Pesquisadores da EPM/Unifesp avaliam impacto da pandemia na classe médica
Estudo teve médicos ortopedistas como foco
Por Juliana Cristina
Estudo coordenado por Paulo Belangero, médico ortopedista e docente da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo, procurou mensurar o impacto econômico da pandemia de covid-19, especificamente, nos ortopedistas, tendo em vista as medidas públicas e sanitárias para conter o novo coronavírus, tais como a redução de consultas e procedimentos eletivos, no caso desses especialistas.
A pesquisa utilizou como instrumento um questionário on-line que avaliou o tempo de prática ortopédica, impacto no orçamento durante o mês inicial de pandemia, setor de maior impacto (emergência, ambulatório, consultório e cirurgias eletivas), presença de outra fonte de renda fixa, existência de reserva financeira, previsão de tempo de afastamento e expectativa de retorno às atividades normais.
As questões que auxiliaram a análise foram formuladas de acordo com percentuais, e o critério para inclusão dos participantes na pesquisa considerou os médicos que atuam nas áreas de Ortopedia e Traumatologia. Ademais, os formulários foram programados para serem respondidos apenas uma vez, de maneira anônima e on-line.
"Foram avaliadas mais de 900 respostas e, com isso, concluímos que cerca de 98% dos médicos ortopedistas sofreram impacto financeiro significativo. Além disso, verificamos que há uma relação direta entre o tempo de subespecialidade ortopédica para maior porcentagem de renda fixa, maior impacto na porcentagem de redução de salário mensal e maior o tempo previsto de afastamento laboral", destaca Belangero.
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