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Colaboração entre pesquisadoras da Unifesp e indígenas do Oiapoque visa garantir maior qualidade de açaí liofilizado

Publicado: Quinta, 05 de Outubro de 2023, 17h34 | Última atualização em Quarta, 11 de Outubro de 2023, 14h54 | Acessos: 71

Contato com esta comunidade abriu novas perspectivas para futuros projetos de pesquisa

Por Loane Carvalho

Uma história de colaboração e inovação está tomando forma no coração da selva amazônica, onde a docente Vanessa Vendramini, do Departamento de Morfologia e Genética da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo, uniu forças com a comunidade indígena do Oiapoque, localizada no Estado do Amapá.

A iniciativa ganhou vida durante uma reunião mediada por uma ONG, que reuniu a docente e representantes das aldeias da região do Oiapoque. O motivo? O desejo da pesquisadora de utilizar açaí liofilizado em suas pesquisas. A reunião foi agendada a pedido dos próprios indígenas, após ela sugerir uma mudança na embalagem utilizada para acondicionar um produto feito de açaí puro.

As pesquisas de Vendramini, com açaí liofilizado, têm uma história que remonta a 2018, quando ela começou a utilizar produtos adquiridos de uma empresa em Itu, no estado de São Paulo. Entretanto, um capítulo novo foi adicionado à sua pesquisa no ano passado, quando ela descobriu que os indígenas do Oiapoque estavam produzindo e comercializando açaí liofilizado, com o suporte da Embrapa Amazônia.

O que mais surpreendeu a cientista foi a diferença notável na embalagem do produto. "Para minha surpresa, quando tive em mãos o produto UASEI, produzido pelos indígenas, notei que a embalagem escolhida por eles era transparente, inadequada para manter as propriedades antioxidantes do fruto liofilizado."

 

pesquisadoras e comunidade indigena

 

Em uma colaboração estratégica com Lila Missae Oyama, professora da Disciplina de Fisiologia da Nutrição da EPM/Unifesp, a docente epemista enviou amostras para análise da quantidade de polifenóis totais, antioxidantes naturais que denotam valor comercial ao produto. A análise foi realizada por Anna Rafaela Cavalcante Braga, docente do Departamento de Engenharia Química do Campus Diadema da Unifesp. "Comparamos as amostras indígenas com as da empresa de Itu, notamos que havia uma perda de quase 7 vezes na quantidade de polifenóis", ressaltou a pesquisadora, acrescentando que essa descoberta a levou a sugerir a troca da embalagem. 

 

 Embalagens acai liofilizado

Imagens: Arquivo Pessoal

 

A resposta dos indígenas foi imediata. A embalagem foi prontamente substituída e, agora, Vendramini e sua equipe têm em mãos uma nova amostra do produto, que será submetida a análises detalhadas em breve para confirmar a melhora na quantidade de polifenóis. Embora os resultados finais dessa nova análise ainda não estejam disponíveis, uma sólida parceria foi estabelecida com a comunidade indígena do Oiapoque, abrindo portas para futuros projetos de pesquisa promissores.

Essa colaboração não apenas destaca a importância da preservação das propriedades nutricionais do açaí, mas também ressalta o valor de parcerias entre a academia e comunidades locais, oferecendo benefícios mútuos e perspectivas fascinantes para a pesquisa e o desenvolvimento. 

 

 

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