Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Mais de 200 mil brasileiros(as) morrem ao ano por sepse

Publicado: Terça, 13 de Setembro de 2022, 14h40 | Última atualização em Segunda, 10 de Outubro de 2022, 10h26 | Acessos: 19406
No Dia Mundial da Sepse, é preciso conscientizar população e profissionais de saúde acerca de uma das doenças que mais causa óbitos no mundo
 
Ouça acima o conteúdo deste artigo.
 
Por Juliana Cristina

O Dia Mundial da Sepse, estabelecido pela Aliança Global da Sepse (Global Sepsis Alliance), é lembrado hoje, 13 de setembro, a fim de conscientizar a população sobre a doença e seus sinais, possibilitando diagnóstico precoce e tratamento. A data é relevante, sobretudo, em razão da alta letalidade que atinge a população de diferentes faixas etárias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse (sepsis ou septicemia) é uma das doenças que mais mata globalmente: são 11 milhões de vítimas por ano. O Brasil, por sua vez, apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por sepse no mundo, sendo aproximadamente 240 mil pessoas anualmente.

De acordo com a infectologista Ana Cristina Gales, do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo, o número de mortes é alto, pois ainda há dificuldade, pelos médicos(as), de reconhecerem quadros de sepse em pacientes que adentram os hospitais. "O aspecto socioeconômico também é determinante, pois muitos(as) pacientes podem ter maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde por residirem longe dos pontos de atendimento. Podem, inclusive, não ter recursos para se locomoverem até esses locais”, afirma.

Em outros momentos, as causas podem estar na “alfabetização em saúde” - conhecida como heath literacy, é a capacidade de obter, ler, compreender e usar informações de saúde para tomar decisões apropriadas e seguir as instruções para tratamento. “É quando uma pessoa tem um nível de entendimento adequado sobre como cuidar da própria saúde, se alimentar, dormir, tomar vacinas e medicações corretamente, e saber quando procurar um serviço de saúde ao reconhecer que está doente. Isso tudo também influencia na procura tardia pelos serviços de saúde em casos graves de sepse”, explica Gales.

Conhecida como “infecção generalizada”, a sepse é uma resposta grave do organismo a uma infecção que pode ser causada por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos. O Ministério da Saúde alerta que qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse, mas é mais comum que ocorra em casos de pneumonia, infecções abdominais e infecções urinárias. Quando não diagnosticada precocemente, a infecção pode provocar o mau funcionamento de vários órgãos ao mesmo tempo, podendo ser fatal. Apesar de ser uma “doença silenciosa”, alguns sinais como febre alta, taquicardia, respiração rápida, pressão arterial baixa, tremores, fraqueza, falta de ar e diminuição da urina podem ser indicadores de sepse.

No mês de setembro, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), organiza diversas ações voltadas para conscientização do público geral e de profissionais da saúde. Além disso, o Instituto desenvolve o projeto Reabilita Sepse, com intuito de prestar suporte aos(às) sobreviventes, seus familiares e cuidadores durante a reabilitação, levando em conta que, além do risco de novas infecções, pacientes recuperados pós-sepse podem apresentar sequelas como fraqueza, falta de ar, cansaço, tosse, dificuldade de engolir comida, dificuldade de concentração e depressão.

 

Fonte: Departamento de Comunicação Institucional - DCI

Avaliação do Usuário

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

As inscrições para as Chamadas de 2024 do CNPq estão abertas

Prezados(as) pesquisadores(as), A Assessoria de Pesquisa, Parceria e Inovação da Escola Paulista de...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Fim do conteúdo da página