essas situações forma o segundo nível de apoio, que, por sua vez, está conectado à rede de referência especializada, composta por profissionais de Saúde Mental, para atender às necessidades dos profissionais que não possam ser resolvidas em níveis mais baixos de suporte.
- Se um programa desse tipo puder ser desenvolvido, implementado e mantido no centro de referência, será de especial ajuda durante o período pós-crise que se seguirá à pandemia de SARS-CoV-2, mas também para enfrentar futuras crises com o potencial de provocar respostas ao estresse agudo e aos distúrbios emocionais em profissionais de saúde.
PROJETO DE EXTENSÃO GESTÃO DO CUIDADO E MÍDIAS SOCIAIS - FlorenceCastEPE
florencastepe
A proposta deste projeto é a criação e distribuição de conteúdos digitais denominado como podcasting por meio da elaboração de Podcasts, termo utilizado para definir programas e episódios de áudios.
Na área de saúde, observa-se um aumento do número de tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e a mídia digital no formato de podcasts é bastante promissora para disseminar o conhecimento e dialoga com uma população cada vez mais conectada.
Neste projeto há duas comunidades bastante distintas, a primeira é aquela que propõe a ação extensionista, a comunidade acadêmica, a segunda, aquela comunidade que pode ser nominada como público-alvo dessa ação extensionista, no caso deste projeto, profissionais da área da enfermagem.
Professores Responsáveis pelo Projeto: Profa. Dra. Geisa Colebrusco S. Gonçalves e Enfa. Lucíola D' Emery Siqueira.
Professores Participantes: Prof. Dr. Alexandre P. Balsanelli; Profa. Dra. Elena Bohomol; Profa. Dra. Lúcia M. Giunta da Silva; Profa. Dra. Magaly C. F. Reichert; Profa. Dra. Patrícia B. Draganov; Profa. Dra. Vanessa R. Alves; Enfa. Me. Rosana Fogliano.
Apresentação
florencastepe
Em consonância com o objeto de pesquisa e ensino deste departamento, do perfil dos estudantes de graduação, e a adoção de mídias que possam ser acessadas a qualquer tempo e a partir de qualquer aparelho eletrônico como computadores, tablets, smartphones.
Espera-se que o projeto amplie a capacidade extensionista da universidade e desenvolvam nos estudantes habilidades de construção de conteúdo digital, para que esse processo contribua tanto na sua própria formação, como no alcance das informações e conhecimentos produzidos na universidade, por meio da disseminação de informações baseadas em pesquisas recentes e evidências científicas que dialoguem com a sociedade.
Com a criação de conteúdo digital sobre a temática de gerenciamento e administração de serviços de saúde e de enfermagem por meio de Ferramentas Digitais, neste caso os Podcasts, espera-se obter impactos positivos sobre a gestão dos serviços de saúde, pela promoção de informações e boas práticas para a saúde do trabalhador.
Os conteúdos serão gravados e editados por meio de plataformas gratuitas disponibilizadas na web. A divulgação será feita pela rede social Instagram®.
Código Proec: 18267
Utilize a câmera do seu celular para ler o QR code e conheça os conteúdos dos Podcasts que já estão disponíveis
Referências
Vicente E. Do rádio ao podcast: as novas práticas de produção e consumo de áudio. In: Soares RL, Silva G (org). EMERGÊNCIAS PERIFÉRICAS EM PRÁTICAS MIDIÁTICAS. São Paulo: ECA/USP, 2018. p. 88-107.
Aghababaeian H, Araghi Ahvazi L, Moosavi A, Ahmadi Mazhin S, Tahery N, Nouri M, Kalani, L. (2019). Triage live lecture versus triage video podcast in pre-hospital students’ education. African Journal of Emergency Medicine, 9(2), 81–86. https://doi.org/10.1016/j.afjem.2018.12.001
Phillips, B. (2017). Student-Produced Podcasts in Language Learning – Exploring Student Perceptions of Podcast Activities. IAFOR Journal of Education, 5(3), 157–171. https://doi.org/10.22492/ije.5.3.08
Scutter, S., Stupans, I., Sawyer, T., & King, S. (2010). How do students use podcasts to support learning? Australasian Journal of Educational Technology, 26(2), 180–191. https://doi.org/10.14742/ajet.1089
PROJETO DE EXTENSÃO GESTÃO DO CUIDADO E MÍDIAS DIGITAIS - Cartoon Nightingale
Projeto Cartoon Nightingale
Design baseado em evidências de sustentabilidade, saúde e bem-estar
A proposta deste projeto será o desenvolvimento e distribuição de artes visuais, a partir da análise de potenciais fragilidades e propostas de melhorias, das estruturas arquitetônicas dos ambientes de saúde, na perspectiva da qualidade e segurança, fundamentada no design baseado em evidências de sustentabilidade, saúde e bem-estar.
As artes visuais fazem parte de uma categoria da área artística que estabelece as várias formas de expressões visuais. As cores e as formas são os principais elementos de apreciação das suas manifestações. A palavra visual é originária do latim visualis e significa exatamente o que é relativo à visão. Por isso, as artes visuais se relacionam com a linguagem visual. Nessa área, a comunicação com humor visualmente é denominada “gags visuais”. O cartum faz parte das "gags visuais", e é um desenho humorístico, animado ou não, que tem como característica a crítica, de maneira breve, dos momentos que abrangem o dia a dia de uma sociedade.
O cartum não se limita necessariamente a criticar, podendo também provocar o humor, reflexões e proposições. De modo geral, o cartum está associado a fatos e textos atemporais e retrata um conjunto de informações. O tema do cartum revela o cotidiano por meio da linguagem verbal e não-verbal, contudo, geralmente, a primeira se revela com maior intensidade.
Professores Responsáveis pelo Projeto: Profa. Dra. Patrícia B. Draganov e Profa. Dra. Vanessa R. Neves.
Professores Participantes: Prof. Dr. Alexandre P. Balsanelli; Profa. Dra. Elena Bohomol; Profa. Dra. Geisa Colebrusco S. Gonçalves; Profa. Dra. Lúcia M. Giunta da Silva; Profa. Dra. Magaly C. F. Reichert; Enfa. Me. Rosana Foglilano.
Apresentação
Os serviços de saúde buscam padrões de alta qualidade envolvendo recursos, processos e resultados, para tanto utilizam ferramentas e indicadores para mensuração, monitoramento e melhoria dos resultados e para sustentar a tomada de decisão. Esta abordagem deu subsídio para a Medicina Baseada em Evidências (MBE).
A qualidade no campo de serviços de saúde está relacionada a um sistema articulado de variáveis interdependentes, em que fatores mais ou menos complexos interagem em uma visão multidimensional. A arquitetura é considerada uma variável estrutural importante que contribui para a qualidade na promoção da saúde e bem-estar, porém para que isso se concretize, as decisões sobre o desenho das unidades de saúde devem se basear nas melhores informações disponíveis em pesquisas sobre design baseado em evidências (EBD).
O EDB surgiu dos estudos de Ulrich, que comprovou a relação da arquitetura com a saúde e bem-estar, resultando em redução da ansiedade, da pressão arterial, das necessidades de medicação para dor, melhora do curso pós-operatório e diminuição do tempo de internação. As variáveis do ambiente construído relacionadas à saúde e bem-estar, interagem produzindo resultados nos pacientes, na equipe de saúde e na organização.
Nesse sentido, conhecer o perfil dos ambientes de saúde e estudar DBE, para propor soluções estruturadas por meio de cartuns poderá, ao mesmo tempo, estimular o raciocínio crítico e reflexivo, além de oferecer opções divertidas e discretas de boas práticas em sustentabilidade, saúde e bem-estar para a comunidade, por meio de mídia digital.
Refletir sobre as variáveis dos ambientes de saúde em função da sustentabilidade, saúde e bem-estar e realizar sua releitura com propostas resolutivas, por meio de cartuns, oferecerá subsídios para o desenvolvimento da aprendizagem significativa do discente.
Aguarde, em breve divulgaremos as produções desse projeto.
Código Proec: 20060
Referências
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Brasil. Conselho Nacional De Educação. Parecer CNE/CES nº 1.133/2001, aprovado em 7 de agosto de 2001 - Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição.
Brasil. Conselho Nacional De Educação. Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001 - Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem.
Brasil. Conselho Nacional De Educação. Resolução CNE/CES 7/2018. Institui as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências.
de Aragão, Verônica Palmira Salme. Charge e Cartum: Uma Perspectiva Semiolingüística do Discurso. http://www.filologia.org.br/ileel/artigos/artigo_087.pdf
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