Costureiras solidárias produzem EPIs para o Hospital São Paulo
Já foram entregues milhares de máscaras e aventais à instituição
Por Denis Dana
Desde o final do mês de março, o Hospital São Paulo, hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo (HSP/HU Unifesp), conta com uma importante parceria para obtenção dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) destinados aos profissionais da saúde. Trata-se do grupo Costureiras Solidárias, formado por 283 voluntárias das mais diferentes áreas – engenharia, medicina, educação, jurídica e empresarial, entre outras – que se uniram para fazer a diferença nesse difícil momento de pandemia. A missão: produzir máscaras e aventais para o hospital.
O projeto teve início a partir de um grupo de mães do Centro Educacional Pioneiro. “Uma das mães é médica atuante no HSP e comentou que o hospital precisava muito de máscaras, e que elas poderiam ser costuradas. Foi aí que resolvemos nos unir para essa ação, que logo ganhou adesão de mais voluntárias”, diz a empresária Vivian Yamada, coordenadora geral do projeto.
Pouco mais de dois meses de início da ação, o grupo já entregou 38.043 máscaras e 9.350 aventais à instituição. “Ainda temos matéria prima doada pelo hospital para produzir cerca de 20 mil aventais e máscaras”, destaca Vivian.
Homenagem aos profissionais da linha de frente
O trabalho desenvolvido por essas mulheres extrapolou a costura e chegou às artes ao inserirem as crianças na iniciativa. “Como grande parte do nosso tempo é dedicado ao projeto, nossos familiares também acabam se envolvendo. Dessa forma, surgiu a ideia de incentivar que os filhos das voluntárias produzissem desenhos, expressando o que pensam ou como lidam com o atual momento”, conta Vivian.
A ideia foi muito bem aceita por todas. Crianças de 3 a 16 anos de idade participaram e produziram desenhos emocionantes, cheios de gratidão e de amor. A produção artística foi toda reunida num vídeo, que se transformou em uma bela homenagem aos profissionais que atuam na linha de frente no combate à covid-19.
A coordenadora do grupo diz que, juntas, as famílias produzem uma espécie de combustível para levar um pouco de amor e conforto aos colaboradores do hospital. “Através do projeto, temos a oportunidade de fazer algo em meio ao caos e, de alguma forma, sermos protagonistas de algo para o bem maior.”