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HU2 inicia atividades acadêmico-assistenciais

Publicado: Sexta, 24 de Julho de 2020, 10h26 | Última atualização em Segunda, 27 de Julho de 2020, 13h33 | Acessos: 27381

Regime de hospital-dia; capacidade para cerca de 30 mil consultas/mês

Por José Luiz Guerra

 

Foram iniciadas, na manhã de 23 de julho, as atividades acadêmico-assistenciais do Hospital Universitário 2 (HU2), unidade hospitalar gerenciada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que funcionará em regime de hospital-dia, com atendimentos feitos 100% via Sistema Único de Saúde (SUS). 

O complexo dispõe de uma área de mais de 16 mil m², distribuída em 12 andares e quatro subsolos, com 77 consultórios, centro de diagnóstico e seis salas cirúrgicas para procedimentos de baixa e média complexidade. Com o funcionamento pleno, a previsão é de que a unidade tenha capacidade de atender a cerca de 30 mil pacientes por mês entre as suas especialidades ambulatoriais.

A cerimônia, que foi realizada de forma remota, em razão da pandemia, contou com a participação do secretário de Educação Superior (Sesu/MEC), Wagner Vilas Boas de Souza, do presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Oswaldo Ferreira e do assessor da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Olimpio Bittar. Representando a Unifesp, participaram a reitora, Soraya Smaili, o vice-reitor, Nelson Sass, os diretores da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), Manoel Girão, da Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp), Janine Schirmer, o diretor-superintendente do Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp), José Roberto Ferraro, além de pró-reitores, diretores de campi e de departamentos acadêmicos e administrativos.

Sass, que coordena a Diretoria de Implantação do HU2, iniciou os pronunciamentos afirmando ser um privilégio testemunhar a entrega de um projeto feito por várias mãos e destacou o trabalho feito pelas diretorias do Campus São Paulo e de suas unidades acadêmicas, além do HSP/HU Unifesp e pelos servidores e colaboradores da instituição, além do apoio do Ministério da Educação, da Sesu/MEC e da Ebserh. "O trabalho só foi possível graças a um rol de pessoas que se dispuseram a trabalhar 24 horas por dia. Temos agora um equipamento de saúde federal, voltado para atender a população de forma rápida e eficiente, possibilitando o diagnóstico adequado e procedimentos como pequenas cirurgias que não necessitem de longas internações", disse o vice-reitor.

A diretora de implantação do HU2, Ieda Maugeri, agradeceu, nominalmente a cada um dos que participaram do processo de implantação do hospital. "Não chegaríamos a este momento se não fosse a ação desses vários atores. Mudamos para esse equipamento prioritariamente aos finais de semana, gerando o mínimo de transtorno para a população". Ela também agradeceu o apoio recebido pelos órgãos governamentais na disponibilização de recursos. "Esse apoio nos permite realizar a nossa principal missão, que é trabalhar em prol da sociedade", completou.

David Pares, chefe do Departamento de Obstetrícia, falou em nome dos representantes dos departamentos que já funcionam no local e disse ser uma honra poder participar do processo, que, em sua visão, acrescenta de forma substancial para o ensino, pesquisa e extensão. "Nossos atendimentos eram feitos em casas alugadas, nas quais não dispúnhamos das estruturas necessárias. Hoje podemos atender aos pacientes de forma multidisciplinar, em um ambiente amplo e agradável tanto para os profissionais de saúde quanto aos pacientes", reforçou.

Ferraro afirmou que a data marca a realização de um antigo sonho. "Este é um ambiente completamente adequado à legislação sanitária e que dignifica ainda mais nosso ensino e nossa pesquisa e, em consequência, a extensão". O diretor-superintendente aproveitou para destacar a importância do SUS e da universidade pública para o atendimento à população, o que ficou ainda mais evidenciado durante a pandemia da covid-19.

Manoel Girão também externou sua alegria de ver um projeto, iniciado pelo Departamento de Oftalmologia da EPM/Unifesp há cerca de 10 anos, ser concluído pela Unifesp e afirmou que o local reverterá à população o investimento recebido para a conclusão da obra. Na mesma linha, a diretora da EPE/Unifesp, Janine Schirmer ratificou que a atenção primária é uma das prioridades do SUS e que o espaço vai possibilitar a melhora no atendimento dos pacientes e nas discussões de casos entre profissionais da saúde.

Representando a Secretaria de Estado da Saúde, Olimpio Bittar destacou que a inauguração do HU2 é de enorme importância para o ensino, a pesquisa e a extensão e reforçou a parceria de décadas existente entre a secretaria e a universidade e o Hospital São Paulo. Vilas Boas afirmou que, mais do que os números que indicam a estrutura física do novo espaço é a quantidade de vidas que poderão ser salvas a partir do atendimento realizado no local. O secretário da Sesu/MEC lembrou também da boa relação existente entre o órgão e a Unifesp e da capacidade e qualidade da universidade, não só na assistência aos casos de covid-19, como também nas dezenas de pesquisas desenvolvidas durante o período e reforçou que a Sesu/MEC continua à disposição da Unifesp, além de parabenizá-la pelo "lindíssimo trabalho".

"Para a Ebserh é um prazer e uma honra poder participar de um evento desse porte. Cumprimento a todos os que se empenharam na conclusão dessa belíssima obra, que será mais bela ainda por melhorar e apoiar o nosso SUS", celebrou o presidente, Oswaldo Ferreira. Ele lembrou que a entidade trabalha com dois pontos sensíveis e necessários à sociedade, que são a educação e a saúde. "O HU2 é um avanço extraordinário e temos nos gestores SUS um apoio importante para oferecer atendimento de qualidade à população.

Encerrando as falas, a reitora Soraya Smaili celebrou a inauguração da unidade e destacou que ela só foi possível em razão de um trabalho conjunto e integrado. "A gestão da obra foi feita de forma adequada e organizada, contando com apoio de todas as gestões do MEC desde o início do processo. " Apresentamos hoje o resultado de um trabalho de muitos anos". Soraya ressaltou que os trabalhos continuaram mesmo durante a pandemia, mantendo, para isso, os cuidados recomendados. "As pessoas continuam precisando do nosso sistema, não só para a covid-19, como para outros tratamentos". A reitora agradeceu também ao MEC, à Sesu/MEC e à Ebserh pelo apoio logístico e financeiro, fundamentais para a entrega do HU2 e colocou a universidade à disposição. "Estamos com muito vigor para o trabalho e estamos aqui para devolver à população a verba que é investida na nossa instituição", concluiu.

Placa HU2
Placa descerrada durante cerimônia realizada no dia 23 de julho de 2020

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