Projeto do Campus SP conquista Prêmio Josué de Castro 2021
Projeto na área da Nutrição ficou em 1º lugar
Trabalho desenvolvido na área da Nutrição pelo Campus São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ganhou o Prêmio Josué de Castro 2021, na categoria Pesquisa Científica. Promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea/SP), o prêmio condecora iniciativas voltadas à formulação de soluções concretas para o combate à fome e a promoção de segurança alimentar e nutricional.
O projeto Plantando mais do que vegetais: horta comunitária e educação alimentar e nutricional em Heliópolis, realizado por pesquisadoras do Campus São Paulo: Aline Zoia (mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva); Catarina Manfrinato (mestranda do Programa de Pós-Graduação em Nutrição); Vitória Condé (graduanda de Enfermagem); Maria do Carmo Franco (docente do Departamento de Fisiologia); e Elke Stedefeldt, Luciana Y. Tomita e Regina Matsue (docentes do Departamento de Medicina Preventiva), obteve o primeiro lugar na premiação.
Horta comunitária na Cohab "Redondinhos" (Foto: arquivo pessoal)
Diante de um cenário de insegurança alimentar, constatado por um estudo conduzido durante a pandemia de Covid-19 na comunidade de Heliópolis, localizada na zona sul da cidade de São Paulo, a professora Luciana Tomita explica que foi iniciada a implantação da horta comunitária na Cohab "Redondinhos", um projeto piloto formado por moradores voluntários, sendo majoritariamente mulheres acima de 60 anos, utilizando o espaço e materiais disponíveis para o plantio no condomínio.
"A horta possibilitou o cultivo de hortaliças e ervas aromáticas, plantas alimentícias não convencionais (PANC), práticas de compostagem e troca de saberes. Durante as atividades de plantio e manutenção, o grupo conversa sobre experiências de vida, como o uso de plantas medicinais e lembranças da época vivida na área rural. Essa sociabilização, junto com o aumento das atividades físicas e a possibilidade de inserir na alimentação vegetais diversos, de consumo integral, produzidos livres de agrotóxicos e pelas próprias mãos, impulsiona mudanças, seja na saúde física, mental e ambiental. Ao longo das atividades desenvolvidas no espaço, temos recebido novos moradores, inclusive, uma criança com deficiência auditiva, com baixa estatura e baixo peso", relata a nutricionista.
A cerimônia de premiação ocorreu na manhã da quarta-feira, dia 20 de outubro, no salão nobre da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O primeiro colocado recebeu uma salva de prata.
Cerimônia de entrega do prêmio (Foto: Mastrangelo Reino/Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP)
Fonte: DCI/Unifesp
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