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Da fábrica para o laboratório: a transformação da espuma em soluções para a saúde

Publicado: Terça, 12 de Março de 2024, 15h03 | Última atualização em Segunda, 18 de Março de 2024, 10h05 | Acessos: 1266

Pesquisadores da Unifesp exploram o potencial da matéria-prima

Em 12 de março de 2024, o Dr. Paulo C. B. Freire, Coordenador da Oficina de Inovação Tecnológica e Impressão 3D , ligada ao Laboratório de Criatividade, Empreendedorismo e Inovação (LABDIS) da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), coordenado pela Dra. Linda Bernardes, realizou uma visita com sua equipe (Servidores Andrea P. S. Pelogi e Alessandro da Conceição) à indústria de espumas Soft Spuma, em Arujá (SP). A missão: explorar o uso de materiais inovadores, no caso, espumas especiais, para o desenvolvimento de produtos na área da saúde.

 reuniao.jpegEquipe LABDIS e fabricantes. 📷Andréa Pelogi

Durante a visita, fomos recepcionados pela Sra. Walkiria e pelo Diretor Sr. Michel Dubois, que nos apresentaram diversos tipos de espumas que a indústria produz, e que são utilizadas em diversas aplicações no dia a dia. Na visita às instalações da empresa, foram apresentados os métodos de produção, como a injeção de espuma em formas (com reagentes líquidos) e a modelagem dos blocos já expandidos, considerando as vantagens e desvantagens de cada método. Além disso, foram mencionadas questões relacionadas à densidade, textura e resistência das espumas, bem como a viabilidade de adaptar materiais já existentes para atender às demandas da Unifesp. A SoftSpuma produz dezenas de tipos diferentes de espumas e o LABDIS poderá receber amostras destes materiais para o desenvolvimento de projetos e novas aplicações na área da saúde. Um produto que a SoftSpuma produz e gentilmente ofereceu foram placas de espuma para isolamento sonoro de salas, a serem aplicadas no Centro de Ensino de Habilidades e Simulação da EPM. O Sr Michel citou também a possibilidade de produzir espumas específicas para o LABDIS.


A equipe do LABDIS busca soluções em espumas para diversos projetos, como um braço artificial com pele sintética para treinamento de punção venosa, que faz uso de uma espuma visco elástica especial da SoftSpuma, de textura muito parecida com o tecido subcutâneo do braço humano. A empresa, por sua vez, busca reduzir o desperdício de material nobre, repassando “sobras e retalhos” íntegros, para serem aproveitados na Oficina de Inovação Tecnológica do LABDIS. A visita foi muito produtiva e gerou uma sinergia de interesses muito promissora para o futuro dos projetos, com benefícios tanto para a Uifesp como para a SoftSpuma.

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Equipamento para simulação de punção venosa. 📷Andréa Pelogi

A SoftSpuma produz uma rica variedade de espumas, desde as mais macias até as mais densas. Cada tipo possui propriedades únicas, como textura, dureza e resistência. Pôde-se observar o processo de produção e aprender sobre as diversas técnicas de moldagem e corte.

A fabricante utiliza máquinas para injetar e expandir a espuma, criando blocos que podem ser posteriormente moldados em diferentes formas. A equipe do LABDIS ficou impressionada com a precisão e a versatilidade do processo.

As espumas podem ser utilizadas para criar:

  • Modelos anatômicos realistas: para treinamento de procedimentos médicos e simulações de cirurgias.
  • Próteses e órteses personalizadas: com diferentes densidades e texturas para maior conforto e funcionalidade da prótese.
  • Implementos para reabilitação: como órteses dinâmicas que auxiliam na recuperação de movimentos.
  • Materiais biocompatíveis: com propriedades antialérgicas e anti-chama, laváveis e de grande durabilidade.

A parceria permitirá ao LABDIS reutilizar as sobras de material para seus projetos, reduzindo o desperdício e promovendo a sustentabilidade. Essa iniciativa demonstra o compromisso com a inovação responsável e com o meio ambiente.

A visita à fábrica foi um aprendizado enriquecedor para todos os envolvidos. Os pesquisadores puderam ampliar seus conhecimentos sobre as espumas e suas aplicações na área da saúde. A fabricante, por sua vez, obteve ideias sobre as necessidades do mercado e as demandas dos profissionais da saúde.

A parceria pode ser um exemplo de como a colaboração entre academia e indústria pode gerar soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios da saúde. Essa união abre portas para um futuro promissor, onde a tecnologia e a criatividade se unem para melhorar a vida das pessoas.

A equipe do LABDIS agradece também à Sra Deolinda Franzo (Diretoria do Campus São Paulo da Unifesp) pela disponibilidade do transporte veicular para Arujá, o que foi muito importante para a viabilidade desta visita.

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Tipos de Espumas 📷Andréa Pelogi

 

 

 

 

 

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