Projeto é uma das 20 ações do programa de voluntariado para o enfrentamento da covid-19
Por Paula Garcia
O Projeto Saúde Ginecológica surge em meio à pandemia do coronavírus, a fim de disseminar informações sobre contraceptivos, gravidez e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) à população que faz parte do Fórum das Comunidades da Vila Clementino (CVC) e às estudantes da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São paulo e está aberto a outras comunidades que venham demonstrar interesse em receber o projeto. É coordenado pela docente Marair Gracio Ferreira Sartori, com vice-coordenação da professora Zsuzsanna Di Bella e do professor Carlos Francisco Dos Santos Junior, do Departamento de Ginecologia da Unifesp, e integra o
Programa Voluntariado EPM, que conta com a participação de mais de 250 estudantes voluntários(as) com o apoio de professores(as), diretores(as) e coordenadores(as) da graduação.
Durante esse período de combate a covid-19, a gravidez entre jovens sofreu um aumento concomitante à maior dificuldade ao acesso de contraceptivos, surgindo a necessidade de um meio disseminador de informações que auxiliassem as mulheres em relação ao planejamento familiar e à gravidez. "Assim, o projeto tinha como objetivo inicial criar materiais que orientassem tanto gestantes, pelos riscos da covid-19 e necessidade do pré-natal, quanto as usuárias de anticoncepcionais a respeito da sua utilização, disponibilidade e continuidade. Porém, pela demanda da população-alvo, o projeto expandiu-se para temas diversos dentro da área de ginecologia, como as ISTs", explica Luana Caran Roque, estudante do segundo ano de medicina da EPM/Unifesp e uma das voluntárias da ação.
Sua proposta é embasada nos incisos V, VI e VII do artigo 7º da
Lei 8.080/90, que institui o Sistema Único de Saúde (SUS), defendendo a participação ativa da sociedade e o direto à informação. As atividades incluem palestras informativas, em parceria com a ONG Mais na Casa de Assis, do Serviço Franciscano de Solidariedade (SEEFRAS), e a disponibilização materiais informativos para as comunidades por meio de livros, e para o público em geral pelo
Instagram do Programa de Voluntariado EPM.
Luana afirma que a distribuição desse material auxilia na conscientização da população: "medidas preventivas disseminadas por essa expansão de conhecimentos são cruciais para o bom funcionamento do sistema de saúde. Além de empoderar os indivíduos a respeito do saber, elas evitam problemas de saúde pública, como a morbimortalidade materna ou a transmissão de ISTs. Ao discutir abertamente temas estigmatizados, o projeto permite a criação de um meio de comunicação direta com as comunidades, podendo sanar dúvidas e difundir informações valiosas no autoconhecimento e na prevenção de doenças".
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