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Propessoas anuncia mudanças em benefício à saúde dos servidores da Unifesp
Conheça as novas ações
Por Juliana Cristina e Paula Garcia
As restrições de isolamento social impostas durante o período de pandemia dificultaram, entre outras atividades, a operacionalização do fluxo para revisão dos percentuais de insalubridade. Como medida excepcional e transitória, a Procuradoria-Geral Federal junto à Unifesp orientou a Pró-Reitoria de Gestão com Pessoas (ProPessoas) a elaborar um laudo técnico na forma da Norma Regulamentadora n.º 15, do extinto Ministério do Trabalho, que possibilitará o aumento de 10% para 20% nos adicionais de todos os profissionais da saúde atuantes no Hospital São Paulo, hospital universitário (HSP/HU Unifesp), e nos ambulatórios a ele vinculados, expostos aos agentes biológicos. “A partir desse parecer jurídico, os procedimentos operacionais para atendimento da demanda serão adotados pelo Núcleo de Segurança, Medicina do Trabalho e Perícia Médicas (SESMT) e pela Coordenadoria de Recursos Humanos do Hospital Universitário”, explica a pró-reitora de Gestão com Pessoas, Elaine Damasceno.
O novo coronavírus também alterou a rotina de atendimento do Núcleo de Assistência à Saúde do Funcionário (Nasf), que desde março vem se adequando às normas e diretrizes de segurança estabelecidas pela universidade, e agora está sob nova coordenação, buscando soluções para os usuários do serviço. Também será instituído um Conselho Gestor composto por representantes das categorias profissionais que atuam no núcleo, do sindicato de servidores da Unifesp e de usuários. “A preocupação ainda é com relação à pandemia, então os funcionários precisam trabalhar com os equipamentos de proteção individual (EPIs) que fornecemos, evitar aglomerações e salas cheias. Pretendemos estabelecer um novo protocolo de atendimento a cada meia hora, até a pandemia mostrar sinais de redução. Estamos atentos em relação a isso”, afirma o novo coordenador do núcleo, José Homero.
Retomada do Pronto-Atendimento
Homero aponta que há uma grande preocupação em relação ao retorno do antigo Pronto-Atendimento, que agora será renomeado como Unidade de Rápido Atendimento (URA). O novo nome é para que sejam evitados mal-entendidos quanto ao tipo de atendimento do local e esclarecidos os objetivos da unidade, que é voltada ao atendimento de pacientes com doenças ou condições clínicas agudas que se manifestam repentinamente e devem ser examinadas com rapidez (mas não se caracterizam como emergências médicas), tais como dores de garganta, resfriados, gripes, vômitos, diarreias, febre alta, ferimentos leves e contusões ortopédicas que não configurem fraturas, por exemplo. O coordenador ressalta que o momento ainda não é propício para o retorno das atividades da unidade, visto que muitas das condições citadas podem ser sintomas de covid-19; por essa razão, um planejamento prévio está sendo realizado para o restabelecimento do atendimento dos usuários do Nasf na URA.
Novas ações para melhoria da saúde dos servidores
Outras ações, pensadas para a melhoria do atendimento à saúde dos servidores, estão em fase de planejamento pela nova coordenadoria. Tendo em vista o fato de que o cenário atual de pandemia desencadeou e/ou intensificou uma série de questões relacionadas à saúde mental, uma das propostas é aumentar e ampliar o atendimento no Setor de Psiquiatria. De acordo com Homero, na próxima semana, esse ponto começará a ser efetivamente discutido para que se possa encontrar uma forma de implementar a ação.
Além disso, melhorias no Setor de Odontologia também estão dentro dos planos da nova coordenação. “Estamos fazendo esforços para voltar com o funcionamento na emergência. Na área da saúde, talvez a odontologia seja uma das mais arriscadas para o atendimento durante a pandemia. Além disso, estamos tendo alguns problemas estruturais que estamos tentando resolver para voltar com a emergência e deixar pelo menos uma das salas funcionando. E, no ano que vem, pretendemos reestruturar o atendimento laboratorial. Sempre mantendo um padrão de atendimento e suporte no sentido de prover os EPIs necessários para atendimentos odontológicos”, esclarece o coordenador.
Também estão em análise as possibilidades de que o atendimento clínico possa ser realizado durante o horário de almoço (atualmente um período que fica sem atendimento), e de que se inicie uma ação de notificação e confirmação de consultas médicas com três dias de antecedência, para que seja reduzido o número de ausências às consultas marcadas e haja possibilidade de suprir a demanda de pacientes na fila para atendimento.
Além disso, pensando em campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o novo coordenador comenta que estão considerando criar novas ações visando medidas preventivas. “Esse tipo de ação pode também motivar os próprios funcionários das especialidades dentro do Nasf. Poderíamos estabelecer medidas como campanhas incorporadas à enfermagem e todas as outras áreas. Temos um atendimento bastante diversificado e essa multidisciplinaridade poderia ajudar nas ações”, conclui Homero.
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