Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Há 24 anos, Departamento de Informática em Saúde dedica-se à formação acadêmica, pesquisa e inovação

Publicado: Segunda, 07 de Agosto de 2023, 14h17 | Última atualização em Terça, 21 de Novembro de 2023, 18h23 | Acessos: 6763

O DIS foi transformado em Departamento da Escola Paulista de Medicina em 1999

Mural do Departamento de Informática em Saúde

 

Em 22 de junho de 1999, após 10 anos de atividades, o Centro de Informática em Saúde (CIS) foi oficialmente transformado em Departamento Acadêmico da EPM/Unifesp, por meio da Portaria 952 do Ministério de Estado da Educação.

A poucos meses de completar 25 anos, os docentes, técnicos-administrativos em Educação (TAEs) e colaboradores do Departamento de Informática em Saúde da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (DIS/EPM-Unifesp), se dedicam à formação universitária, pesquisas e inovações tecnológicas, contribuindo, sobremaneira, para a atuação eficaz, responsável e ética dos futuros profissionais de saúde e tecnólogos no âmbito da Informática em Saúde.

A Informática em Saúde evoluiu ao longo do tempo e hoje pertence à grande área “Saúde Digital”. Identificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como cenário que abrange atividades correlatas da Informática Biomédica e Ciência de Dados, a Global Strategy on Digital Health compreende esforços mundiais a fim de potencializar e promover a saúde para todos, em todos os lugares. Isto é, ao unificar todos os conceitos de aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em Saúde, a Saúde Digital amplia e se caracteriza como área de conhecimento e prática, e absorve os conceitos da utilização avançada das tecnologias digitais, incluindo os recursos emergentes. Outrossim, a colaboração e troca de conhecimento entre países, centros de pesquisa, empresas, organizações de saúde e associações de usuários ou cidadãos, constituem importantes objetivos.

 

saúde digital artigo

A Saúde Digital compreende o uso de recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para produzir e disponibilizar informações confiáveis sobre o estado de saúde para os cidadãos, profissionais de saúde e gestores públicos. O termo Saúde Digital é mais abrangente do que e-Saúde e incorpora os recentes avanços na tecnologia, como novos conceitos, aplicações de redes sociais, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), entre outros. Imagem: Shutterstock

 

Pesquisas e Inovações Tecnológicas

O corpo docente do DIS, assim como os TAEs e colaboradores, apresenta habilidades e competências técnicas-científicas em Informática em Saúde desenvolvidas ao longo de décadas por meio de práticas baseadas em evidências, ensino e pesquisa. À frente de iniciativas pioneiras no cenário nacional, o rico processo de amadurecimento acadêmico e profissional dessa equipe resultou em pesquisas relevantes, incluindo colaboração, intercâmbio e parcerias com instituições de ensino e pesquisa, serviços de saúde e organizações, como: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Instituto do Coração (InCor FMUSP), Fiocruz, Instituto Butantã, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Rede Universitária de Telemedicina (Rute), Ministério da Saúde (MS), Associação de Educação a Distância (Abed), Instituto de Medicina Tropical da USP, dentre outros.

Ao considerar o objetivo primordial de fortalecer a referida área, técnica e cientificamente, a equipe do DIS dedica-se em diferentes linhas de pesquisa, reconhecidas como referência e tendência mundial, a saber:

  • Saúde Digital;
  • Aquisição e Análise de Dados Biológicos;
  • Imagens em Saúde;
  • Gestão e Análise de Tecnologias;
  • Modelagem de Sistemas Biológicos;
  • Registros Eletrônicos e Sistemas de Informação em Saúde;
  • Sistemas de Apoio à Decisão;
  • Business Intelligence;
  • Robótica;
  • Impressão 3D;
  • Tecnologias Móveis;
  • Recuperação e Relacionamento de Dados em Saúde;
  • Bioinformática;
  • Big Data, Mineração de Dados, Algoritmos de Aprendizado de Máquina e Inteligência Artificial.

Não obstante desenvolver soluções digitais para os serviços de saúde e prover formação e qualificação acadêmica em consonância com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), os profissionais desse Departamento se destacam ao evidenciar o uso significativo das tecnologias, revolucionando técnicas computacionais, métodos e processos de trabalho. Promovem ampla gama de iniciativas, abrangendo projetos de extensão, pesquisas científicas com financiamento, além de colaborações nacionais e internacionais. Conquistas, como prêmios e reconhecimento na comunidade científica, somam-se às atividades e informações descritas no website desse Departamento, refletindo o compromisso com a excelência acadêmica e a constante busca pela expansão do conhecimento no campo da Informática em Saúde.

Os profissionais desse Departamento também fornecem infraestrutura computacional para os laboratórios da EPM/Unifesp e o desenvolvimento de softwares. Nesse contexto, ressalta-se o DataCenter de Pesquisa, mantido pelo DIS, onde estão hospedados servidores de diversos departamento da EPM e expressiva quantidade de dados de pesquisa clínica de projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finesp).

 

info saude

A tecnologia é considerada uma das principais impulsionadoras quando o assunto é inovação na área da saúde. Imagem: Internet/Reprodução

 

Ensino

Atualmente, os docentes do DIS, Claudia Galindo Novoa, Ivan Torres Pisa, Maria Elisabete Salvador, Paulo Bandiera Paiva, Rita Maria Lino Tarcia e Viviane Bernardo atuam na graduação de todos os cursos (bacharelado e tecnologia) da EPM/Unifesp, em Unidades Curriculares (UCs) obrigatórias, eletivas e optativas, na formação de habilidades e competências em Informática Médica/Saúde Digital.

Nessa perspectiva, ressalta-se o breve histórico da criação do curso superior de Tecnologia em Informática em Saúde (CSTIS), a partir dos esforços e dedicação dos profissionais desse Departamento, conforme importantes registros da Unifesp. Trata-se de um curso criado em 2009 pelos docentes do DIS, em especial, Ivan Torres, Paulo Paiva, Evandro Eduardo Seron Ruiz, da Universidade de São Paulo (USP - Ribeirão Preto) e Jacques Wainer (Unicamp), com objetivo em formar estudantes para atuar com Informática Médica.

Os docentes do DIS utilizam suas expertises técnicas e científicas a fim de compor conteúdos programáticos que estabelecem sólida conexão entre a teoria e a prática, em um esforço para qualificar os estudantes de forma abrangente e coerente em Informática em Saúde, alinhado ao mercado de trabalho e tendências mundiais.

Ao longo de 14 anos, os docentes desse Departamento atuam na coordenação, comissão de curso, Núcleo Docente Estruturante (NDE) e grade de aulas do CSTIS. Responsáveis pela elaboração do projeto pedagógico e matriz curricular, esses profissionais utilizam suas expertises técnicas e científicas a fim de compor conteúdos programáticos que estabelecem sólida conexão entre a teoria e a prática, em um esforço para qualificar os estudantes de forma abrangente e coerente em Informática em Saúde, alinhado ao mercado de trabalho e tendências mundiais.

Tendo em vista a atuação em 90% da grade curricular do CSTIS, o referido corpo docente que, entre especialistas e desenvolvedores, representam, de fato, profissionais envolvidos na criação, implantação e avaliação de recursos tecnológicos na saúde. Outrossim, participam e coordenam Grupos de Pesquisa do CNPq em áreas convergentes; Grupos de Estudos do Ministério da Saúde e Fiocruz, membros da SBIS, Rede Rute, RNP, diretoria da Abed, corpo editorial de revistas científicas etc.

Assim, após a visita dos avaliadores do Ministério da Educação (MEC), em 2014, os docentes desse Departamento, em sua função de coordenação de curso, membros da comissão e NDE, realizaram revisões substanciais. No entanto, é importante destacar que esse grupo de professores, após minucioso processo de avaliação junto aos estudantes e egressos, identificou o momento oportuno e necessário de aprimorar a matriz curricular por meio da reformulação e revisão dos conteúdos teóricos, ementas e carga horária das UCs. A orientação central desse processo foi aproximar e correlacionar o conhecimento à prática, conferindo significado à formação dos estudantes, o que, posteriormente, resultou na obtenção da nota 5 concedida pelo MEC.

 

Ensino informática em saúde

A informática em saúde começou a ser concebida na EPM por volta de 1985. Imagem: Internet/Reprodução

 

Entre 2016 e 2017, a moderna estrutura pedagógica do curso superior de Tecnologia em Informática em Saúde foi implantada, ampliando habilidades, competências e conhecimento em Ciências da Saúde, mas, sobretudo, Computação Médica, com maior ênfase em Lógica de Programação; Algoritmos de Aprendizado e Máquina, Inteligência Artificial, Ciência de Dados, dentre outros temas atuais e necessários. Dessa forma, contextualizar a computação com os serviços de saúde desempenhou papel fundamental ao permitir que o estudante vivencie uma jornada profissional enriquecedora e compreenda o amplo potencial dessa área, como empreendedor e facilitador dos processos de trabalho.

Expandir os campos de estágios e promover a contratação da maioria dos egressos em hospitais e empresas de referência em Informática Médica, como Dasa, Fleury, Cancer Center, Hospital Albert Einstein, Hospital Sírio Libanês, Hospital São Paulo e SPDM Afiliadas, demonstra o comprometimento desse corpo docente, que conduz, monitora e orienta esse processo, muitas vezes de forma voluntária, aproveitando seu excelente network para fortalecer tais iniciativas.

O Departamento de Informática em Saúde da EPM é a “casa” desses estudantes – a referência na instituição e, particularmente, para a área da Informática em Saúde/Saúde Digital. Os estudantes do CSTIS encontram espaço para estudar, exercitar o raciocínio em conversas produtivas e acolhedoras; desenvolvem ciência, inovações tecnológicas, métodos de trabalho, senso crítico e ética. Sem dúvida, a nota 5 atribuída ao curso é o resultado claro e inequívoco de não apenas meses, mas de muitos anos dedicados à coordenação, comissão de curso, NDE e, sobretudo, ao ensino exemplar de aulas ministradas pelos docentes supracitados. Essa conquista reflete a visão ampliada e consciente do referido corpo docente em formar e amparar os estudantes, preparando-os para atuar de forma única e profissionalmente qualificada.

 

Ensino informatica em saude artigo

As possibilidades de aplicação da informática na área da saúde são inúmeras. A formação de profissionais na área de Informática em Saúde faz parte das propostas do DIS. Na área da pós-graduação, a Unifesp oferece: residência, cursos de especialização e estágios; cursos e programas de pós-graduação em sentido estrito: mestrado e doutorado, assim como programas de pós-doutorado. Imagem: Internet/Reprodução

 

Em relação à comunidade científica, este Departamento mantém sua posição de liderança ao adotar as recentes recomendações da OMS para Saúde Global 2022-2030. O objetivo é orientar educadores e desenvolvedores de currículos, com intuito de apoiar a formação universitária e qualificação profissional contínua em Saúde Digital, aprimorando e fortalecendo os serviços e os sistemas de saúde mundial.

Outras iniciativas pioneiras do DIS incluem o cenário Lato Sensu. Idealizado e conduzido desde 2007 pelos docentes do DIS, o curso EaD de especialização em Informática em Saúde da Unifesp, ofertado pelo Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB-Capes), formou 1.563 profissionais e inicia agora em outubro de 2023 sua 7ª edição, coordenada pelos professores Claudia Novoa e Ivan Torres, tornando-se a maior formação gratuita em Saúde Digital no Brasil.

Idealizado e conduzido desde 2007 pelos docentes do DIS, o curso EaD de especialização em Informática em Saúde da Unifesp, ofertado pela UAB-Capes, formou 1.563 profissionais [...] tornando-se a maior formação gratuita em Saúde Digital no Brasil.

Participantes do Programa Rede UNA-SUS Unifesp desde 2009, por meio dos cursos de especialização em Saúde da Família, os docentes do DIS, Paulo Paiva, Rita Tarcia e Maria Elisabete Salvador, em conjunto com equipe transdisciplinar da Unifesp e Departamento de Medicina Preventiva, formaram cerca de 10.000 mil profissionais de saúde em suas 19 ofertas.

Em termos Stricto Sensu, o Programa de Pós-Graduação em Informática em Saúde, criado em 2003 pelos professores do DIS, inovou em oferecer formação técnico-científica na área de Saúde Digital com titulação de mestrado e doutorado. Em 2011 o Programa foi renomeado para Gestão e Informática em Saúde, ampliando seu escopo e atendendo às demandas do país na evolução da referida área.

Em 2023, o DIS credenciou pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec/Unifesp) o projeto do Laboratório de Criatividade, Empreendedorismo e Inovação (LABDIS), incluindo a criação da Liga de Inovação em Saúde (LIGADIS). O LABDIS é um espaço maker que visa promover a cultura de inovação, estimulando os participantes a transformar suas ideias em realidade e embarcar em uma jornada empreendedora. Por sua vez, a LIGADIS congrega acadêmicos de diversos cursos interessados no desenvolvimento técnico-científico na área de Inovação em Saúde. Ambos os projetos são coordenados pela Dra. Linda Bernardes.

Por fim, destaca-se a inata capacidade agregadora do Departamento de Informática em Saúde, fomentando oportunidades ímpares para o estabelecimento de parcerias e colaborações, alicerçadas na expertise altamente qualificada de sua equipe. Tais atributos emergem como fator preponderante e essencial na projeção da Escola Paulista de Medicina, Unifesp, em meio à comunidade científica nacional e internacional.

 

Visite a website do DIS e conheça um pouco mais sobre os projetos e a equipe: https://sp.unifesp.br/epm/dis/

 

Texto elaborado por Maria Elisabete Salvador, professora associada do Departamento de Informática em Saúde da Escola Paulista de Medicina - Unifesp

Revisão e diagramação ComunicaSP 

 

 

Avaliação do Usuário

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Mortalidade por câncer supera a de doenças cardiovasculares em 727 municípios no Brasil

Pesquisa revela mudança nas principais causas de mortalidade no Brasil entre 2000 e 2019,...

Estudo revela novos fatores de risco para demência e abre caminhos para prevenção no Brasil

Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...

Fim do conteúdo da página