Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...
Afasia: saiba mais sobre a condição neurológica que afeta a comunicação
O acidente vascular cerebral é a causa mais comum para a afasia
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A afasia é um distúrbio de linguagem que decorre de uma lesão no Sistema Nervoso Central (SNC). Entre as causas mais comuns estão o acidente vascular cerebral (AVC), algumas doenças neurodegenerativas, os tumores cerebrais, encefalites, os traumatismos cranioencefálicos (TCEs), entre outras. Há diversos tipos de afasia e há grande variabilidade clínica quanto à gravidade.
A afasia é decorrente de danos nas áreas do cérebro que afetam a linguagem. Imagem: Shutterstock
As alterações de linguagem impactam a vida do indivíduo, uma vez que geram dificuldades em todas as atividades que envolvem a comunicação. Um indivíduo com afasia pode apresentar dificuldades para compreender e expressar-se pela fala, para ler e escrever, entre outras. Todo paciente, independentemente da gravidade inicial do quadro, deve ser exposto à terapia fonoaudiológica.
A eficácia do tratamento depende de inúmeras variáveis, tais como: etiologia, gravidade inicial do quadro, área e extensão da lesão cerebral, perfil sociodemográfico prévio do paciente (incluindo hábitos de leitura e de escrita), entre outras, mas, independentemente de como essas variáveis
possam interferir no tratamento, o que já se sabe é que, quanto mais rápido e intensivo for o início do tratamento, maior a sua eficácia.
Terapia fonoaudiológica Imagem: Shutterstock
A terapia depende de um diagnóstico extremamente complexo e detalhado que busque identificar todos os processamentos linguísticos deficitários após a lesão. Os testes padronizados, elaborados para este fim, têm extrema importância para a identificação das alterações e para a análise acerca da resposta do paciente ao tratamento. É apenas com um diagnóstico preciso que é possível realizar o planejamento terapêutico adequado para cada caso. Em casos de afasia por lesão aguda, a terapia deve ter como principal objetivo a estimulação dos processamentos linguísticos alterados e retorno da função. No entanto, mesmo que a terapia comece na fase crônica, é possível investir em metodologias de melhora ou compensação dos déficits.
O AVC é a etiologia mais comum para a afasia. Imagem: Shutterstock
Por fim, é muito importante que, ao perceber sinais de um possível AVC, os pacientes procurem imediatamente um serviço de emergência e ainda, que os pacientes que apresentem fatores de risco para o AVC realizem o acompanhamento e sigam todas as orientações médicas. Por outro lado, caso o início das alterações de linguagem seja insidioso, o primeiro passo é realizar o diagnóstico neurológico. Isso porque, a afasia pode acontecer em quadros neurológicos distintos, portanto, o diagnóstico neurológico é fundamental para o planejamento da reabilitação adequada a cada caso, considerando-se a sua evolução.
Existem diversas metodologias de tratamento que podem ser utilizadas tanto para os casos agudos como para as afasias que ocorrem em doenças neurodegenerativas. Por isso, a reabilitação é sempre indicada.
Por Karin Zazo Ortiz
Professora Associada do Departamento de Fonoaudiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Outras informações, clique aqui.
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