O combate à violência começa com a prevenção. A prevenção começa com a saúde mental
Esperança e orgulho epemista
88 anos da Escola Paulista de Medicina
Ao iniciarmos as comemorações dos 88 anos de nossa querida Escola Paulista de Medicina (EPM) inúmeros pensamentos vem à mente neste momento ímpar, onde enfrentamos um dos maiores desafios da humanidade, mister se faz registrar alguns aspectos relevantes.
Inicio salientando o imenso orgulho pelo desempenho de nossa Escola / Hospital e, portanto, do nosso coletivo no enfrentamento desta pandemia.
Desde os primeiros dias, quando faltavam equipamentos de proteção individual (EPIs) e o conhecimento do comportamento do vírus era incipiente, a EPM se organizou e não sucumbiu. Surgiu um movimento voluntário composto por alunos, funcionários e docentes que buscou o apoio da sociedade civil. Esse movimento recebeu o amplo apoio de pessoas e de empresas que reconheceram a importância e excelência do trabalho realizado por nosso Hospital São Paulo e foi graças a esse acolhimento pela sociedade que recebemos apoio financeiro e emocional, permitindo que devolvessemos um atendimento digno para a nossa população.
Interagimos com as comunidades e com associações de moradores de rua das proximidades de nossa Escola, parte mais vulnerável da população, e com isso evitamos um contingente maior de casos que, sem dúvida, sobrecarregaria ainda mais o nosso hospital.
Vários programas de apoio aos nossos alunos e colaboradores foram implementados dentro do Voluntariado e do Projeto Semear, um exemplo de solidariedade e comprometimento de nossos alunos, funcionários e docentes. No momento temos, dentro do projeto Semear, cerca de 120 docentes envolvidos como tutores individuais dos alunos dos cursos do Campus São Paulo.
Como uma forma de reconhecimento pelo desempenho durante esses meses desafiadores, nossa Escola Paulista de Medicina foi recentemente agraciada com a Salva de Prata, a maior honraria possível ofertada pela Câmara Municipal de São Paulo para uma Instituição.
Sem negar as dificuldades e os possíveis pontos a serem melhorados, sintam o maior orgulho pela nossa Instituição, pelos nossos Funcionários, nossos Alunos e nossos Professores, um time fantástico e que não se acovardou num momento crítico e perigoso, eles honram a história da nossa Escola. Não me lembro de um momento no qual tenha sentido maior orgulho de ser brasileiro e pertencer a essa querida Escola Paulista de Medicina.
Há muito ainda a ser vivido e escrito, mas prevalece o forte sentimento de esperança. Devemos nos manter vigilantes e não permitir que discursos de Intolerância, Discriminação e Preconceitos contaminem esse momento, pois evoluem inexoravelmente para, como vários exemplos da história humana, Genocídios. Esse malfadado vírus está nos mostrando que não tem como sobrepuja-lo sozinho, ou saímos todos juntos ou ninguém sairá. Que prevaleçam os sentimentos de Solidariedade, Acolhimento e Fraternidade.
Que venha o Tracatrá da Esperança, do Infinito, da União e da Vacina.
Manoel João Batista Castello Girão
Diretor da Escola Paulista de Medicina
Universidade Federal de São Paulo
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