O que é Hipertensão Arterial ?

A definição compreende uma situação onde os níveis da pressão arterial são consistentemente iguais ou superiores a 140/90 mmHg. Assim, devemos entender que elevações pontuais dos níveis da pressão arterial, como ocorrem durante o exercício físico, estresse, tec., não caracterizam Hipertensão Arterial. Essa definição refere-se às pessoas adultas, isto é, 18 anos ou mais, tanto para mulheres como para homens.

Como podemos saber se estamos com a pressão alta, isto é, Hipertensão Arterial?

O diagnóstico da Hipertensão Arterial é feito através da medição da pressão arterial, pois a Hipertensão Arterial não apresenta sintomas. Todos os sintomas relacionados à Hipertensão Arterial são decorrentes das suas complicações, e não ao fato da pressão arterial estar elevada. Por exemplo, quando nos exercitamos a pressão arterial se eleva, mas não temos nenhum sintoma.

O fato da Hipertensão Arterial não ter sintomas nos obriga a medir a pressão arterial todos os dias?

Não. A Hipertensão Arterial, na grande maioria das vezes, inicia-se entre 30 a 40 anos nos homens e 40 a 50 anos nas mulheres. Assim, para os jovens abaixo de 30 anos recomendamos a verificação da pressão arterial a cada ano e a cada 6 meses para aqueles acima de 30 anos, especialmente para os que têm história familiar de Hipertensão Arterial, pessoas obesas e idosos.

Quais os problemas ou as consequências de ser hipertenso?

As pessoas que são hipertensas têm uma chance maior de desenvolver as chamadas doenças cardiovasculares, que são: os acidentes vasculares cerebrais (“derrames”), as doenças isquêmicas coronarianas (angina de peito e infarto agudo do miocárdio), insuficiência cardíaca, doença renal crônica (perda gradual da função renal) e a doença arterial periférica (obstrução total ou parcial de artérias). No geral, essas doenças são dispendiosas e debilitantes, onerando muito o sistema público de saúde e diminuindo a força de trabalho. Devemos lembrar que quanto mais altos os níveis pressóricos, maior a chance de desenvolver as doenças cardiovasculares.

Quais as causas da Hipertensão Arterial?

Não existe uma causa única ou necessária para a Hipertensão Arterial. Por outro lado, existem diversos fatores que, isoladamente ou em associação a outros, levam os indivíduos a tornarem-se hipertensos. Os principais são: história familiar de hipertensão (baseada em fatores genéticos que são transmitidos através das gerações), idade (quanto mais idoso o indivíduo, maior a chance de ser hipertenso), obesidade (quanto maior a obesidade, maior a chance de ser hipertenso), sobrecarga de sal na dieta, sedentarismo (exercícios físicos, principalmente aeróbicos, são preventivos), alcoolismo e fatores sócio-econômicos (pobreza, violência urbana, baixo grau de escolaridade, etc.).

Como se trata a Hipertensão Arterial?

Temos duas estratégias de tratamento para a Hipertensão Arterial: o tratamento não farmacológico e o farmacológico. No primeiro, indica-se a perda de peso, a prática de exercícios físicos, a diminuição da ingesta de sal, e a diminuição da ingesta de álcool. No segundo, prescreve-se medicamentos. O tratamento não farmacológico pode ser instituído para aqueles com pressão arterial entre 140-160/90-100 mmHg, por um período de seis meses. Caso o tratamento não for suficiente para normalizar a pressão arterial, o tratamento farmacológico deve ser adicionado. Para os hipertensos com níveis maiores de pressão arterial, indica-se os dois tratamentos associados, desde o início. Lembramos que quanto mais precocemente iniciamos o tratamento da Hipertensão Arterial, mais chance temos de sucesso.

Qual o nível de pressão arterial é satisfatório no tratamento da Hipertensão Arterial?

Para os hipertensos em geral, aceita-se níveis abaixo de 140/90mmHg. No entanto, existem situações particulares onde preconiza-se valores abaixo de 130/80mmHg, dependentes do grau de gravidade do paciente. Assim, o médico analisa a situação de gravidade, individualmente, e propõe o nível de pressão a ser alcançado.

O tratamento da Hipertensão Arterial é permanente, para o resto da vida?

Sim, e deve ser ajustado ao longo do tempo dependendo das necessidades do paciente. Isso faz com que um segmento, com visitas periódicas ao médico, seja primordial para a prevenção das doenças cardiovasculares.