Dia Internacional da Língua de Sinais
Mais de 70 milhões de pessoas vivem com surdez
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O mundo marca neste 23 de setembro o Dia Internacional da Língua de Sinais. De acordo com a Federação Mundial de Surdos, existem cerca de 70 milhões de pessoas vivendo com surdez, e 80% delas estão em países em desenvolvimento.
A data foi comemorada pela primeira vez em 2018, como parte da Semana Internacional dos Surdos e tem como objetivo destacar a importância da língua de sinais na garantia dos direitos humanos de pessoas com limitações auditivas. A Semana Internacional dos Surdos é uma iniciativa da World Federation of the Deaf (WFD) e foi comemorada pela primeira vez, em 1958, em Roma, Itália. O tema deste ano é: “Construindo Comunidades Inclusivas para Todos”. No Brasil, a Lei nº 10.436/2002 reconheceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão e determinou o apoio à sua difusão e uso pelo poder público.
Variações
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem mais de 300 variantes usadas em interpretações com sinais no mundo. A linguagem possui estruturas distintas das línguas faladas. Existe uma forma internacional que é usada por deficientes auditivos em reuniões internacionais e em encontros informais.
Importância da língua de sinais
A utilização da Língua de Sinais é uma forma de garantir a preservação da identidade das pessoas e comunidades surdas. Além disso, contribui para a valorização e reconhecimento da cultura surda.
Projeto SisTHA
O Sistema de Treinamento das Habilidades Auditivas (SisTHA) é um sistema web gratuito de apoio ao treinamento das habilidades auditivas para usuários de aparelho auditivo e de implante coclear. São considerados aspectos do processamento auditivo como detecção, discriminação, reconhecimento e compreensão. O treinamento oferecido auxilia a melhorar as habilidades auditivas, ou seja, a melhorar "o que a pessoa entende com que ela escuta".
Tela do SisTHA
SisTHA é um sistema para ser usado de qualquer lugar, de qualquer equipamento que tenha acesso à internet e uma boa saída de áudio/som. Nesta versão não se utiliza o microfone do equipamento. É possível acessar nos horários em que for mais conveniente. É 100% gratuito, sem qualquer taxa de uso. Os dados coletados são utilizados estritamente para oferecer um treinamento auditivo adaptado às suas necessidades e para avaliar seu impacto.
Este sistema não substitui a assistência de fonoaudiólogos e outros profissionais que auxiliam no treinamento das habilidades auditivas. Oferece um apoio coadjuvante na recuperação das habilidades auditivas, por isso não se restringe a usuários de aparelho auditivo. Seu uso apresenta impacto positivo quanto às habilidades auditivas comprovado por meio de pesquisa científica.
O projeto é fruto de pesquisas de mestrado e de doutorado junto ao Grupo de Pesquisa Saúde 360o, da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp. Foi desenvolvido por pesquisadores em informática em saúde, telessaúde e telemedicina em parceria com o Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia, da Universidade de São Paulo (FOB-USP), Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/Centrinho-USP), Departamento de Fonoaudiologia da Escola Paulista de Medicina - EPM/Unifesp, Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru USP, Departamento de Fonoaudiologia Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Ciências da Vida da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e Departamento de Fonoaudiologia da UNIVAG
Conheça o projeto: https://bit.ly/3fduPSi