Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Teste do pezinho: entenda como é feito e quais doenças podem ser detectadas com o exame

Publicado: Quarta, 29 de Junho de 2022, 00h00 | Última atualização em Quinta, 30 de Junho de 2022, 10h12 | Acessos: 108511

Expansão do teste do pezinho faz exame prevenir 50 doenças

Ouça acima o conteúdo deste artigo.

Junho Lilás

O dia 6 de junho é considerado o dia da conscientização sobre o teste do pezinho e a cor lilás foi escolhida por representar tranquilidade e transformação. 

O diagnóstico precoce de mais doenças através do exame do pezinho a todos os recém–nascidos do território nacional possibilitará a intervenção precoce e melhor evolução da doença, garantindo qualidade de vida para a criança, beneficiando suas famílias e a sociedade como um todo.

Triagem Neonatal

O Programa Nacional de Triagem Neonatal foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 1992. Essa triagem preventiva possibilita a investigação oportuna de várias doenças crônicas, genéticas, metabólicas, endócrinas e infecciosas. Doenças raras e graves, muitas sem apresentar uma sintomatologia na fase inicial da vida e que, se não forem diagnosticadas precocemente, podem causar sequelas graves e irreversíveis.

O teste de Triagem é uma investigação diagnóstica e, se vier alterado, o recém-nascido é reconvocado para repetir o teste. Confirmado positivo para determinada doença, inicia-se investigação específica. A criança será acompanhada por serviço especializado e iniciadas as medidas terapêuticas de controle e estimulação oportuna, de forma a reduzir os danos, garantindo melhor qualidade de vida e integração social.

Quando deve ser realizada a Triagem Neonatal?

O Teste de Triagem Neonatal deve ser colhido em todos os recém nascidos, idealmente entre o 3º e 5º dia de vida. Os recém-nascidos que tiveram alta da maternidade antes da coleta do teste do pezinho são encaminhados à Unidade Básicas de Saúde (UBS) de referência para que colham o exame antes do 5º dia de vida.

E os prematuros, também colhem?

Sim, todos os recém-nascidos colhem. O que ocorre é que, nos prematuros haverá uma convocação para uma nova coleta entre 2ª e 6ª semanas de vida, dependendo da imaturidade e dos procedimentos que o prematuro necessitou na unidade neonatal.

Como o teste de triagem Neonatal é colhido?

É colhida uma pequena amostra de sangue do pezinho do recém-nascido em papel filtro específico que será levado ao laboratório para a análise e pesquisa das várias doenças. Por isso, é conhecido como o teste do pezinho.

pezinho2

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde

Quais doenças engloba atualmente na investigação?

O teste, até 2021, englobava 6 doenças:

  • Fenilcetonúria,
  • Hipotireoidismo congênito,
  • Síndromes falciformes,
  • Fibrose cística,
  • Hiperplasia Adrenal Congênita e
  • Deficiência de Biotinidase.


A Lei de nº 14.154 de 26 de maio de 2021 altera a lei de julho de 1990, e estabelece a ampliação de seis (6) para cinquenta (50) o número de doenças que podem ser detectadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo SUS. Esta Lei Federal passou a valer a partir do dia 27 de maio de  2022. Os estados terão prazo de 4 anos para a incorporação das 50 doenças previstas na lei.

A implementação da norma que foi regulamentada pelo Ministério da Saúde ocorrerá em cinco etapas, de forma escalonada, de acordo com a seguinte ordem de progressão:

Etapa Doenças
1ª  doenças relacionadas ao excesso de fenilalanina, toxoplasmose congênita e outras hiperfenilalaninemias; 
galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia, distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos;
doenças lisossômicas;
imunodeficiências primárias;
atrofia muscular espinhal.

 

Neste ano, o junho Lilás foi comemorado com uma grande aquisição para o SUS: a ampliação de 6 para 50 novas doenças raras a serem investigadas no teste do pezinho. O diagnóstico precoce de mais doenças através do exame do pezinho a todos os recém-nascidos do território nacional possibilitará a intervenção precoce e melhor evolução da doença, garantindo qualidade de vida para a criança, beneficiando suas famílias e a sociedade como um todo.

 

 

lelia cardamone

Por Lélia Cardamone Gouvêa

Médica pediatra com especialização em Nutrição Infantil pela Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp, 1990), mestrado em Pediatria (EPM/Unifesp, 1993) e doutorado em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria (EPM/Unifesp, 1998). Título de especialista em Pediatria e em Nutrologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Professora colaboradora do Centro do Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde (Cedess/Unifesp). É membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo (desde 1983). Tem experiência em Pediatria Ambulatorial em Puericultura e em projetos sociais de incentivo e promoção à amamentação. Educação em Saúde. Ensino e pesquisa. Outras informações, clique aqui

 

Avaliação do Usuário

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 
Categoria:

Insegurança alimentar atinge 12,5% da população em São Paulo

Inquérito conduzido por docentes da Unifesp revela disparidades socioeconômicas e destaca a...

As inscrições para as Chamadas de 2024 do CNPq estão abertas

Prezados(as) pesquisadores(as), A Assessoria de Pesquisa, Parceria e Inovação da Escola Paulista de...

Redução de morte súbita em pacientes com doença de Chagas com uso de CDI

Pesquisa publicada no JAMA Cardiology, com participação do docente da Unifesp Angelo Amato de...

Fim do conteúdo da página