Alunos de pós-graduação da EPM/Unifesp recebem prêmios no LeishSul
Evento é realizado pela Fiocruz Paraná e Laboratório de Protozoologia da UFSC
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O grupo de pesquisa busca descrever o papel de modificações pós-transcricionais e traducionais em diferentes protozoários. Além de identificar proteínas reguladoras dessas modificações como possíveis alvos terapêuticos.
No período de 21 a 23 de junho, durante o 3º Simpósio de Leishmanioses da Região Sul (LeishSul), realizado em Florianópolis - Santa Catarina, os alunos, Artur Honorato Reis e Suellen Rodrigues Maran, do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia e Imunologia vinculado ao Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), foram premiados como melhores trabalhos apresentados na Sessão de Pôsteres no encontro científico, fruto de uma parceria entre o Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por meio do Laboratório de Protozoologia. Os trabalhos estão em desenvolvimento sob orientação de Nilmar Silvio Moretti, docente do Laboratório de Biologia Molecular de Patógenos (LBMP) da Unifesp.
Artur Honorato, ao centro, durante a premiação. Imagem: Arquivo Pessoal
Contemplado na sua primeira exibição no formato de pôster com a premiação de melhor apresentação, o mestrando do primeiro semestre busca investigar o papel das modificações de RNA no ciclo de vida de Leishmania. No trabalho apresentado por Honorato, foi visto que a metilação de RNA é conservada, está presente em diversas espécies do parasito, e que os níveis dessa modificação variam entre as espécies de Leishmania na forma procíclica.
“Enquanto estudante de mestrado é uma honra poder participar de um evento como o LeishSul, que preza pela organização e qualificação dos palestrantes e convidados. O evento foi engrandecedor na formação de todos que participaram, trazendo ao público discussões e questões importantes a respeito da disseminação da leishmaniose na região sul e levantando possíveis soluções para resolução desse problema tão alarmante. Ganhar o prêmio de melhor pôster pelo LeishSul foi extremamente gratificante e engrandecedor, me sinto honrado de receber esta premiação”, comentou Artur sobre sua experiência no simpósio.
Suelen Maran, ao centro, durante a premiação. Imagem: Arquivo Pessoal
Já Suellen Maran, aluna do segundo ano de doutorado, procura elucidar o papel da acetilação durante o ciclo de vida de Leishmania. A apresentação demonstrou que a ausência de proteínas que removem essa modificação pós-traducional culmina em diversas disfunções celulares no parasito. Também foi visto que esses parasitos geneticamente modificados apresentam um perfil de baixa virulência em camundongos, demonstrando novamente a importância dessas proteínas para a sobrevivência do parasito e abrindo possibilidades de explorar novos alvos terapêuticos para o tratamento da leishmaniose.
“Participar do LeishSul, um evento direcionado e extremamente importante para o meu desenvolvimento como cientista é engrandecedor e gratificante. Durante o evento, tivemos acesso a palestras de diversos pesquisadores renomados e profissionais da saúde, que proporcionaram espaço de troca de informações para melhor entendimento da leishmaniose nos estados da região sul do país. Também tive a oportunidade de discutir ciência e apresentar o meu projeto para diversos participantes que contribuíram com questionamentos importantes para o desenvolvimento do trabalho. Como aluna, acredito no alcance que meu trabalho pode ter na sociedade, principalmente por se tratar de um projeto que pode indicar excelentes alvos para o tratamento de uma doença tão negligenciada. Isso me faz acordar todos os dias acreditando que posso ajudar famílias e animais no futuro”, enalteceu a premiada.
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