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Pesquisa da Unifesp analisa alterações de exames laboratoriais causados pela Covid-19

Publicado: Quarta, 03 de Junho de 2020, 16h40 | Última atualização em Quarta, 08 de Julho de 2020, 17h54 | Acessos: 19702

Resultados podem ajudar na adequação do tratamento dos pacientes

Por José Luiz Guerra

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Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Hospital Santa Paula busca identificar possíveis associações de exames laboratoriais com as características clínicas, farmacoterapêuticas e prognósticas da Covid-19. A pesquisa é desenvolvida com a cooperação do professor do Departamento de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo, Paulo Caleb, e das farmacêuticas Patrícia Moreira, Anne Karollyne Leite e Carla Fernandes, do Hospital Santa Paula.

Caleb explica que os exames laboratoriais são extremamente essenciais no manejo do paciente hospitalizado com diagnóstico ou suspeita da doença e que, ainda durante o curso da doença, o próprio tratamento farmacológico de suporte pode interferir nos resultados dos exames laboratoriais ou resultar em eventos adversos influenciando a avaliação clínico-laboratorial. “Há evidências robustas que diversos exames são alterados durante o curso desta doença, tais como: parâmetros do hemograma, dímero D, tempo de protrombina e interleucinas. O melhor entendimento da relação destas e de outras variações dos exames nos contextos temporal do curso da doença e dos fármacos envolvidos, poderia indicar marcadores de intervenção, de efetividade ou prognóstico para o cuidado do paciente”, completa.

O estudo iniciou-se na chegada da pandemia no Brasil e pretende ter resultados o mais breve possível. "Desde as primeiras inclusões, observamos que estes pacientes usam diversos fármacos, além dos medicamentos já de uso crônico e que os efeitos farmacológicos podem levar à interações medicamentosas ou eventos adversos. A equipe multiprofissional está atenta nestas possíveis associações com os exames e pronta para discutir alternativas terapêuticas visando reduzir o potencial de interações medicamentosas, agregando valor à segurança do paciente e a efetividade do tratamento”, observaram as farmacêuticas do Hospital Santa Paula. 

 

 

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