Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Pesquisadores da EPM e da Unicamp identificam molécula capaz de inibir o parasita da doença de Chagas

Publicado: Quarta, 19 de Julho de 2023, 17h12 | Última atualização em Segunda, 31 de Julho de 2023, 10h20 | Acessos: 5654

A pesquisa possibilita avanço no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e menos tóxicos.

“Trata-se de um novo alvo potencial, dado o seu papel central na fase intracelular do ciclo de vida do Trypanosoma, ou seja, se inibirmos as suas funções, o parasita não se multiplica na mesma velocidade”, explica Sergio Schenkman, autor do estudo.

Clique acima para ouvir o conteúdo deste artigo.

Pesquisadores da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e estudantes da instituição estão envolvidos em uma pesquisa relacionada ao combate à doença de Chagas. Em colaboração com cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), eles identificaram uma molécula capaz de inibir a proliferação do Trypanosoma cruzi, parasita causador da doença.

A pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) foi publicada no Journal of Biological Chemistry. A molécula em questão, chamada Dasatinib, já é utilizada no tratamento da leucemia. Uma das vantagens desse composto é sua capacidade de atacar e inibir especificamente o parasita, sem prejudicar as células humanas, como acontece com os medicamentos atualmente disponíveis.

 

168917333864aebd5af2f27 1689173338 3x2 md
Células do coração infectadas com Trypanosoma cruzi. Fonte: Folha de São Paulo

 

A doença de Chagas é uma das principais causas de mortes por doenças infecciosas e parasitárias no Brasil. Os tratamentos disponíveis atualmente são tóxicos e apresentam efeitos colaterais indesejáveis, o que leva muitos pacientes a interromperem o tratamento. A molécula Dasatinib demonstrou ser inibidora do Trypanosoma cruzi representa um avanço significativo no desenvolvimento de novos medicamentos mais eficazes e menos prejudiciais.

O estudo teve como alvo a enzima TcK2, encontrada no parasita. Após testar 379 moléculas inibidoras, a Dasatinib se destacou como a mais eficaz na inibição da enzima, reduzindo a proliferação do parasita em células de cultura. A validação desse alvo é fundamental para o desenvolvimento de novos fármacos.

Os pesquisadores agora buscam entender melhor a interação entre o inibidor e a enzima, visando tornar a molécula mais potente e específica. Além disso, pretendem testar a eficácia da Dasatinib em animais de laboratório, como parte das etapas para o desenvolvimento de um novo medicamento contra a doença de Chagas.

A pesquisa representa um avanço promissor no combate a essa doença negligenciada, e a participação dos professores e alunos da EPM na pesquisa demonstra a relevância da instituição na produção de conhecimento científico e no desenvolvimento de soluções para problemas de saúde pública.

Artigo completo: clique aqui

 

 

Avaliação do Usuário

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Mortalidade por câncer supera a de doenças cardiovasculares em 727 municípios no Brasil

Pesquisa revela mudança nas principais causas de mortalidade no Brasil entre 2000 e 2019,...

Estudo revela novos fatores de risco para demência e abre caminhos para prevenção no Brasil

Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...

Fim do conteúdo da página