Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Prática de atividade física pode reduzir em até 36% mortalidade por doenças cardiovasculares

Publicado: Quinta, 28 de Julho de 2022, 15h07 | Última atualização em Sexta, 05 de Agosto de 2022, 09h18 | Acessos: 38585

Estudo realizado em parceria entre Unifesp e Universidade de Harvard evidencia o tamanho do benefício de se manter uma vida ativa para a saúde do coração

Ouça acima o conteúdo deste artigo.

Prática de atividade física portal

(Imagem ilustrativa)

Um estudo coordenado pela Universidade de Harvard e que teve a participação do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) revelou o tamanho do benefício que a prática regular de atividade física pode exercer sobre os riscos de mortalidade por doenças cardiovasculares. A redução pode chegar a 36%, dependendo da intensidade e quantidade dos exercícios. A pesquisa foi publicada na segunda, 25 de julho de 2022, no periódico Circulation, considerada a principal revista científica de Cardiologia.

"Já está bem documentado que a atividade física regular está associada à redução do risco de doenças cardiovasculares e morte prematura. Em 2018, as Diretrizes de Atividade Física do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos para americanos(as) recomendou que adultos pratiquem pelo 150-300 minutos/semana de atividade física moderada ou 75-150 minutos/semana de atividade física vigorosa, ou uma combinação equivalente de ambas as intensidades. No entanto, ainda não está claro se a prática de altos níveis de atividade física (de intensidade moderada e vigorosa) ao longo da vida fornece benefícios adicionais ou efeitos prejudiciais à saúde cardiovascular”, disse Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da EPM/Unifesp e coautor do estudo.

Para chegar aos achados, o estudo utilizou medidas repetidas de atividade física coletadas ao longo de décadas para examinar a associação entre atividade física de longo prazo e mortalidade. Também foram analisados dados de mortalidade e registros médicos de mais de 100 mil adultos coletados de dois grandes estudos prospectivos: o Nurses Health Study e o Health Professionals Follow-up Study de 1988 a 2018.

"Neles, os(as) participantes relataram sua atividade física no lazer preenchendo um questionário validado a cada dois anos. Os questionários incluíam perguntas sobre informações de saúde, doenças diagnosticadas por médicos, histórico médico familiar e hábitos pessoais, como consumo de cigarro e álcool e frequência de exercícios”, explica Rezende.

O pesquisador também destaca que os dados de exercício foram relatados como o tempo médio gasto por semana em várias atividades físicas no ano anterior. "Atividade moderada foi definida como caminhada, exercício de baixa intensidade, levantamento de peso e calistenia. A atividade vigorosa incluiu corrida, natação, ciclismo e outros exercícios aeróbicos".

Após a análise, os pesquisadores descobriram que os adultos que realizaram o dobro da recomendação de atividade física moderada ou vigorosa a cada semana tiveram o menor risco de mortalidade. "Os participantes que cumpriram as diretrizes para atividade física vigorosa tiveram um risco 31% menor de mortalidade por doenças cardiovasculares. Já aqueles(as) que cumpriram as diretrizes para atividade física moderada tiveram um risco entre 22% e 25% menor de mortalidade”, descreve Rezende.

Os maiores índices de redução de mortalidade se apresentaram entre os(as) participantes que realizaram duas a quatro vezes acima da quantidade recomendada de atividade física vigorosa de longo prazo (150-300 min/semana), que tiveram um risco de 27% a 33% menor de mortalidade por doenças cardiovasculares.

“Já os(as) participantes que realizaram duas a quatro vezes acima da quantidade recomendada de atividade física moderada (300-600 min/semana) tiveram benefícios ainda maiores, com um risco entre 25% e 36% menor de mortalidade, algo bem expressivo e que reforça mais uma vez a importância de manter uma vida ativa, incorporando os exercícios na rotina sempre que possível”, conclui o docente.

 

Fonte: DCI

 

Avaliação do Usuário

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Mortalidade por câncer supera a de doenças cardiovasculares em 727 municípios no Brasil

Pesquisa revela mudança nas principais causas de mortalidade no Brasil entre 2000 e 2019,...

Estudo revela novos fatores de risco para demência e abre caminhos para prevenção no Brasil

Publicado na revista The Lancet, estudo elaborado por uma comissão da qual a pesquisadora Cleusa Ferri da...

Fim do conteúdo da página