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Lavagem nasal: como fazer, riscos e benefícios

Publicado: Quarta, 29 de Março de 2023, 12h44 | Última atualização em Quinta, 27 de Abril de 2023, 15h17 | Acessos: 267119

Procedimento amplamente incentivado para prevenção e auxílio no tratamento de diversas doenças das vias respiratórias

 Clique acima para ouvir o conteúdo abaixo.

Você já deve ter visto algo sobre lavagem nasal. Mas você sabe como deve ser realizada? Sabe seus riscos e benefícios? Então vamos lá!

Existem diversos tipos de dispositivos para a lavagem nasal disponíveis, que variam conforme a quantidade de volume e a pressão aplicados. Os dispositivos de baixo volume são os frascos spray, sprays pressurizados e os conta-gotas. Já os de alto volume incluem as garrafas compressíveis (figura 1), dispositivo lota (figura 2) e as seringas de 60 mililitros. Após avaliação médica, o melhor dispositivo será indicado para cada caso.

O melhor dispositivo [...] e outras soluções com diferentes concentrações ou até com medicamentos, devem ser orientados por um médico conforme cada caso.

Sobre o conteúdo da lavagem nasal, em geral, são utilizadas soluções salinas fisiológicas que podem ser compradas comercialmente ou manipuladas de forma caseira (250 mililitros de água filtrada fervida + 1 colher de café rasa de sal + 1 colher de café rasa de bicarbonato de sódio). Outras soluções com diferentes concentrações ou até com medicamentos, devem ser orientadas por um médico conforme cada caso.

Em relação à temperatura a ser utilizada, esta deve ser ambiente ou levemente aquecida para melhor conforto durante a aplicação. Para a conservação do soro fisiológico deve-se respeitar as orientações do fabricante, mantendo a solução em local fresco e o frasco após aberto pode ser mantido refrigerado por até 15 dias. Já a solução de soro fisiológico caseiro pode ser conservada em geladeira por até 2 dias.

 

Passo a passo

Para a correta aplicação da lavagem nasal, deve-se seguir os seguintes passos:

1. Acoplar o dispositivo na narina; 

2. Evitar direcionar para a região mediana do nariz (septo nasal); 

3. Inclinar o tronco para frente; (Fig. 1) 

4. Lateralizar a cabeça para o lado contrário da narina que será aplicada; (Fig. 2)

5. Manter a respiração pela boca.

Como exemplificado nas figuras abaixo: 

 Modo de aplicação garrafa compressível  Modo de aplicação dispositivo lota

Figura 1: Modo de aplicação garrafa compressível. Imagem: arquivo pessoal 

Figura 2: Modo de aplicação dispositivo lota. Imagem: arquivo pessoal

 

Quais são seus riscos?

Os riscos da lavagem nasal incluem sintomas locais como:

  • Dor/ardência na narina;

  • Sangramento nasal;

  • Dor de ouvido.

Todos estão diretamente relacionados a algum erro no modo de aplicação. Desta forma, seguindo as orientações corretas, a chance de ocorrer complicações é extremamente baixa. Não há efeitos colaterais sistêmicos conhecidos relacionados com a lavagem nasal.

 

Quais são os benefícios da lavagem nasal?

A lavagem nasal é um método seguro, bem tolerado e de baixo custo. Respeitando seu método de aplicação, pode ser realizada por qualquer pessoa em qualquer idade.

Seus benefícios são diversos:

  • Remover mecanicamente crostas e muco das cavidades nasais;

  • Limpar impurezas e agentes que possam estar aderidos à mucosa nasal;

  • Aumentar a hidratação da mucosa nasal;

  • Prevenir infecções das vias aéreas;

  • Diminuir a carga viral de pacientes infectados;

  • Melhorar os sintomas nasais;

  • Melhorar a qualidade de vida.

 

Autores

Erika Cabernite Marchetti

Erika Cabernite Marchetti 

Médica otorrinolaringologista. Fellowship em Rinologia e doutoranda do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (ORL/EPM/Unifesp). Outras informações, clique aqui

 

 

 

Eduardo Macoto Kosugi

Eduardo Macoto Kosugi

Professor adjunto livre-docente do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (ORL/EPM/Unifesp). Coordenador do Fellowship em Rinologia, vice-chefe da Disciplina de Rinolaringologia e supervisor do Programa de Residência Médica em Otorrinolaringologia da EPM/Unifesp. Outras informações, clique aqui

  

 

 

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