O combate à violência começa com a prevenção. A prevenção começa com a saúde mental
Sinal vermelho para a violência contra a mulher
Seja você a vítima ou não, denuncie
A violência física, psicológica e o assédio sexual são alguns exemplos.
O Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres é comemorado anualmente em 25 de novembro. A data tem o propósito de alertar a sociedade a respeito dos casos de violência e maus tratos contra as mulheres, uma questão social e de saúde pública, que não diferencia cor, classe econômica ou social.
Origem da Data
A data foi escolhida para homenagear as irmãs dominicanas Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), que foram violentamente torturadas e assassinadas nessa mesma data, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo. As irmãs eram conhecidas por "Las Mariposas" e lutavam por melhores condições de vida.
Crédito: Wikipedia
No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, ocorrido em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.
A violência durante a pandemia
Segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, na comparação com janeiro de 2019, o número de denúncias registradas por meio do Ligue 180 diminuíram 4,5% em janeiro deste ano. Já em fevereiro, houve um aumento de 15,6% das notificações quando comparado ao mesmo mês do ano passado. A tendência se manteve em março, quando o novo coronavírus chegou ao país e algumas unidades da federação começaram a adotar medidas para isolar a população e, assim, tentar conter a disseminação da doença.
Comparativamente, o número de denúncias registradas pelo Ligue 180 em março deste ano foi 15% superior ao de março de 2019; abril surpreendeu negativamente: as denúncias de violações aos direitos e à integridade das mulheres aumentaram 36% se comparado a abril de 2019.
Crédito: Época Negócios
O que é considerado violência contra a mulher?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência contra a mulher como todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado o dano físico, sexual, psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública seja na vida privada.
Crédito: MPSC
Quais as consequências na saúde da mulher?
O acúmulo de sofrimentos e a dificuldade em exteriorizar seus problemas se refletem não só na saúde física, mas também na saúde psicológica e emocional.
A violência contra as mulheres tem alta magnitude e relevância na saúde, uma vez que mulheres que vivem e/ou viveram tal situação têm mais queixas, distúrbios e patologias físicas e mentais e utilizam os serviços de saúde com maior frequência do que aquelas que não viveram esta experiência.
Como algumas das consequências psicológicas e comportamentais da violência alguns estudos relatam o uso de álcool e drogas, depressão, ansiedade, tabagismo, comportamentos suicidas e autoflagelo, distúrbios na alimentação e no sono, baixa autoestima, fobias e síndrome do pânico.
Programa de Atendimento – Prove/Unifesp
O Programa de Atendimento a Violência e Estresse Pós-traumático (Prove) é um serviço ambulatorial do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina que faz parte da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp). Atende crianças, jovens e adultos que desenvolveram o Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) após um evento ou uma experiência de violência extrema.
O Prove tem como objetivo atender pessoas com o diagnóstico de TEPT de maneira multidisciplinar. Com acompanhamento clínico, psicoterápico e psicoeducativo breves. Visando a recuperação funcional de cada indivíduo dentro de suas particularidades.
Promove cursos para a qualificação e capacitação de profissionais ligados à área da Saúde e Educação e visa fornecer subsídios para políticas públicas e projetos não governamentais para o atendimento da população.
Serviço 180
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgão competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.
Também é possível fazer uma denúncia pelo aplicativo Proteja Brasil (disponível para iOs e Android) ou pelo endereço humanizaredes.gov.br. (Fonte: Governo do Brasil)
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