Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...
Radiologistas aumentam com sucesso o perfil profissional por meio de plataformas de mídia social, aponta estudo publicado em periódico internacional
Publicação foi elaborada por médico residente e docentes da Radiologia da EPM/Unifesp
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A mídia social pode ser uma ferramenta poderosa para estabelecer relacionamentos, expandir conexões e fomentar a carreira do(a) médico(a) radiologista. É o que aponta um artigo publicado no periódico Radiology, editado pela Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA, sigla em inglês). O estudo assinado pelo médido residente em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal (EPM/Unifesp), Eduardo Moreno Júdice de Mattos Farina, sob coautoria dos docentes do Departamento de Diagnóstico por Imagem da EPM, Nitamar Abdala e Felipe Campos Kitamura, mostrou que muitos(as) radiologistas aumentaram com sucesso seu perfil profissional na prática clínica, pesquisa e educação por meio de plataformas de mídia social.
Conectar-se a novas pessoas nas mídias sociais e participar de discussões sobre um campo de interesse comum proporciona oportunidades para conversas intelectualmente estimulantes com outros profissionais [...] e pode ser uma forma valiosa de compartilhar conhecimento, debater ou simplesmente aprender com colegas mais experientes.
Segundo o artigo Plataformas de mídia social para radiologistas: vantagens e perigos, “mídia social é um termo geral para comunicação digital, canais que normalmente estão disponíveis em dispositivos móveis, em que indivíduos, bem como instituições, podem se conectar, compartilhar ideias e criar conteúdo. E embora o uso das mídias sociais continue crescendo a cada ano, não há normas estabelecidas dentro das quais os profissionais de saúde devem estar usando as plataformas de mídia social atuais e nenhuma orientação sobre como eles poderiam gerar valor a partir do trabalho deles”.
Conectar-se a novas pessoas nas mídias sociais e participar de discussões sobre um campo de interesse comum proporciona oportunidades para conversas intelectualmente estimulantes com outros profissionais. A título de exemplo, os pesquisadores mencionam que “a Radiologia: Inteligência Artificial promove mensalmente o #RadAIchat, onde tópicos e perguntas são postados no Twitter para que o público possa compartilhar seus pensamentos ou opiniões. Do mesmo jeito, o American Journal of Radiology promove mensalmente a #AJRCchats. Pode ser uma forma valiosa de compartilhar conhecimento, debater ou simplesmente aprender com colegas mais experientes”.
Como uma tecnologia baseada na web, a mídia social não impõe barreiras geográficas. Os(as) radiologistas podem usá-la para alcançar colegas em todo o mundo e buscar colaboradores(as), mentores(as), ideias e empregos.
As mídias sociais para ampliar conexões em pesquisa e educação
Os usuários podem exibir seus conjuntos de habilidades (por exemplo, interpretação de imagens, estatísticas, ensino) com suas postagens de vídeos, artigos ou tópicos do Twitter. Na pesquisa, há evidência de que publicações de periódicos compartilhadas no Twitter estão associadas a citações e visualizações.
Na educação, as mídias sociais podem ser usadas para compartilhar links para palestras ou cursos, utilizando plataformas que permitam envolvimento interativo. “No Brasil, alguns radiologistas estão explorando plataformas de mídia social para monetizar conteúdo educacional”, conforme consta no material publicado no dia 11 de abril de 2023.
As mídias sociais “oferecem excelentes ferramentas para os(as) radiologistas aumentarem sua visibilidade profissional, exibirem seus conhecimentos e compartilharem suas experiências, conhecimento clínico”. Esta prática também pode promover seus serviços de atendimento ao paciente. A publicação cita, por exemplo, que “os pacientes podem pesquisar radiologistas para triagem de câncer ou encontrar radiologistas intervencionistas que oferecem tratamentos novos ou menos amplamente disponíveis, procedimentos minimamente invasivos”.
Imagem meramente ilustrativa: Internet
Plataformas de mídia social e seus recursos
O artigo de “perspectivas não pretende ser uma revisão abrangente das mídias sociais para radiologistas. Isto é, no entanto, um ponto de partida para quem ainda não mergulhou seus pés neste mar aberto. As características de cada uma das principais plataformas de mídia social relevantes para radiologistas estão resumidas na tabela” que foi apresentada no documento on-line.
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Cada tweet é limitado a 280 caracteres e resume uma única ideia. Uma imagem ou vídeo com duração inferior a 2,5 minutos pode ser incluído em um tweet. Um tópico é uma sequência de vários tweets, com ou sem imagens, ou enquetes, para compartilhar tópicos mais longos. |
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Uma plataforma baseada em imagem e vídeo. O Instagram Vídeo, anteriormente IGTV, permite o upload de vídeos mais longos. Instagram Stories permite compartilhamento de imagens e vídeos que desaparecem após 24 horas. |
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Uma rede social mais voltada para negócios. Os(as) usuários(a) podem divulgar as qualificações profissionais através da publicação de curriculum vitae, certificados de cursos, graus acadêmicos, e experiência de trabalho. Espaço disponível para criar artigos ou blogs mais longos. |
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Uma das mais antigas plataformas de mídia social com a maior participação de mercado em todo o mundo. Permite conexões individuais ou em grupos. O Facebook Live permite streaming ou transmissão de eventos em tempo real. |
YouTube |
Segunda maior rede social do mundo. Permite postagem de vídeos com duração de até 12 horas. Conveniente para postar conteúdo educacional (por exemplo, aulas e apresentações). Os(as) criadores(as) de conteúdo podem monetizar seu trabalho, pois o YouTube às vezes paga dependendo do tamanho da audiência. |
TikTok |
A rede social que mais cresce. Permite o compartilhamento de vídeos curtos de até 10 minutos. |
Twitch |
Serviço de transmissão ao vivo otimizado para entretenimento (por exemplo, jogos, esportes, música). Ainda não tem uma radiologia ativa ou comunidade médica.Os(as) criadores(as) de conteúdo podem monetizar seu trabalho, pois a plataforma é baseada em assinantes. |
Discord |
Permite falar por voz (mais comum), texto ou vídeo. Possui comunidades de radiologia ativas: RadDiscord (residentes) e Radiology Discord Network (estudantes de medicina se candidatam a programas de residência em radiologia). |
Doximity |
Maior rede de profissionais de saúde. Oferece notícias sobre saúde, Portabilidade de Seguro Saúde e mensagens compatíveis com a Lei de Responsabilidade entre usuários, e serviços de telessaúde. |
Radiopaedia |
A “Wikipédia da radiologia”. Permite que radiologistas, incluindo estagiários(as), escrevam artigos educacionais e compartilhem casos interessantes em métodos convencionais e formatos de teste. |
ResearchGate |
Ajuda os(as) usuários(as) a localizar as publicações mais recentes em um campo de interesse específico, compartilhar suas pesquisas e encontrar colaboradores(as). Oferece uma ferramenta para medir o impacto da pesquisa do(a) usuário(a). |
Potenciais armadilhas e como evitá-las
Enquanto a mídia social oferece grandes oportunidades para um(a) radiologista em desenvolvimento de carreira, pode gerar resultados negativos se usada de forma inadequada. “Embora truques para atrair a atenção da mídia e críticas provocativas possam aumentar o alcance de alguém, elas podem ter consequências adversas não intencionais na imagem do(a) criador(a) do conteúdo”, ressalta a pesquisa.
Expressar opiniões sobre política, religião, política social, por exemplo, “embora não seja proibido, pode fechar oportunidades ou criar adversários”. Já a publicação educacional e profissional são conteúdos tidos como “mais seguros e provavelmente de maiores rendimentos”.
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Ao compartilhar conteúdo criado por outras pessoas, leia-o com atenção e criticamente para verificar a veracidade e precisão e não esqueça de mencionar a autoria para evitar a propagação de notícias falsas.
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Publicação inadvertida de informações de saúde protegidas (por exemplo, nome, data de nascimento, número de identificação, número de série do dispositivo) é uma armadilha potencial ao compartilhar imagens de pacientes. Essa ação teria ramificações legais na maioria dos ambientes de prática. Quando compartilhamento de casos radiológicos, certifique-se de que as imagens não contenham informações de saúde protegidas gravadas.
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Pedir a um(a) amigo(a) para julgar o conteúdo antes de postar pode ser útil. É humano ficar alheio quando se está entusiasmado com um assunto.
O artigo "Plataformas de mídia social para radiologistas: vantagens e perigos" pode ser acessado neste link.
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