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Cardiologia da Unifesp é reconhecida pela qualidade assistencial em boas práticas clínicas
Instituição foi a única, dentre as pertencentes ao SUS, a receber essa certificação em todos os eixos assistenciais
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em conjunto com a American Heart Association (AHA) e o Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), homenageou o Hospital São Paulo e a Disciplina de Cardiologia da Escola Paulista de Medicina, ambos da Unifesp, pelos trabalhos desenvolvidos na área da assistência cardiológica. Os diplomas foram recebidos no dia 2/11 no Auditório Adib Jatene, localizado no Hospital do Coração (HCor), instituição coordenadora do Proadi em São Paulo.
A Unifesp foi a única, dentre as instituições pertencentes ao Sistema Único de Saúde (SUS), a receber a Certificação de Reconhecimento de Qualidade Assistencial em Boas Práticas Clínicas em Cardiologia nos três eixos do projeto: Síndrome Coronariana Aguda (SCA - orientação Prof. Antonio Carlos de Carvalho), Insuficiência Cardíaca (IC - orientação Prof. Dirceu Almeida) e Fibrilação Atrial (FA - orientação Prof. Angelo de Paola).
O reconhecimento ocorreu após a implementação do programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia (BPC), adaptado do Get With The Guidelines (GWTG®) da American Heart Association e do programa de Melhoria de Qualidade Assistencial do HCor. O objetivo do BPC é avaliar, antes e após a sua implementação, as taxas de adesão às diretrizes assistenciais de insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e síndrome coronariana aguda em instituições do SUS.
(Créditos da foto: Equipe Eletrofisiologia/Cardiologia da EPM/Unifesp)
“O programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia é o exemplo do evidente potencial multiplicador no momento em que a academia encontra suporte de instituições médicas associativas e órgãos governamentais. Construímos, em conjunto com essas instâncias, além do suporte da American Heart Association e da parceria com o HCor, um projeto de qualidade e original, a partir do estudo de três eixos principais relacionados à atuação cardiológica: emergencial, hospitalar e ambulatorial”, pontua Angelo de Paola, docente da Disciplina de Cardiologia da EPM/Unifesp e membro do comitê gestor da BPC.
“O Hospital São Paulo foi fundamental, não só no conceito do projeto, mas também como modelo de excelência", afirma a coordenadora operacional do projeto na Unifesp e biomédica Enia Coutinho. “Na fase inicial, outras cinco instituições participaram e, hoje, a capilarização realizada acontece em 15 hospitais. Estamos muito felizes pelas reais conquistas alicerçadas e pelo espírito universitário, agregador e resiliente”, complementa.
De acordo com o programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia, estima-se que, em todo o mundo, a subutilização de recursos efetivos afete 30% a 40% dos pacientes e que 20% ou mais dos cuidados prestados são desnecessários e potencialmente prejudiciais. Desta forma, programas de melhoria de qualidade, como o BPC, podem contribuir para o cuidado prestado e promover uma prática assistencial mais eficiente.
Além de Angelo de Paola, Enia Coutinho e do chefe da Disciplina de Cardiologia, Antonio Carlos de Carvalho, estavam presentes, representando a Unifesp no evento, Débora Junqueira, Dirceu Almeida, Gabriela Dal Moro e Lívia Timbó.
Outras premiações
No decorrer do 72º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que ocorreu na São Paulo Expo entre os dias 3 e 5/11, a Disciplina de Cardiologia recebeu outras premiações.
O estudante do quarto ano de Medicina, Samuel Pugliero, ficou em segundo lugar na categoria Melhor Pôster – Iniciação Científica, com o estudo intitulado “Mapeamento Eletroanatômico e Ressonância Magnética Cardíaca na Avaliação de Taquicardia Ventricular Sustentada em Pacientes Chagásicos”, orientado por Angelo de Paola e com a colaboração de Eveline Barros Calado e Marly Uellendahl.
Na categoria Melhor Oral – Residentes, Gabriel Dotta conquistou a segunda posição com o projeto prospectivo “Associação entre Aumento da Dispersão de QT e Reperfusão na Primeira Hora Pós-Trombólise em Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST”, sob orientação de Henrique Bianco e com colaboração de Antonio Carlos Carvalho, Francisco Fonseca e Maria Cristina Izar.
Já Augusto Alberto Costa Junior, com o trabalho “Valor Diagnóstico e Impacto Prognóstico da Deformação (“Strain”) Longitudinal do Ventrículo Direito na Hipertensão Arterial Pulmonar, em Pacientes com Capacidade Funcional Pouco Comprometida: estudo com Ecodopplercardiografia e Ressonância Magnética”, ficou na segunda colocação da categoria Melhor Pesquisador Sênior. A orientação do estudo é de Orlando Campos Filho e colaboração de Marly Uellendahl. Este trabalho foi realizado conjuntamente com a Disciplina de Pneumologia, do Departamento de Diagnóstico por Imagem e do Laboratório DASA.
Por fim, o trabalho “Reduzida Resposta Imune Natural a Antígenos Derivados da Apolipoproteínas B está Associado a Maior Taxa de Mortalidade Cardiovascular em Pacientes com Diabetes Mellitus”, que foi apresentado por Henrique Andrade Rodrigues da Fonseca, ficou em segundo lugar no concurso Melhor Tema Livre - Jovem Pesquisador. Além dele, são também autores do estudo Viviane Aparecida Rodrigues Sant’Anna, Henrique Tria Bianco, Francisco Antonio H. Fonseca, Magnus Gidlund e Maria Cristina Izar.
Para o professor Carvalho, chefe da Disciplina da Cardiologia, é altamente recompensador para a disciplina, Departamento de Medicina, Hospital São Paulo e Unifesp receber prêmios de destaque de entidades nacionais e internacionais. “Isso mostra que a qualidade assistencial e de projetos de pesquisa da instituição continuam a ser amplamente reconhecidos, principalmente nestes tempos de grandes dificuldades”, finaliza.
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