Outubro Rosa: Fortalecendo a prevenção e o cuidado com o câncer de mama
Mais do que uma campanha, é um movimento global que visa educar, inspirar e transformar vidas
No mês de outubro, o mundo se veste de rosa em solidariedade a uma causa que transcende fronteiras: a conscientização sobre o câncer de mama. O Outubro Rosa é mais do que uma campanha; é um movimento global que visa educar, inspirar, transformar vidas e capacitar as pessoas a respeito do câncer de mama, uma doença que afeta mulheres em todo o mundo.
Esse movimento teve início nos anos 90 e tem como principais objetivos:
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Informar sobre o câncer de mama: A informação é uma ferramenta poderosa na luta contra o câncer de mama. Conhecimento sobre os fatores de risco, sintomas e métodos de prevenção é essencial.
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Facilitar o acesso à mamografia: O exame de mamografia é um dos principais aliados na detecção precoce do câncer de mama. Deve ser realizado em mulheres assintomáticas, todos os anos, a partir dos 40 anos de idade.
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Acesso à biópsia e ao tratamento: Promover o acesso a biópsias e tratamentos necessários é crucial para aumentar as chances de cura.
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Estilo de vida: O combate ao sedentarismo, obesidade, etilismo e tabagismo faz parte das ações preventivas. Adotar um estilo de vida saudável pode reduzir o risco de desenvolvimento da doença.
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Redução da mortalidade: A redução da mortalidade causada pelo câncer de mama é um dos principais objetivos do Outubro Rosa.
No Brasil, o movimento teve início em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado na cor rosa. A partir de 2008, a campanha ganhou força e ocorreu em diversas cidades brasileiras, contando com o apoio de entidades públicas, privadas, sociedades médicas e ativistas. Todos os anos, essa mobilização visa aprimorar as estatísticas relacionadas ao câncer de mama no país.
Exame de mamografia (Imagem: pixelfit/iStock)
Apesar dos avanços na conscientização, o câncer de mama ainda é envolto por mitos e medos. No entanto, é fundamental lembrar que a informação é a melhor aliada. O diagnóstico precoce pode elevar as taxas de cura para até 95%.
Existem diversos fatores de risco associados à doença, alguns modificáveis, como estilo de vida, e outros não. Acredita-se que a melhoria da qualidade de vida possa reduzir em até 40% o surgimento da doença. Atitudes como a perda de peso, a prática regular de atividade física, a redução do consumo de álcool e o abandono do tabagismo são exemplos de comportamentos saudáveis que podem fazer a diferença.
Os principais fatores de risco associados ao câncer de mama estão listados a seguir:
Não modificáveis | Modificáveis |
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A falta de informações e o receio em relação ao diagnóstico e tratamento levam muitas mulheres com sintomas a adiar a consulta médica, o que pode resultar em um diagnóstico tardio. Importante ressaltar que, quando o diagnóstico é feito precocemente, o tratamento tende a ser menos agressivo e as chances de sucesso são consideravelmente maiores. Portanto, quanto mais cedo uma mulher procura ajuda médica, mais precoce é o diagnóstico, o que, por sua vez, aumenta as chances de cura e permite um retorno mais rápido às atividades cotidianas
Os sintomas do câncer de mama incluem a presença de um nódulo mamário, alterações na pele da mama ou do mamilo, saída de líquido de forma espontânea ou com sangue pelo mamilo. É essencial que as mulheres estejam atentas a esses sinais e, independente da faixa etária ou do tempo que realizou o exame de rastreamento, busquem ajuda médica caso ocorram.
Os principais sintomas associados com o câncer de mama são:
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Nódulo: Em aproximadamente 60% dos casos, as mulheres detectam a presença de um nódulo mamário endurecido, geralmente indolor, que persiste por mais de duas semanas.
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Alterações na pele: Pode ocorrer retração da pele, afundamento do mamilo, aparecimento de feridas ou mudanças no contorno da mama.
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Fluxo papilar: Ocorrência de secreção de líquido pelo mamilo de forma espontânea, ou seja, sem que a mulher aplique pressão, e, em alguns casos, o líquido pode conter sangue.
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Linfonodo axilar: Nota-se a presença de um "gânglio" na axila, que pode ser endurecido, aumentar de tamanho e indolor.
Em mulheres assintomáticas - que não apresentam sintomas visíveis, as alterações detectáveis em exames de imagem, como a mamografia, como a presença de microcalcificações agrupadas, nódulos ou mudanças no tecido mamário, podem ser a primeira manifestação do câncer de mama.
No entanto, no Brasil, a cobertura populacional pela mamografia ainda está abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Apenas 25% das mulheres entre 40 e 69 anos realizam o exame de rastreamento, segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Faça o rastreamento mamográfico anual a partir dos 40 anos, passe em consulta médica pelo menos uma vez ao ano e, se surgirem dúvidas ou sintomas, não hesite em buscar atendimento médico. Quanto antes tiver o diagnóstico, melhor!
Por Gil Facina
Médico mastologista, professor Associado Livre-Docente da Disciplina de Mastologia do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp). Vice-chefe do Departamento de Ginecologia da EPM/Unifesp. Membro Titular da Academia Brasileira de Mastologia. Especialista em reconstrução mamária. Outras informações: clique aqui
(*) Revisão e diagramação por ComunicaSP