Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...
Pesquisa da EPM/Unifesp analisa a ação da heparina no tratamento da Covid-19
Primeiros resultados apontam que o medicamento anticoagulante reduz em 70% a infecção de células pelo novo coronavírus
Por José Luiz Guerra
Um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Instituto de Farmacologia e Biologia Molecular da Universidade Federal de São Paulo (Infar/Unifesp) está avaliando as possibilidades de tratamento da Covid-19 utilizando a heparina, fármaco anticoagulante empregado há mais de 80 anos e que é bem tolerado em suas mais diversas aplicações. Os primeiros resultados, divulgados pela Agência Fapesp, apontam que o medicamento anticoagulante reduz em 70% a infecção de células pelo novo coronavírus.
O artigo foi publicado na plataforma bioRxiv, ainda em versão pré-print (sem revisão por pares) e contou com a participação de cientistas da Inglaterra e da Itália. No Brasil, a pesquisa é coordenada pela professora titular do Departamento de Bioquímica da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) Helena Nader. O projeto foi aprovado pelos Suplementos de Rápida Implementação contra Covid-19 (Coronavirus Disease 2019) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e terá duração de 24 meses.
De acordo com a coordenadora, dados preliminares dos ensaios in vitro mostraram que a proteína de superfície do Sars-CoV-2 (Spike Protein), proteína responsável pela infecção de células do hospedeiro, se liga à heparina. Também, altos índices de mortalidade por Covid-19 estão associados a coagulopatia e hipercitocinemia (cytokine storm). “Nosso objetivo é estudar e explorar as propriedades estruturais da heparina que mediam tal interação como prova de conceito para o desenvolvimento de medicamentos antivirais baseados em heparina”, completa.
À Agência Fapesp, Nader explicou que os resultados das análises nas formas estruturais da heparina indicaram que o fármaco que apresenta a melhor interação e atividade de alteração conformacional da proteína spike do Sars-CoV-2 é com oito unidades monossacaridícas.
Os próximos passos da pesquisa consistem em fazer mudanças estruturais em heparinas para identificar uma molécula que apresente o efeito mais adequado em relação à proteína spike do novo coronavírus. Também estão testando outros compostos chamados de heparinomiméticos.
*Com informações da Agência Fapesp
Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...
Pesquisa revela mudança nas principais causas de mortalidade no Brasil entre 2000 e 2019,...
Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...
Redes Sociais