Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Ambulatório de Oncologia Integrativa

Publicado: Segunda, 05 de Setembro de 2022, 18h28 | Última atualização em Quinta, 29 de Setembro de 2022, 18h20 | Acessos: 24044

Fruto do Programa Acolhe-Onco e Projeto Bem-te-vi, ambos vinculados à extensão da EPE/Unifesp

Ouça acima o conteúdo deste artigo.

O Hospital Universitário II da Universidade Federal de São Paulo (HU2 - Unifesp) inaugurou em agosto o mais novo Ambulatório de Práticas Integrativas voltadas para os pacientes oncológicos acompanhados no Hospital São Paulo (HSP/HU - Unifesp). A ideia tomou forma junto com a participação de diversos especialistas na área das práticas integrativas e contará com: meditação, reiki, aromaterapia, aconselhamento biográfico, auriculoterapia e arteterapia. 

O ambulatório, localizado no 10º andar, é fruto do Programa de Extensão Acolhe-Onco - que há 14 anos tem como objetivo fortalecer o paciente/familiar/cuidador para gerenciar as situações advindas do processo de adoecimento em oncologia, promover, também, estudos sobre as melhores práticas assistenciais e educativas por meio da interação interdisciplinar e da participação conjunta do paciente/familiar/cuidador - e do Projeto de Extensão Bem-te-vi - que há cinco anos vem desenvolvendo a atuação das práticas integrativas junto ao cuidado a saúde e bem-estar da comunidade, ambos vinculados à Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp - Campus São Paulo).

 

Da esquerda para a direita: Ricardo Ghelman, presidente do Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa; Raiane Assumpção, vice-reitora da Unifesp; Janine Schirmer, vice-diretora da EPE; Alexandre Balsanelli, diretor da EPE; Suey Sun, diretora clínica geral do HU2; Karen Mendes, coordenadora do Ambulatório de Oncologia Integrativa do HU2; Edvane Birelo, coordenadora do programa Acolhe-onco; Cassiane Dezoti,  coordenadora da Câmara de Extensão e Cultura da EPE; Ieda Carneiro, diretora de enfermagem do Hospital São Paulo e HU2, durante evento de inauguração ocorrido em 16 de agosto no anfiteatro Leitão da Cunha.

 

Em entrevista. a coordenadora do Ambulatório de Oncologia Integrativa do HU2 da Unifesp e do projeto de extensão Bem-te-vi, a professora Karen Mendes, contou como foi a idealização e como funcionará o ambulatório. 

Como surgiu a ideia do Ambulatório? 

Karen Mendes:  O Ambulatório de Oncologia Integrativa surgiu a partir do convite da professora Edvane Birelo Lopes de Domenico, que tem uma larga atuação na enfermagem oncológica e trouxe esse desafio para nós do projeto Bem-te-vi, que há cinco anos trabalhamos com práticas integrativas, então foi uma oportunidade de trazer os benefícios dessas práticas, que são fundamentadas em evidência, para as pessoas que estão em tratamento de câncer e aqueles que já tiveram alta e que também podem continuar para obter maior qualidade de vida.

Como irá funcionar? 

KM: O paciente poderá participar conforme for de sua preferência. Por exemplo, ele pode escolher qual prática ele gostaria de participar ou se ele gostaria de conhecer um pouco de cada para decidir. O paciente será atendido conforme sua necessidade e vontade, ele pode decidir realizar duas ou mais práticas no mesmo dia, ou ainda pode se vincular a somente uma. Nas próximas visitas, o usuário pode trocar de prática ou seguir com a mesma. As únicas práticas que possuem horários fixos são a meditação e arteterapia, porém os horários de ambas não são o mesmo, e também é possível entrar no meio da sessão no caso da arteterapia.

Qual será o fluxo de atendimento? 

KM: Aqui, seguindo o calendário das ações extensionistas, nós iremos ofertar as práticas, prioritariamente, na terça-feira à tarde com livre demanda. Então o usuário vem, normalmente com o encaminhamento ou recomendação da equipe multiprofissional da oncologia. Eles podem se beneficiar de uma das práticas que a gente oferece no ambulatório. 

Apenas pacientes do Ambulatório de Oncologia do hospital que podem usar o serviço?

KM: Especificamente aqui no décimo andar do HU2, será apenas para os pacientes do ambulatório e que são regulamentados no serviço. Mas a prática do Liam Gong em 18 terapias é ofertada na Quadra da Associação Atlética Pereira Barreto. Nós estamos fazendo parceria com 2 unidades básicas aqui próximo para que os pacientes do entorno possam se beneficiar e também participar das práticas assim como os usuários do Ambulatório da Oncologia da Unifesp.

Quantos voluntários estão envolvidos? 

KM: Eu precisaria calcular melhor, mas no projeto como um todo tem cerca de 36 voluntários. 

Os voluntários da Acolhe-Onco estão incluídos nessa conta?

KM: Não, somente do Projeto Bem-te-vi. Eles se dividem entre três eixos, sendo eles: o eixo das plantas medicinais, em que a gente faz rodas de conversa para idosos e seus cuidadores; o eixo da meditação para idosos, em que a gente faz meditações on-line; e o Ambulatório da Oncologia Integrativa, o qual está funcionando de forma presencial.

Tem estudantes envolvidos? 

KM: Sim, há aqueles que entram como extensionistas, aberto a qualquer curso da área da saúde, e também a gente sempre participa da curricularização da extensão na unidade curricular educação, comunicação e saúde ministrada no curso de enfermagem da Unifesp.

Há PICs envolvidas? 

KM: Sim. Nos projetos de pesquisas sempre tentamos fazer essa integração, alguns já foram concluídos, em nível de iniciação científica, mestrado e doutorado e hoje sob a minha orientação, temos dois trabalhos em andamento no eixo das práticas meditativas: um doutorado e um mestrado, mas ainda não especificamente dentro da Oncologia Integrativa, mas dentro das PICs, nós procuramos sempre relacionar extensão e pesquisa.

Quais os benefícios para os pacientes oncológicos? 

KM: São muitas. Nas Práticas Integrativas cada uma tem uma efetividade para determinados aspectos, alguns amplos como o bem-estar qualidade de vida, outros focados em efeitos do tratamento psicológico, então por exemplo, aromaterapia é clinicamente efetiva na redução das náuseas, efeito decorrente do tratamento quimioterápico; a auriculoterapia é muito boa para as questões de ansiedade e de problemas do sono e assim em diante, então é muito variado. De uma forma geral, a gente entende que as Práticas Integrativas podem minimizar um pouco os sofrimentos decorrente desse processo de adoecimento e ganhar um pouco mais de bem-estar e como disse a professora Luísa  “[...] apesar da doença e do sofrimento, é sobre seguir de uma forma mais positiva possível.”

 

Para mais informações  sobre o Ambulatório de Oncologia Integrativa entre em contato através do e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

 

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Mortalidade por câncer supera a de doenças cardiovasculares em 727 municípios no Brasil

Pesquisa revela mudança nas principais causas de mortalidade no Brasil entre 2000 e 2019,...

Estudo revela novos fatores de risco para demência e abre caminhos para prevenção no Brasil

Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...

Fim do conteúdo da página